Verdades

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Alguns dias haviam se passado

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Alguns dias haviam se passado. O ombro de Louis estava melhor e com isso, ele voltou a sua rotina agitada. Na maioria das vezes, suas saídas eram rápidas, em outras, ele saía pela manhã e só voltava durante a madrugada. Eu ficava preocupado. Não conseguia dormir enquanto ele não chegasse, me sentia tenso e ansioso, como se algo ruim estivesse acontecendo. Era horrível.

Sentado no centro da minha cama, com as pernas cruzadas e já vestindo meu pijama, eu lia um livro. Olhei imediatamente para a porta do quarto, quando algo chamou minha atenção. Era Louis.

— Vai sair de novo? — perguntei ao notar suas vestes. Ele olhou para o seu próprio corpo e assentiu. Fechei o livro, deixando-o ao meu lado e desci da cama.

— Estou resolvendo muita merda, por isso ando tão ocupado. — se explicou, encarando-me com um olhar cansado e perdido — É complicado.

— Tudo bem. — abri um pequeno sorriso, recebendo outro de volta — Só... Tome cuidado.

Ele riu.

— Eu sempre tomo.

— Isso não é verdade. — ele riu mais uma vez, virando-se pronto para sair do quarto — Louis... — chamei. O Alfa voltou sua atenção para mim, confuso. Sem pensar duas vezes corri até ele e choquei meu corpo ao seu em um abraço — Por favor... — afundei o rosto em seu pescoço e inalei seu cheiro, ao mesmo tempo que acariciava seus cabelos macios — Tome muito cuidado.

O Alfa me abraçou de volta. Apertando-me entre seus braços fortes. Fechei os olhos, sentindo meu coração bater forte contra o seu.

— Está tudo bem. — ele sussurrou e eu assenti, afastando-me minimamente para fitar seus olhos — Nada vai acontecer.

Assenti, engolindo em seco. Louis sorriu, enquanto segurava meu rosto entre suas mãos e acariciava minhas bochechas com seus polegares.

— Você consegue me sentir? — minha pergunta o deixara confuso. Engoli em seco e segurei sua mão, a trazendo até meu peito — Eu sei que você pode me sentir. — pressionei sua palma em meu peitoral — Não estou falando de batimentos cardíacos, tremores ou algo do tipo. — o Alfa analisou meus olhos. Parecia completamente perdido — Estou falando de sentir de verdade o que eu sinto.

— Eu não... do que está falando, Ômega?

— Você sabe. — Ele recuou, com o choque escrito na testa. Enfiando a mão no bolso, ele pegou seu celular - algo que ele não costumava usar muito — Tudo bem, não precisa cancelar seus planos por causa da minha pergunta.

— Mas...

— Só quero que sinta como eu me sinto toda vez que sai dessa casa. — o encarei seriamente — Que sinta a forma que me preocupo com você e o quanto eu torço para que você volte vivo e bem dessas saídas.

Louis guardou o celular de volta no bolso e se aproximou novamente, olhando no fundo dos meus olhos.

— Eu sempre volto pra casa, docinho. — ele sorriu e se inclinou, beijando carinhosamente meus lábios — E eu sempre vou voltar pra você.

Wildfire l.s (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora