Capítulo doze

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Enzo
Meu Deus eu estava no Paraíso, aquilo não  podia ser real, tê-la em meus braços, poder beija-la, toca-la era simplesmente um sonho. Um sonhos daqueles bom que te fazia implorar para que não acabasse. Helena tinha dado sua cartada final, nos enviou para o Paraíso. Nunca tinha visto lugar mais lindo. Eu a beijei encostada em cada cerejeira que eu consegui. Tirei fotos com ela em meus braços. Pode até parecer piegas, mas eu sempre quis ter fotos dela comigo. Eu morria de inveja quando Matt me mostrava aquele monte de fotos dele com Helena, em lugares incríveis. Eu queria levá-la para conhecer a Europa, viajar por Madri, Veneza, Londres...
Elise se deita na grama e eu a sigo nossos braços estavam roçando um contra o outro e só  aquele pequeno contato me deixava arrepiado. Ficamos em silêncio, mas era um silêncio confortável, como se estivéssemos processando os últimos acontecimento. E estava bastante evidente para mim que eu estava mais que disposto a ficar com ela. Não existia nada neste mundo que pudesse me afastar dela. Ela era meu céu era meu sol, aquele raio quente e precioso que aquecia minha pele e meu coração. Sentamos de baixo de uma das muitas cerejeiras e fomos efetuar o que havia na cesta, Helena havia caprichado tinha muita coisa boa. Elise é eu saberíamos de tudo um pouco. Estamos sem muito o que dizer. Ou tinham os muitas coisas a serem ditas, mas ninguém queria se o primeiro a começar a falar. Exploramos o lugar e era realmente fabuloso. Andamos por quase 1 km, e encontramos uma linda Cachoeira, como nadar não  era uma ideia muito inteligente apenas molhados os pés.
Já estava no fim da tarde e o sol estava se pondo. O cem estava impressionante com uma cor dourada. Isso me fez rir, passei anos olhando para este mesmo céu vendo o sol se por. Era tão  impossível para mim ficar com Elise, que o mais próximo que tinha dela era o céu. Sempre que eu olhava para cima eu percebia que não importasse a distância que eu estava dela, nos ainda podíamos compartilhar isso: o mesmo céu, o mesmo sol, a mesma lua, as mesmas estrelas. Então isso me acalmou por muitas vezes. Eu ficava lá parado olhando e imaginando que ela estava a quilômetro e quilômetros de distância de mim, mas ainda tão  perto.  Sol sempre me lembrou seus cabelos. Cabelos esses que me fez o homem mais feliz do mundo na noite do show. Eu passei meus dedos sobre seu cabelos macios e cheirosos e percebi que não podia mais viver sem ter aquela sensação. Sensação de seu cabelos escorrendo entre meus dedo. Mesmo agora que eu já tinha passado as mãos por ele muitas vezes durante esse dia, eu queria passar meus dedos por ele. Viro meu rosto para olha-la e ela me olha com os olhos brilhantes. Meu Deus seus olhos estava um azul quase transparente até  parecia cristais azuis. Ela me observa e sorri.

–Você  esta  com aquele olhar!

–Aquele olhar?  – Que olhar?  – Que acha que sou uma sobremesa. – Eu não resisto e rio.                              
  –Não estou com esse olhar!–Protesto. –Ah! Você  esta sim!  – Não! Eu não estou não!                                                 
– Então que olhar é esse?                       
– Um olhar de felicidade, pela primeira vez em anos, não me sinto rachado ou como se algo estivesse me faltando. É como se eu estivesse sido reconstruído, como se eu estivesse completo. – Meu Deus eu estava vulnerável de mais, ela me deixava fraco.                                                   
–Acho que sei o que está querendo dizer. Eu também não  me sinto quebrada. Eu toquei em sua mão e como se ela já  soubesse o que eu queria ela abriu e encaixou com a minha.                                                       
  – Elise obrigada!                              
–Pelo que exatamente?                           
– Por não desistir de mim.               
  –E quem disse que eu não desisti? Só estou me aproveitando de você, e quando você menos esperar vou te dar um pé na bunda. –Ela era tão linda e sabia como fazer um homem rir.                                                         
–Acho que você não faria isso.             
   – Eu faria sim! Com certeza eu faria!  – Daí eu nunca mais poderia fazer isso. – Passo meus dedos pelo seus braços subindo até chegar em seu pescoço. Ela inspira e fecha os olhos. Contínuo trilhando meus dedos por sua clavícula e maxilar.                   
–Você faria?                                     
–Sssim! – Diz ela em um sussurro agoniante.                                                 
  – Que pena por que eu também não poderia fazer mais isso. – passo meus dedos pela sua linda face desenhado seu rosto decorando com meu toque. Desenhos seus lábios e chego perto o bastante para ela sentir meu hálito quente contra seu pescoço. Ela estava com dificuldade para respirar mas era teimosa não iria ceder. Então  tento minha última jogada. Chego perto o bastante de sua labios e beijo o canto de sua boca. Ela se vira para encaixar sua boca na minha mais eu desvio. Passo vagarosamente meus lábios pelos delas, bem de leve. Ela solta um suspiro frustrado e irritado, enquanto me afasto. Ela me olha e fica esperando que eu reaja, mas eu permaneço imóvel apenas olhando para seus belos olhos azuis.                 
–Enzo se você  não me beijar agora vou te afogar no lago.                    
  –Mas não tem lago nenhum!                  
– Eu juro que encontro um e te afogo.  – Não vou deixar que você me use mais. – digo fazendo a cara de inocente ofendendo mais convincente que eu consigo.                                      
–Você é um bebê chorão professor. Me deve uma penitência. Me pague agora.                                                         
– Como?                                                 
–Me beijando.                                         
– Então admita que você me quer, que é louca por mim e que não vive sem sim.                                                 
   – Sem chances. – Ela se vira emburrada e fica mexendo em um pétala, por um instante sinto tanta inveja da pétala que meu peito dói. Ela espera mais algum tempo e levanta irritada sai batendo os pés feito uma criança. Quando ela está perto da rede eu a agarro pelo braço.   
–Você me magoa assim!               
  –Bem vinda ao meu mundo.                  
– Ainda quer que eu a beije.         
–NÃO! – Diz ela tentando parecer convicta mais nem consegue me olhar.                                                         
  – Que pena por que eu estou louco para beija-la.                                             
– Ela revira os olhos e não diz nada. Depois de alguns segundos ela me olha.                                                      
–Então faz.                                               
   –O que?                                                
–Você sabe Enzo.                                
–Me pede.                                       
   –Não! Agrrr! As  vezes você e tão irritante, que eu, que eu... –Coloco minhas mãos em seus rosto e ela se esforçar para não  fechar os olhos e derreter com meu toque.        
– Me pede agora Elise. –Minha voz soa mais seria e urgente do que eu pretendia. Espero que ela grite algo mal criado para mim ou que me empurre, mas ela faz bem melhor que isso. Ela segura rápido demais em minha cabeça e antes que eu consiga dizer que um mais um é dois ela está me beijando. Ela se afasta me deixando sem fôlego. Ladra de fôlego levou todo ar de meus pulmões.           
–Não! – diz ela sorrindo. Eu a puxo novamente contra meus lábios e nos beijamos ardentemente mais uma vez. Aquilo ficava cada vez melhor, nossas bocas já se conheciam bem, pareciam que eram velhas amigas. Ela senta na rede e me puxa, quando estou sentado ela deita em meu ombro.                                              
–Enzo, te quero mais que batata frita, mais que Coca-Cola   – Eu rio e a abraço a deixando mais confortável em meu peito. –Te quero mais que livros, te quero mais que que a capela sistina. –Capela Sistina? –É a obra de arte mais cara do mundo. Ela ri.                              
    –Você e seu intelectualismo.              
–Agora sou intelectual?                     
–Sim! intelectual, irresistível e muito quente. –Sabe o que faria você ficar ainda melhor . – Eu sem camisa? – Ela ri.                                                
–Também, mas tem outra coisa. Espere aqui. Fico na rede observando enquanto ela se levanta e vai até o carro. Elise volta com uma sacola nas mãos. Ela se senta do meu lado. –Você  confia em mim Enzo?              
   –Depende do que você  tem nessa sacola.                                                          
– Feche os olhos professor. Tinha uma coisa muito quente na maneira que ela me chamava de professor aquilo mexia diretamente com minhas fantasias. Eu fechei os olhos, por que deixa-la irritada não  era muito inteligente.                                      
   –Ouço um barulho de papel como se ela tivesse desembrulhando algo. Ela encosta na minha boca. Fico tenso. O cheiro é doce é  inconfundível. Então eu abro minha boca e recebo de bom grado. Era uma delícia de chocolate com licor de menta. O  bombom se despedaça me minha boca espalhando o líquido quente da menta. Sinto algo mais uma vez em meus lábios e é  líquido e meloso. Passo a língua e me saboreio com um belo licor  de chocolate. Elise encosta seus lábios e me beija. Aquele foi o beijo mais doce, sua boca está quente e um pouco ardida,  deliciosamente doce . O gosto era maravilhoso.         
–Queria saber como você ficaria com gosto de chocolate. – Diz Elise afastando, me deixando com um vazio pulsante em meus lábios inchados.                                                 
–E com é? –Incrivelmente delicioso. - só posso rir da sinceridade de Elise. Eu sempre me imaginei com alguém  parecida com Helena, recatada tímida e que me deixasse ser um macho alfa. Mas encontrei algo muito mais interessante. Elise era descarada, atrevida e não  Tinha papas na línguas, ela falava o que estivesse pensando, sem se preocupar em causar uma boa ou má impressão. Era impressionante a maneira sincera e franca que ela respondia  minhas perguntas.                                    
–Pena que você  está só me usando.      
– Isso é realmente uma pena.
Já estava quase escurecendo e precisávamos ir embora. Mas o presente de Helena foi bem aproveitado. Aproveito cada segundo ao lado de Elise sempre alternando em beija-la e irrita-la. Mas acho que os beijo ganharam nessa disputa. Era incrível, mas eu não conseguia deixar minhas mãos longe dela sequer um segundo.                                          
–Odeio ter que dizer isso, mas precisamos voltar.                            
–Estraga prazeres.                           
–Faço um biquinho. E ela não  resiste e me beija.                                         
–Tudo bem nenê, então  vamos.
Descido dirigir novamente, queria que ela descaçasse. Quando entro no carro, não  resisto e levo minhas mãos no pendravi. Ela não me impede.                                                    
– Posso? –pergunto para ter certeza que ela estava ciente do que eu estava fazendo.                                                    
  – Vá em frente. São só musicas a de fossa. Eu não perco tempo aperto o play, a primeira música eu não  conheço. Mas a letra é  terrivelmente dolorida.                                                     
– Elise porque você ouve isso?            
  – Eu não ouço, ouvia quando você foi embora.                                        
–Aquilo me acertou como um soco no estômago. Daqueles fortes e doloridos que te faz ficar sem conseguir respirar. A música era forte demais.
-Elise, eu não queria que você tivesse sofrido, achei que era uma atração passageira da sua parte, Você só tinha dezoito anos, pensei que me esqueceria e teria uma vida terna e feliz.   

-Mas você se enganou Enzo, minha vida foi um pesadelo, eu não conseguia dormir mais, nem comer nem sorrir. Fiquei depressiva e graças a Deus que Frank estava aqui, ele foi meu anjo da Guarda.
-Me perdoe eu fui um idiota, mas eu não podia ficar. Meu pai estava muito doente. Eu pensei em voltar depois que ele havia melhorado, mas Helena nunca falava de você. Você nunca me escreveu, e eu tive medo de saber que você estava bem e eu só iria deixa-la furiosa, então os meses se tornaram anos e eu só me acovardava mais. Eu consegui segui em frente de certa forma, só não conseguia me relacionar com ninguém. E sabe por quê?                                                             
– Por que Enzo?                               
–Por que desde o primeiro dia que te vi, eu senti algo diferente em mim. . Você transformou minha vida em um inferno. Eu não conseguia se quer me concentrar nas aulas, você era minha aluna e isso era inaceitável aos olhos de todos. Eu me senti consumido por você e não tê-la era o pior pesadelo que já vivi. Então eu fui embora, precisava te tirar da minha mente. Mas quando voltei todo sentimento que eu havia reprimido me tomou como uma avalanche. Vê você trouxe de volta tudo que eu senti em dozes mais fortes.

-Eu também senti isso, eu odiei ter que ir te buscar odiei quando Helena deu a lista, por que cada minuto a mais que eu passava com você só era à confirmação de que eu ainda o tinha sobre minha pele e sob meu coração.

Ele parou o carro em um acostamento. E segurou minhas mãos. –Eu sinto muito de verdade, não queria machucar você, pelo contrário só queria que fosse feliz.

-Enzo como é que eu podia ser feliz sem você. –se era você minha única chance de felicidade.

- Sei que está tarde e estamos no meio do nada. Mas eu preciso te beijar muito agora. – Ela sorri e se aproxima sem cautela nenhuma. A beijo delicadamente. Por que eu queria que ela sentisse como ela era importante para mim. O que eu sentia não era só paixão  de pele, eu queria bem mais que isso com Elise. Eu queria meu feliz para sempre ao seu lado.              
– Elise e se... Ela me interrompe e me beija.                                                 
–Elise preciso deixar você  saber de uma coisa.                                              
   – Não quero sabe! – Ela vira seu rosto e fica olhando para fora do vidro.       
–E por que não quer me ouvir?            
– Por que já deixei claro o que penso sobre isso. Já disse que não espero promessas. Gosto de você  assim infantil, não quero que tenha um surto de responsabilidade e comesse a raciocinar tudo.                                      
– Elise, você nem sabe o que vou dizer.                                                         
– Pois é nem quero saber. Não  complique as coisas Enzo.  – Eu viro seu rosto e vejo seus olhos vermelhos, como se estivesse segurando o choro. Em seus olhos a medo, um medo quase tão grande quanto pânico.
- Hoje eu falei com meu irmão. –Nesse momento ganho sua atenção, mas seus olhos ainda estavam apavorados.                                        
  –A posto que ele exigiu que você voltasse o mais rápido possível.           
– Não! Muito pelo contrário, ele disse que se eu voltasse sem resolver as coisas com você, ele iria chutar tanto meu traseiro que eu iria ficar sem me sentar por pelo mês um mês.                 
  – Eu acho que estou apaixonada pelo seu irmão.                                               
  – Isso vai ser terrível. Odeio triângulos amorosos. Elise ele disse que podia ficar mais um tempo que ele iria se virar com meu pai.                
–Eu seria muito louco para ir embora. Eu quero você Elise, e estou pouco me lixando se você é mais nova que eu ou se eu vou ter que deixar a empresa. Eu quero gastar cada segundo com você.
Elise
Nessa altura do campeonato, lágrimas estavam rolando. Ele beijou minhas lágrimas absorvendo em seus lábios. Ele desce os lábios até os meus e me beija. Calmo, demorado, como se tivéssemos o resto vida para saborear um ao outro.                                             
– Elise fica comigo. Deixe só  passar o casamento de Helena e podemos falar para todos. Que você é minha só minha.                                                         
– Ela sorri e assente. –Enzo, isso tá parecendo um sonho. Se for um não me acorde, por favor.                             
  – Só se eu estivesse muito louco.
...
Meu Deus era real...era tudo real, depois de anos ele me quer. Senhor obrigada! Como eu quero este homem. Enzo é  Meu futuro o futuro que eu sempre esperei. Por isso eu não me envolvia com ninguém. Por que em algum lugar dentro de mim, eu sempre soube que ele voltaria. E agora ele és aqui comigo. Me mostrando que Sentiu minha falta tanto quanto eu senti a sua. Chegamos em Grenville já quase a 1:00hr. Nos paramos no caminho para jantar. Quando estávamos juntos as horas voavam eu nem notava. Ele leva o carro para o estacionamento e me leva até  Meu apartamento. Subimos para meu apartamento sorrindo como adolescentes que acabaram de tapear os pais e deram uma escapadinha noturna. Eu abro a porta e o puxo para dentro. Eu sei que era arriscado, mas eu era uma pessoa madura podia muito bem me controlar. Dessa vez sou eu que passo minha mãos em sua cintura e o puxo para beija-lo. Nos estamos eufóricos rindo e nos beijando com urgência. Ele se afasta ofegante.                           
  – Acho que é  melhor eu ir. –Sim eu também  Acho uma boas ideia.              
–Então eu já vou. – Ele segura maçaneta da porta e solta, novamente me puxando para ele. Ficamos assim por alguns minutos, até uma sanidade nos atingir. Nos estávamos exagerando, totalmente fora de controle. De repente senti um misto de medo com culpa. Eu estava tão apaixonada que estava me esquecendo que era uma cristã e isso com Enzo estava longe de ser um relacionamento de cristãos. Ele não havia me pedido em namoro, não tinha dito que me amava como eu imaginei tantas vezes. E se para ele fosse isso só esse fogo abrasador que nossos corpos transmitia um para o outro e se para ele não passasse de atração.                                                 
   –O que foi ficou triste de repente. 
Em um instante  eu estava radiante, no minuto seguinte sinto como se eu estivesse fazendo tudo errado. Uma tristeza que não  sei como explicar percorrer me corpo, esmagando meu coração. Meu Deus por que esse sentimento de culpa.
   –É que... Não é nada só acho melhor você ir embora. Esta tarde e não quero que nenhum vizinho maliciosos pensa que estamos. Você  sabe.
-Dormindo juntos?                        
  –Sim! Exatamente isso.                           
– Tudo bem! Posso te ver amanhã  bem cedo?                                                 
– Só  se você me preparar o café da manhã.                                                
–Vai ser um prazer. Ele me dá um último beijo e vai embora. Eu vou para o banheiro coloco a banheira para encher. Entro na banheiro e repasso o dia maravilhoso que tivemos. Embora eu lhe disse que não  queria promessas ele fez e isso estava me assustando. Por que agora ele me deu esperança expectativas. Mas não queria que ninguém  soubesse que estávamos juntos. Por que? Toda aquela alegria e sensação de contentamento que Senti durante o dia se esvai e um peso grande chamado medo, toma conta do meu corpo. Ele disse que iria ficar mais um tempo. Isso quer dizer que uma hora ele voltaria e eu já não tinha tanta certeza se seria uma boa ideia me apegar tanto a ele. Eu estava me sentindo vazia, pequena e terrivelmente frágil. Odiava essa sensação, eu havia conseguido por limites em meus sentimentos, assim eu não sofria. Mas agora tudo que eu queria fazer era chorar, por que a ideia dele partir novamente era pior que dá primeira vez. Isso assustava o inferno fora de mim. Pego o telefone e ligo para única pessoa que podia deixar minha noite mais calma.        
  – Espero que não esteja na delegacia ou em um hospital. –Responde ele com a voz embargada de sono.             
  –Estou na minha casa em segurança.    –Bem melhor, está com insônia de novo?                                                        
   – Não é bem isso. Na verdade acabei de chegar. –Acabou de chegar da onde? Por acaso minha amiga estava se desvirtuando em alguma balada. – estalo a língua impaciente. –E sem você  para me fazer companhia? De jeito nenhum. Eu estava no Mississipi com Enzo.                                            
–O que em nome de Deus estava fazendo no Mississipi? Esbraveja ele irritado demais. –Merda eu não devia ter dito isso, agora ele estava furioso.                      
–Se acalme Frank, se não vai ter um descolamento nas amígdalas. Eu fui com Enzo satisfazer um pedido da noivinha. Fomos tarde e acabamos ficando um pouco por lá, o lugar era bonito.
—E voltaram agora?                        
–Sim! Mas não fique bravo. Poxa senti sua falta não liguei para que você brigasse comigo.
– Ele dá um suspiro, e vejo que consegui acalma- lo.                            
–Também sinto sua falta depois dessa lista maluca de Helena, não consigo mais passar se quer um tempo com minha amiga.                           
–Podemos almoçar o que você acha?
–Perfeito! O que você vai querer?         
–Deixo a escolha do chefe.        
–Então vai ser surpresa.            
–Adoro suas surpresas.
– Então esta combinado manhã nada de Matt me levando para fazer qualquer coisa louca e nada de Enzo.
–Na verdade a gente tem que terminar de ensaiar a música para cantar no casamento, mas podemos fazer isso de manhã e a tarde e toda nossa. –Perfeito!                                         
– E você o que fez hoje? Pergunto rápido, para que ele não  me faça perguntas sobre Enzo. Eu tinha que arrumar um jeito de falar com ele antes que ele descobrisse por si só, aí  o estrago seria catastrófico.                     

–Nada! Fiquei de bobeira o dia todo. Matt escapuliu para ver Helena e ficou fora quase o dia inteiro, então imagina. Ele até havia feito reserva em um hotel, mas Helena colocou algum juízo naquele maluco e ele e voltou com o rabo entres as pernas.
Era a cara de Matt fazer aquilo, escapulir para ir ver Lena, eles eram tão grudento que davam nojo.               
–Imagino o pobre Matt deve estar com os hormônios borbulhando.          – Ouço  o som da risada de Frank, e noto o quanto àquele som era maravilhoso e familiar.                           
– Não sei como ele e está se aguentando, só pode mesmo ser obra do Espírito Santo.                              
–Você homens, são tão  exagerados.    
–Elise minha linda amiga, você diz isso por que é  virgem. Para um homem que não é virgem ficar tanto tempo sem se aliviar, é uma tortura, tortura da pior espécie.
Meu Deus ele estava absolutamente certo. Era por isso que Enzo ficava com aquele olhar de sofrimento, como se estivesse sentindo uma dor insuportável, quando estávamos juntos. Nossa esse lance de relacionamento é  mais tenso do que eu imaginava. – Boa noite senhor testosterona!                                       
–Boa noite Lise, te espero amanhã.  – diz Frank rindo, e mais uma vez aquele som familiar é bem recebido por meus ouvido, me trazendo um conforto momentâneo. Desligo o telefone e vou para minha cama. Eu estou uma completa bagunça emocional, analisando meus últimos momentos com Enzo, percebo que me entreguei de um tal forma a isso que me esqueci de meus princípios e o pior de meu orgulho. Eu estava me sentindo constipada, com se houvesse pegado uma intoxicação alimentar, meu corpo estava pesado meu estômago embrulhado e uma terrível dor de cabeça  se alojou em mim. Definitivamente eu estava morrendo de medo. Achei que eu podia me afundar nessa aventura sem ter consequências, mas eu estava redondamente enganada. Nem sei ao certo o que ele sentia por mim. Eu sou cristã e cristã não tem atitudes como essa. Ficar se agarrando da forma que fazemos como estamos juntos, é errado. Sem contar que a qualquer momento ele pode precisar voltar para Europa e eu vou ficar aqui sofrendo. Tentei orar um pouco mas estava com tanta vergonha de Deus que mal consegui falar com Ele. Embora não fosse o melhor exemplo de cristã, eu amava a Deus incondicionalmente e sabia muito bem quando fazia algo que lhe entristecia. Coloquei meus fones de ouvidos deixei minhas lágrimas reprimidas transbordarem e fiquei esperando o sono me invadir.

Sky of Gold (SEM REVISÃO )Where stories live. Discover now