Capítulo 02: Sorte

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Porra, a expectativa está me matando. Ela tenta recuar, mas acaba tropeçando e suas costas batem na árvore atrás dela. No susto, Mackenzie me puxa junto de si e nossos lábios colidem.

Beijo o canto de seus lábios e aperto sua nuca. Minha boca deixa uma trilha de beijos do pescoço até a orelha, ela fecha os olhos e arfa. Sua boca está gelada e tensa, então a beijo com carinho e sugo seus lábios levemente. Ela abre a boca por puro instinto e aproveito disso pra abrir passagem em sua boca.

Diferente das outras garotas que eu beijei durante a noite, ela não tem gosto de cerveja. Pelo contrário, ela é doce como uma bala e isso me deixa faminto por açúcar. Aperto sua cintura enquanto aumento a intensidade do beijo. Minhas mãos automaticamente apertam sua bunda, a puxando contra mim. Suas mãos agarram minha jaqueta, me puxando e empurrando ao mesmo tempo.

Ela corresponde o beijo como timidez, mas vontade.

Um grupo perto de nós ri alto nos trazendo de volta à realidade. Mackenzie me empurra com toda sua força, quebrando o enlace de nossos lábios e passa a mão na boca.

– Seu idiota!

Cambaleio um pouco, tonto pela bebida e pelo melhor beijo da noite. Essa garota tem cara de anjo, mas me fez queimar de desejo.

Balanço a cabeça e a olho com um sorriso. – Te dou um sete. Te daria um dez porque me deixou de pau duro, mas me empurrou em seguida. Isso te fez perder alguns pontos, linda.

O vermelho em seu rosto não me diz se é raiva ou vergonha. Talvez ambos. Ela abre a boca para falar, mas se cala e lança um tapa no meu rosto, fazendo minha bochecha formigar em ardência.

- Fica longe de mim!

Seus gritos batem na minha cabeça e tampo os ouvidos.

– Porra, garota!

Ela sai apressada pra dentro do bar e suspiro. Uma coisa é fato, ela beija pra caralho.

M A C K E N Z I E

Minha primeira festa na faculdade e eu acabo nos braços do maior cafajeste, egocêntrico, ridículo do campus. Isso definitivamente não estava na minha lista de afazeres e me odiei a cada segundo depois do acontecido. Me odiei por ter permitido, mas me odiei ainda mais por ter gostado.

Grunho irritada de novo desejando que ele esteja bêbado o bastante para esquecer tudo aquilo no dia seguinte. Deus sabe que eu não esqueceria tão facilmente assim.

Depois da cena vergonhosa do lado de fora, corro pro banheiro e permaneço ali por pelo menos meia hora. Me parece o lugar mais seguro e estranhamente calmo de todo esse bar. Fico ali mexendo no celular até Penn surgir completamente bêbada.

– Ei, o que você tá fazendo aqui?

Ela cambaleia da mesma forma embriagada que David tinha feito anteriormente. Ela se apoia na pia e ri.

– Você tá girando.

Ela olha ao redor – Tudo tá girando. – Penn franze o cenho e ri novamente.

– Ok. Você não tá nada bem. Cadê o Taylor?

– O Tay? Hmm, vou transar com ele hoje. Transar até ficar de perna bamba!

As outras garotas no banheiro riem e fecho os olhos contanto até três.

Nota Mental Número Um Para Não Cair Numa Furada Novamente: nunca ceder às ideias imbecis de Penélope novamente.

RelentlessWhere stories live. Discover now