08- O cobrador de ônibus (H + M)

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Meu nome é Taísa, tenho dezoito anos e sou daquelas meninas nascidas e criadas no interior de Minas Gerais. Minha cidade, Cachoeira do Campo, possui menos que nove mil habitantes. Logo, já dá para imaginar que não tive uma adolescência regada a amigos, festas e badalações.

Meus pais, católicos e muito severos, não permitiam que eu participasse das festividades na cidade vizinha de Ouro Preto → cidade histórica, universitária e famosa pelos seus carnavais, festas e pegações.

Como Ouro Preto sempre fora meu sonho de consumo, a contra-gosto dos meus pais, fiz vestibular para a UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) em Matemática e fui aprovada! Sempre fui apaixonada por Exatas, portanto, para mim, o curso foi uma completa realização. E o fato de eu poder estudar em Ouro Preto, seria minha verdadeira emancipação!

Meus pais não ficaram nada satisfeitos com esta minha escolha, mas eles não tinham alternativa: em Cachoeira do Campo não havia universidade, e, a mais próxima era, de fato, a UFOP! Logo, acabaram cedendo.

Infelizmente, no Brasil, os filhos não têm o costume de sair da casa dos pais quando vão para a universidade, como os americanos. Aqui, é comum ficarmos na casa dos nossos pais enquanto cursamos a universidade, e geralmente, permanecemos por lá até nos casarmos. De certa forma, é bom ter a casa dos pais e o aconchego do lar; mas, por outro lado, os pais acabam exercendo um mecanismo de controle na vida dos filhos por muito tempo, sobretudo sexualmente.

Meus pais nunca permitiram que eu namorasse antes da maioridade. Mês passado, quando fiz dezoito anos, minha mãe teve uma conversa comigo nos seguintes termos:

- Taísa, minha filha, preste muita atenção no que vou lhe dizer: você agora tem dezoito anos e é dona do seu nariz. Porém, eu, como sua mãe, preciso lhe dizer que, apesar de a partir de agora ser permitido a você namorar, quero que saiba que somente admitirei namoro sério. Ou seja, nada de paquera, ou, como dizem na sua idade, o tal de "ficar"! Você não é moça pra ficar, mas sim, pra casar! Se algum rapaz na universidade fizer alguma gracinha com você, não dê trela; não permita abusos! E somente beije após conhecer bem a pessoa, a família dele, e além disso, deve trazê-lo aqui para nossa aprovação...

Também fui alertada pela minha mãe de que homem não presta, que só querem aproveitar das moças, que eu precisava me dar ao respeito e tudo o mais.

Assim, no primeiro dia de aulas, cheguei cheia de neuras na cabeça, mas que, felizmente, foram quebradas imediatamente quando adentrei naquele universo novo!

Jovens da minha idade muito mais descoladas do que eu, ficavam com vários rapazes, sem ter compromisso com nenhum deles; bebiam; usavam drogas; iam em festas e chegavam em suas repúblicas apenas no raiar do dia... Poderíamos dizer que eu era a mais caipira dali.

Confesso que, aquela ambiente me causou sentimentos ambíguos: um certo receio, dada a minha inexperiência, e excitação. Tive muita vontade de participar das festas, das calouradas e até mesmo das orgias... Apesar de ser virgem, eu tinha muitas fantasias, e, mesmo tendo sido constantemente vigiada por meus pais, sonhava com o dia em que eu estaria livre para experimentar toda a luxúria além das montanhas e campos verdes da minha cidade.

Dou graças a Deus por ter tido internet a cabo em casa e por meus pais não saberem usar o computador, pois, graças a isto, pude conhecer através da tela o mundo que eu estaria a experimentar. Assisti a muitos vídeos pornôs, li sobre sexo e pesquisei bastante sobre o assunto; eu não via a hora de experimentar na prática!

15 Contos Eróticos / Segredos de Eros (Vol. 1 - Série Fifteen) - COMPLETOWhere stories live. Discover now