CAPÍTULO 14- O uniforme

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Boa Leitura!

*Sem Revisão

EVA

Já fez uma semana depois da viajem a Seattle.

O Senhor Sullivan, quer dizer James, viajou dois dias depois que voltamos a NY, e os dois dias em que esteve aqui dormimos juntos no seu quarto, quer dizer transando no seu quarto porque dormir que é bom só estou dormindo agora que viajou.

Meus pensamentos estão confusos, por um lado estou feliz por pensar que cada dia que passa nosso acordo está mais próximo do fim e eu poderia enfim seguir minha vida. Por outro, eu sinto falta de seus beijos, seu corpo, seu cheiro, sua voz, em resumo sinto falta de todo ele, pronto!

Transferi o dinheiro para conta de Suzy no sábado e ela me falou que faria o transplante de medula no Brasil mesmo, os médicos disseram que não havia tempo a perder. Meu coração fica apertado em saber que não vou poder cuidar da minha mana, mas fico feliz por Nana estar lá para ela e sei que está sendo cuidada e mimada por ela. Todos os dias ligo para Nana pra saber como ela está, o transplante ocorreu tudo bem, o médico era voluntário e atendia no centro de caridade em que a Nana agora administrava, ele fez com que tudo se resolvesse o mais rápido possível. Se tudo continuar estável próxima semana Suzy começa o tratamento e daqui a 3 meses voltará ao médico para saber se a cirurgia e o tratamento deram certo. Eu rezo todos os dias e já fiz até promessa para ela se curar do câncer, depois de amanhã vou a missa que desde que vim trabalhar nesta casa não frequento, se a Nana sonha com isso...

Estou sentada na cozinha conversando animadamente com John, Mary e Mercedez, desde ontem me sinto um pouco indisposta, inclusive ontem mesmo fui obrigada a ir com a Mary que jurou a minha irmã que cuidaria de mim, portanto me arrastou até o hospital para uma consulta rápida e descobrimos uma anemia e estresse, compreensível devido a cirurgia da Suzy e tudo mais...

— Não sei como você e John aguentam esses absurdos nestas novelas que assistem. Uma semana o casal está junto, no outro de repente o homem se perde numa ilha deserta sem memória. — Mary estava inconformada com a trama de Paixões Calientes que nossos colegas de trabalho não perdiam faça chuva ou faça sol.

— Você não entende que isto são as barreiras do verdadeiro amor? Meu marido uma vez perdeu a memória, ele se acidentou no trabalho, mas quando me viu lembrou de tudo, porque no amor tudo é possível. — Mercedez rebateu.

— Ou ele não teve escolhas, porque convenhamos que aquele encostado que chamas de marido todos os dias inventa algo para fugir do trabalho. E ele sabe que se ousasse dizer que não te conhece você abriria a cabeça dele com uma chave inglesa.

Nós rimos.

— A Mercedez eu entendo que goste dessas telenovelas melosas, mas e você John? Não tem cara de quem acredita 'nas barreiras do amor'. — Comentei terminando de cortar o pepino para Mercedez.

— Claro que não acredito! Assisto por causa do tesudo do ator principal, pois para mim as coisas são simples, se gostamos ficamos juntos, se não gostamos apenas transamos.

Rimos outra vez.

— Mary, porque não atende o interfone? O Sr Sullivan acaba de chegar! — Avisa Robert adentrando a cozinha.

— Sabem o que fazer. — Mary disse encerrando nossa conversa e saindo da cozinha.

Quando todos estão saindo da cozinha eu pergunto sem entender o que se passava — O que temos que fazer?

— Temos que esperar o Senhor Sullivan lá fora, na entrada da casa. É uma tradição da família dele segundo Mary, seu pai impôs isto a mãe de Mary, e foi assim com a família dela desde que trabalha para os Sullivan. — John explica me puxando pelo braço até a entrada da casa.

Latina 1 - O AcordoWhere stories live. Discover now