Capítulo vinte três

3K 309 68
                                    

Elise
Meu Deus, ele tinha falado tantas coisas lindas que eu havia ficado sem ação. Como processar tudo que Frank havia me dito. Ele notava coisas em mim que nem eu mesma notava. Eu tive que chama-lo para entrar, pois tudo que ele me disse me trouxe um avalanche de sentimentos eu queria abraça-lo de forma que provavelmente ele estranharia. Então falei para ele que eu estava cansada e precisava dormir. Claro que isso era mentira. Cansada era de fato que eu estava muito. Mas com sono? Isso não, nada nem uma gota de sono. Agora eu estava contado números de trás para frente para evitar fantasiar com meu melhor amigo. Sim eu estava de fato fantasiando com meu melhor amigo. Eu tinha que parar de ficar procurando explicação para as coisas lindas que ele tinha me dito. Eu não podia confundir as coisa. Era apenas Frank sendo Frank.
Sete mil quinhentos e oitenta e sete, sete mil quinhentos e oitenta e seis... Agrr! Desisto dormir não era opção. Levanto -me para tomar um copo d'água, talvez era isso que eu realmente precisa. Desço as escadas na ponta do as pés para não acordar ninguém. Vou até a geladeira e pego um grande copo com água. Ouço um barulho de algo sendo triturado. Olho para o canto onde encontrava a pia, e Frank estava lá, parado com uma regata reveladora de mais para meus pobres olhinho. Por que cargas d'aguas o cara tinha que estar aqui justamente a hora que eu desci. E ainda seminu. Sim aquela regata mal cobria seu abdômen. Deixava seus braços amostra demais. Eu o olho de cima para baixo e novamente de baixo apara cima, ate encontrar seu sorriso perfeitamente lindo. Era um sorriso sem pretensão, mas se eu não o conhecesse como a palma de minha mão diria até que aquele sorriso era arrogante. Mas nada em Frank transpirava arrogância.
-Vai me furar se continuar me olhando desse jeito.
- O que espera? Esta praticamente nu.
-Eu não vejo assim, estou com regata e moletom.
É, basicamente ele estava certo.
-Mas para alguém emotiva e emocionalmente desiquilibrada como eu, você se parece nu. E olha para todos esses músculos. Meu Deus Frank, quando foi que ficou tão...tão... tão...
-Bom de olhar? -diz ele rindo.
-Prepotente!-Digo, para provoca-lo.
-Ai! Eu não sou prepotente.-sua voz soava indignada.
-Também não e bom de se olhar.
- Alguém perdeu o soninho e ficou com mal humor.-diz ele, engolindo com dificuldade o que estava em sua boca.
-Pelo jeito não sou a única. O que você tem na boca?-Pergunto curiosa, pois parecia se realmente bom.
-Como assim? Língua-diz ele colocando sua língua rosada para fora da boca.
-Dentes.- Emenda ele sorrindo. - reviro os olhos e faço um careta.
-Muito engraçado.
-Tudo bem, eu estava mastigando gelo.
Caramba como é que uma palavrinha tão insignificante, pode causar tanta perturbação. De repente eu estava em seu apartamento novamente. Aquela simples palavra "gelo" saindo de seus lábios, deixou meu corpo em alerta. O sonho me veio a mente me trazendo imagens, nada saudáveis para aquela hora da madrugada.
-Que foi? Ficou vermelha de repente.
-Nada não só estou com calor.
-Acho melhor eu subir logo. Termino de beber minha água e me viro para subir. Antes que eu consiga dar um passo, ele me agarra por trás, contornando minha cintura com seus braços fortes.
-Eu senti tanto sua falta Lise.-sussurra ele em meu ouvindo, fazendo meu corpo ridiculamente instável estremecer. "Deus que ele não tenha notado."
-Também senti a sua.-Quando dei por mim já estava com meus braços ao redor do seu o apertando mais contra meu corpo.
-Ah, lise você cheira tão bem.-diz ele com a voz, rouca e muito sedutora.
-Só notou isso agora?-Digo tentando quebrar aquela tensão que crescia em uma velocidade desesperadora dentro de mim.
-Sempre amei seu cheiro.-Responde ele aspirando meu cabelo.
-Frank o que você esta fazendo?
-Sentindo você baby. Só isso, só quero senti-la em meus braços, sei que foram poucos dias, mas eu estava louco para vê-la.
Eu fiquei em pé imóvel sentindo seu coração bater descompassadamente em minhas costas.
-Lise você é tão perfeita. Meu Deus ele não estava com voz de melhor amigo. Caramba eu gostava dessa nova voz. O que em nome de Cristo estava acontecendo. De repente todo mundo havia pirado. Eu queria me soltar de seu corpo e subir correndo as escada, subir em minha cama embrulhar a cabeça e espera o outro dia chegar, sabendo que aquilo era um sonho. Mas não era. Aquilo era tão real quando a adrenalina que percorria minhas veias. Eu não queria sair dali. Não queria me mover. Eu sempre senti Frank como meu lar. E nesse momento tudo que eu precisava era ficar quietinha em casa. Ele estava cheirando demais meus cabelos. Seu nariz desce até pescoço e sinto seus lábios gelados em minha garganta.
Senhor, oxigênio! Eu precisava de oxigênio. Calma Elise, é apenas seu melhor amigo de 1,90 de altura, lindo de morrer e com um corpo de um deus grego, te apertando contra ele. Em uma madrugada quente, em que você não consegue dormir por que esse seu amigo te descreveu de uma maneira que nenhum outro homem conseguiria. Ele continuou beijando minha garganta e eu virei minha cabeça para o lado, dando -lhe um melhor acesso. Merda o que eu estava fazendo. Colaborando com tudo aquilo. No entanto eu realmente poderia estar sonhando. Sim isso era um sonho. Na realidade eu estava deitada imóvel na minha caminha sozinha. Ele subiu com seus lábios gelados até meu maxilar e eu senti meu corpo se virando lentamente para ficar de frente dele.-Baby me manda para. Tudo que eu preciso é de uma palavra e eu paro.-Ele ofegava, eu sua voz sai estrangulada como se falar o machucasse.
Meu Deus! Parar! Não eu não queria que ele parasse.
-Não posso fazer isso Frank.-ele hesitou por um momento, e me virou por completo para encara-lo. Seus olhos eram escuros um misto de doçura com desejo.
-Não pode fazer o que lise.-Ele disse fechando os olhos com força, enquanto levava sua testa a minha. Parecia que sua vida dependia da minha resposta. -Pedir para você parar. Eu não posso, e nem quero. Ele se afasta lentamente e me olha nos olhos.Seus olhos estavam confusos com minha reposta.-Ele sorri amplamente, me mostrando aquela covinha perto de sua boca que eu tanto amava. Sem conseguir me conter levo minha mão até ela. Passo minha meus dedos pela sua face perfeita. Aquela que eu já tinha decorado minuciosamente bem. Sua imagem perfeita estava gravada em meu cérebro. Ele fecha os olhos sob meu toque. E era lindo o que meu toque podia fazer com ele. Eu sabia que ele estava gostando daquilo, tanto quanto eu. Mas eu não tinha que sair daqui. Frank era bom demais eu não o merecia. Sem contar que eu era uma confusão ambulante. Me afasto bruscamente dele.
-Preciso subir. Não fico para olhar em seus olhos. Subo as escadas o deixando sem nenhuma explicação. Aquilo estava longe de ser qualquer coisa referente a amigo. Meu Deus instantaneamente meu corpo se sentiu vazio, e um frio percorreu minha pele. O calor de seu corpo era maravilhoso, acolhedor. Me transmitia uma segurança sem igual. De repente tudo que eu sentia era solidão. Meu coração gritava comigo e meu corpo reclamava protestando o dele. Sim aquele corpo me pertencia. Era algo que estava em meu ser, mas a realidade era outra. Eu pensei que eu fosse a única amiga infiel a sentir atração pelo melhor amigo. Mas percebi que ele me queria de uma maneira nada fraternal. A imagem dele segurando minha cintura me prendendo ao seu corpo, me fazia sorrir. Eu queria ir agora para o conforto de seus braços sem culpa. Poder acariciar seu rosto. Senhor eu havia ficado louca da noite para o dia. Me lanço na cama fechando os olhos com forças, para a escuridão Me sucumbir, Mass tudo que eu via era luz, era brilhante, era ele meu melhor amigo. Que fez da minha vida um bagunça. Imagens de Enzo me encheu os pensamentos. Como pode ainda semana passada ele era tudo que eu queria. E agora eu mal lembrava de nossos momentos. Estar com Enzo era bom, era muito intenso. Mas parece que apenas nossos corpos tinha conexão. Com Enzo tudo que eu queria era me sentir desejada. Queria seu toque, seus beijos. Mas Frank, Frank era seguro, com ele tudo era calmo, temperado, nada muito quente nada muito frio. Com Frank eu nunca iria me queimar, e jamais sentiria o inverno em seus braço. Ele era a temperatura ideal. Nossa conexão era diferente, não sei explicar só sei que quanto mais eu tinha dele, mais eu queria ter. Eu nunca me enjoada de olhar para sua face, ainda que ele estivesse sangado ele não conseguia me negar um sorriso. Meu celular vibrou e apareceu uma mensagem dele.

Sky of Gold (SEM REVISÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora