Capítulo dezessete

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Frank
Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Foi por isso que aquele filho de uma mãe estava me fazendo tantas perguntas. Ele estava sendo legal comigo. Claro que estava. Ele estava pegando Elise em minha costas.
Eu estava tão preocupado com ela desde ontem, eu estava tão ansioso para poder falar com ela. Procurei por ela por todos os lados ate Sofia me dizer que a viu ir para frente da casa. Fui para encontra-la. E quando chego vejo a cena mais assustadora da minha vida, meu sangue gelou e por um instante meu coração congelou. Meu Deus, os dois estavam se agarrando de uma maneira extremamente primitiva, na hora senti a bile vindo em minha boca. Eu senti tanta repulsa. Não acredito que ela me enganou desse jeito. A quanto tempo isso vem acontecendo? Eu confiava em Elise mais que tudo nessa vida, e ela me enganou. Mentido para mim. Como ela pode. Eu achei que nos éramos uma combinação perfeita, achei que éramos honesto um com o outro, eu pelo menos era. Ela nunca me deixava me aproximar de qualquer outra garota, e eu a entendia. Jesus eu era simplesmente feliz com isso. Não que eu tivesse qualquer pretensão de tê-la, mas pelo menos ela devia ter sido honesta comigo. Eu iria sofrer? Sim! Senhor eu ficaria sem chão. Eu estou sem chão, mas ainda assim eu preferia que ela tivesse me contado. Eu iria entende-la. No entanto ela preferido me ocultar, achou mais fácil, fazer tudo nas minhas costas. Meu Deus eu estava tão arrasado. Parecia que alguém havia arrancado meu coração do peito com as mãos e esmagado em minha frente. Minha garganta estava em chamas. Agora tudo fazia sentindo. Ela estava tão estranha ontem, falando coisas sem sentido. Fazendo eu prometer que nunca iria deixa-la. Meu Deus estava tudo tão claro, ela estava me preparando para isso.
Passo feito um furacão pela festa sem olhar para qualquer parte. Tudo que eu queria neste momento era deixar de existir. Como eu queria que o chão se rasgassem de baixo dos meus pés e me puxasse para de baixo da terra. Qualquer coisa era melhor que do que a dor excruciante que eu estava sentindo.
-Ei. - Grita Daniel atrás de mim. - Eu continuo andado, quando sinto sua mão toca meu ombro.
- O que foi cara? Parece que viu um assombração. -diz ele tentando ser sarcástico. Mas eu não tinha qualquer animo para seu sarcasmo.
- Agora não Daniel, esse é um péssimo momento.
- Ei amigão, me diz o que está acontecendo. Você está parecendo um pedaço de lixo.
- Qualquer assombração seria uma melhor opção, do que, o que acabei de ver. Estou indo embora. Tiro meu ombro bruscamente de sua mão e passo reto.
- É sobre a Elise, não é? Eu sabia que ela ainda ia ferrar com você. -diz ele tentando me barrar novamente.
- Daniel agora é uma péssima hora, cara. Só me deixe, amanhã conversamos.
- Cara tá tarde não tem nenhum voo agora.
- Eu vou de carro mesmo. - Mas é muitas horas de Estrada e você esta sem carro.
- Eu estou com a Chaves de Matt e não me importo com a distância. Agora só me deixe.
- Então eu vou com você! - Daniel, por favor, só me deixe ter meu tempo. Eu realmente preciso de um tempo sozinho.
Daniel se afasta respeitando meu momento e eu sigo para dentro da casa. Eu não conseguiria impedir por mais tempo as lágrimas que ardia em meus olhos. Sim eu estava me quebrando. Eu não queria perde-la. Eu sempre temi esse momento e evita ao máximo pensar sobre isso. Mas só posso dizer que é bem pior do que eu imaginava. Na entrada da casa tinha uma parede muito convidativa de concreto rustico. Eu soquei a parede para ver se a dor em meu punho, aliviaria a dor em meu coração. Eu estava tão entorpecido, que não sentir qualquer dor no punho a única evidência de que eu havia esmurrado a parede, era o sangue que começou a escorrer pela minha mão. Graças a Deus a casa estava vazia todos estavam do lado de fora assim eu podia me desabar sem que ninguém me visse. Vejo novamente aquela caverna escura e fria me sucumbir, e eu estava de novo na escuridão. Parecia que todo esse sentimento tinha tomando um proporção bem maior do que já era e veio me tomando com um velocidade dolorosa, feito uma avalanche. E como se ele estivesse o tempo todo adormecido e agora ele havia despertado com uma proporção assustadoramente grande. Cada célula do meu corpo estava consciente do quanto eu a amava. Eu sentia raiva, nojo, pena era uma mistura de sentimentos desgastante.
Quando entro no quarto para arrumar minhas coisas ouço a porta se bater. Me viro e dou de cara com o imbecil.
- Merda cara, da o fora daqui agora! Não complique mais as coisa.
- Calma Frank, vamos conversar -rio sem qualquer emoção. E lhe lanço um olhar cético.
- Conversar? Você só pode estar de brincadeira comigo. Não existe nada para Conversar. O que eu vi já me disse tudo.
- Frank você é melhor que isso. Não há odeie.
- Odiar? Eu não a odeio, seu bastardo cretino, eu nunca poderia odiá-la. Mas a forma que vocês estavam juntos realmente me enoja. Ela não é daquele jeito. Elise é decente. - O filho da mãe estava com um cara tão derrotada, que meu coração de marica começou a sentir pena dele. Ele estava miserável. Mas o que eu podia fazer? Beijar seu pé? Depois de tudo que conversamos essa tarde, eu fui tão claro com ele sobre Elise e eu não esconder nada um do outro, e agora eu estava mordendo de volta para dentro minhas malditas palavras.
- Afinal onde ela está? -Pergunto, por eu sabia que ela deveria estar arrasada. O choque em seus olhos quando ela me viu foi assustador. Eu sei que ela deveria estar mal, mas minha cabeça estava quente demais para falar com ela. E eu nem conseguia olha-la nesse momento.
- Ela quis ficar sozinha. Ela não queria que eu ficasse com ela. - Diz ele, abaixando o olhar.
- Que tipo de cara estúpido você é? Ela pede para você sair, e você simplesmente sai, e a deixa sozinha. Vá buscá-la seu bastardo.
- Frank você não endente, ela me olhou com tanto desprezo que me destruiu. Eu não posso ficar perto dela com ela me olhando daquele jeito.
- Você é bom nisso, não é mesmo professor? Quando as coisas ficam difíceis, você cai fora. Nunca peita a situação, sempre foge. -Saio do quarto e ele vem atrás de mim.
- Frank, pra onde está indo? - Não que isso seja da sua maldita conta, mas vou ver minha amiga.
- Vi seu olhar suavizar. Que merda ele estava fazendo. Era ele que deve ia ir até ela e dizer que tudo ficaria bem. Eu realmente não entendia esse cara. Por duas vezes ele teve Elise em suas mãos e estava desperdiçando a chance.
Minha cabeça estava pesada, como se tivesse chumbo dentro dela, e latejava feito uma ferida infeccionada. Faço meu caminho para fora da casa e vou até o Carvalho. Elise estava deitada na relva que estava húmida devido ao orvalho da noite. Ela havia se enrolado em seu corpo feito uma bola. Eu tiro meu casaco me sento ao seu lado Seguro seu corpo trazendo para meu colo como se ela fosse uma criança. Ela vem de bom grado reconhecendo meu corpo.
- Fran...
-Shiii. Não precisa dizer nada Lise, eu estou aqui agora. Tudo vai ficar bem. Eu pego meu casaco e enrolo em seu corpo tentando acalmar seus tremores. Por um momento ela apenas me abraça e se desmancha em meu colo. Eu devia estar furioso, mas ve-la tão vulnerável e abalada só me fez me sentir um idiota por ser o motivo de seu desperto. Depois de algum tempo de choro, ela levanta sua cabeça e me olha.
- Fran eu sinto muito, eu estou tão envergonha. - passo meu polegar em seus rosto limpando suas lágrimas, e a acalento em meus braços tentando acalma-la. Ela era minha melhor amiga, e isso não ia mudar pelo fato dela ter sentimentos por Enzo.
- Não precisa me explicar nada agora apenas, fique calma. Você precisa tirar essas roupas húmidas se não irá se resfriar.
- Eu não quero que me vejam assim. Eu quero ir embora Fran, me tira daqui. -Diz ela, com a voz desesperada.
- Shiii. Tudo bem! Tudo bem! Vou levá-la se é isso que quer. Eu vou buscar nossas coisas e passo em um hotel para passarmos a noite. Tudo bem para você.
-Sim! - E Enzo? quer que eu o chame para você falar a ele que esta indo?
- Não precisa, eu vou lhe mandar uma mensagem.
-Tudo bem! - dou um beijo em sua temporã e vou buscar nossas coisas. Quando volto para o quarto Enzo estava lá, sentado com as mãos na cabeça. Ele me ouve e se vira espavorido.
- Cadê ela? -Ele me pergunta com uma expressão desoladora, que vez meu coração se cortar.
- Ela vai ficar bem. Só que decidiu ir embora comigo. Acho que ela irá lhe mandar uma mensagem e amanhã vocês podem conversar.
- Você não esta mais com raiva?
- Ainda estou muito decepcionado, mas é evidente que ela o ama, e se você for o que lhe trará felicidade, eu ficarei bem com isso. Só quero que Elise seja muito feliz, se você proporcionar isso a ela, ficaremos bem professor. Afinal sempre foi você, não é mesmo?
- Eu achava que sim, mas eu não tenho mais tanta certeza disso. - que merda ele estava falando?
- Você a ama Frank?
-Sim! Você sabe que sim!
- Você não me entendeu Frank, você a ama como mulher? - Eu fiquei meio hesitante, mas quem eu estava querendo enganar, ele sabia a resposta só queria ouvi-la da minha boca.
- Mas do que qualquer coisa neste mundo. Eu daria minha vida se só para ve-la sorrir. Mas é você que ela ama Enzo. Então apenas se encarregue de fazê-la feliz.
- Você é um bom homem Frank. -diz ele com um sorriso fraco, mais sincero.
Eu não fiquei para falar mais nada. Recolhi meus pertence, fui no quarto em que Elise ficou hospedada e peguei sua bagagem e fui encontra-la. No caminho encontrei a avó de Helena. E ela insistiu para que eu ficasse com Elise, mas não tinha clima nenhum. Eu lhe pedi uma manta e um travesseiro emprestada para Elise, e fui. Não vi Daniel nem os outros para me despedir, certamente Enzo lhe explicaria tudo. Elise estava no mesmo lugar. A pego e a levo para o carro, guardo nossa bagagem. Lhe entrego o cobertor e o travesseiro. Abro a porta do carona, eu sabia que ela detestava esse tipo de coisa, Elise era muito independente para isso, mas eu precisava cuidar dela agora. Ela sorri fraco pra mim e se ajeita em seu banco. Eu vou para o lado do motorista e ligo o aquecedor.
- Se quiser pego alguma roupa e você pode se trocar, no Banco traseiro embaixo da manta. - digo a ela. Eu não gostava de ve-la molhada não queria que ela adoecesse.
- Não precisa, faço isso no hotel, preciso de um banho.
-Tudo bem, vou tentar encontrar um bem rápido.
- Obrigada Fran, isso é muito importante para mim.
- Obrigada, pelo que?
- Por ser o melhor amigo do mundo, por voltar por mim, mesmo que eu tenha quebrado nossos códigos e promessas . Eu sei que você esta magoado e tem todo direito de estar, posso ver a dor latente em seus olhos, mas ainda assim, você esta aqui comigo.
- Elise, eu já te disse, sempre vou estar aqui para você. Isso é uma promessa e eu não sou homem de quebrar minhas promessas. Agora apenas tente descansar. Nos ficaremos bem.
- Ela me da um beijo no rosto e se deita em sua cama improvisada.
- Põe no piloto automático. - Pediu ela. Eu sabia que ela queria segurar a minha mão. Fiz o que ela pediu e segurei sua mão. Ela levanta busca mente. E eu já sabia por que.-Frank! Oh Meu Deus! Eu fiz isso com você. Ela liga a luz de teto do carro para analisar melhor minha mão. Eu tento puxar para mim, mas ela não solta.-Elise, isso não é nada, não crie um grande caso. Só tentei...
- Mudar o foco da dor. -terminou ele por mim.-Meu Deus, Fran me perdoe, senhor eu me sinto tão miserável. Ela segura minha mão em seu rosto e eu sinto suas lágrimas caírem em minha mão ferida, fazendo-as arderem. Ela beija minhas férias, com seus lábios quentes. Fazendo por alguns segundo a dor diminuir.-Elise eu nem lavei os cortes. Não seja tola, pare com isso.-Não tenho nojo de você Fran, me deixe beija-la. Ela continua fazendo aquilo. Eu a afasto e a beijo na testa.
-Ei não se preocupe, isso não é nada.
-Como não é nada? Eu fiz isso com você. Elise pode ficar tranquila, isso Sara rápido.
-Eu vou cuidar de você Fran, vou ser a melhor amiga.
-Meu amor, você já é. Agora por favor deite. Se querer me ver bem apenas descanse.
Enfim ela segurou minha mão levando ao seu coração, que batia em uma velocidade desesperada só soltava sua mão quando havia necessidade de eu fazer alguma curva, e ela se mexia assustada, procurando minha mão, e eu levava até ela novamente. Ela já estava praticamente adormecida quando disse:
-Você não foi embora Fran, você voltou.
- Nunca Lise, nunca. Ela sorriu e adormeceu de vez.
Enquanto eu dirigia pela noite escura. Então orei, pedindo a Deus pela nossas vidas. Ele era o único que podia colocar tudo no lugar. Orei por Elise, orei por Enzo e por mim.
Elise
Despertei com a voz de Frank.
- Chegamos dorminhoca. Eu levanto me despreguiçando. Frank vai até a recepção e aluga dois quartos. Ele me deixa em meu quarto e vai para o dele. Tomo um longo banho quente, deixando minhas lágrimas se misturarem com a água. Ele já tinha me perdoado eu podia sentir, mas eu não conseguia ficar bem. Eu ainda estava uma completa bagunça mental. Termino meu banho e vou me deitar. O sono não iria chegar. Pego celular e mando uma mensagem para Enzo, me desculpando pelo meu comportamento. Eu termino de enviar e já recebo uma de volta.
"Você está bem?" -Pergunta ele, como se aquela mensagem fosse automática.
Eu me senti tão mal, por falar daquele jeito com ele. Mas eu não queria que ele realmente estivesse ido.
"Sim estou bem! Acabei de chegar no hotel. E você como está?" -repondo rápido para não o deixar preocupado.
"Estou bem. Agora! E Frank?" - questiona ele.
" Ele está no quarto ao lado, está bem, eu acho. Bom Frank, é Frank ele não consegue ficar com raiva de ninguém."
"Que bom! Espero que tudo fique bem entre vocês."
" Vão ficar sim!"
"Descanse Elise amanhã conversamos. Tenha uma boa noite."
"Boa noite Enzo."
Eu não conseguia dormir, não conseguia saber o que ia acontecer. Eu deveria estar feliz, afinal Frank pareceu compreender aquela situação, mas ainda teria a questão de eu ter que mudar com ele. E isso não estava acontecendo. Jesus como ele me surpreendia, mesmo depois de sair arrasado ao me ver com Enzo. Ele ainda voltou. Sinto uma vontade muito grande de ir falar com ele, mas ele precisa desancar.
Ouço batidas na porta. Eu me levanto rapidamente parar abrir, eu sabia que era meu Frank, e de repente fiquei mais animada.
- Achei que você precisasse de alguma coisa para dormir. - Ele sempre pensando em tudo. Não tinha como não ama-lo. Ele estende a mão e tinha dois dos meus calmantes.
- Isso é realmente tentador, mas eu prefiro o plano B.
- E qual é o plano B? -diz ele com um olhar confuso.
- Você ficar aqui comigo, esse sempre foi meu calmantes preferido. E o efeito é imediato, muito eficaz. - Ele me olha hesitante.
- Fran não vou conseguir dormir nem com um caminhão de sonífero e pelo que vejo, você também não. Eu sei e você sabe que precisamos conversar. Então para que adiar.
- Mas não é mais certo Elise, você está com Enzo, e não acho que isso seja justo, e ele provavelmente não gostará disso.
- Minha cara cai no chão. Fico muito envergonhada.
- Ei, não fique assim. Não quero deixar você triste ou desconfortável, só estou tentando fazer o certo.
- Frank eu já deixei claro com Enzo, que nada vai mudar entre nós. Ele sabe que você é prioridade para mim. Por favor, Fran, eu preciso de você comigo.
- Eu nem tinha percebido que estava chorando. Quando ele levantou seu polegar e limpou minhas lágrimas.
-Tudo bem Lise, acho que hoje pode ser permitido. Só não chore mais, ver você assim me destrói.
- Diz ele, entrando no quarto. Eu o abraço e ele acaricia minha cabeça.
Puxo ele para cama e me aninho em seu peito.
- Quanto magoado você está?
- Muito! - sua reposta foi precisa.
- Fran nada de apenas responder e silenciar.
- Elise claro que estou mal, estou me sentindo traído. Por que você não abriu o jogo para mim.
- Fran aconteceu muito de repente, foi rápido demais, e eu tive medo de você não aceitar tive medo do que você iriam pensar de mim.
- Como assim, eu não aceitar? Isso não é uma decisão minha Lise, isso é sobre você. Se você acha que pode confiar nele, se ele a faz feliz. Eu vou me adaptar com isso. - Aquilo era para me deixar em êxtase de felicidade, mas não foi o que aconteceu. Eu senti meu coração diminuir lentamente. E me silêncio.
- Isso é o que você quer, não é? Que eu fique bem com vocês. Eu vou ficar, desde que ele não a magoe seremos amigo.
- Fran você não se incomoda de ter que mudar nossa amizade por isso?
- Elise não dá para ganhar tudo sem perder nada. Talvez nossa amizade mude um pouco em relação a isso que esta acontecendo agora. - Diz ele, segurando minha mão.
Ele se referia a minha mão acariciando seu abdômen. Aquilo era tão natural, que eu nem tinha percebido o momento em que ela foi parar ali em seu peito.
-Já Vi tudo, com certeza você vai arrumar uma namorada maluca que irá te afastar de mim. Já vou avisando logo, eu arranco os olhos dela antes dela te afastar de mim. - Ele ri. Eu solto minha mão de sua mão e volto a fazer círculos em seu abdômen.
- Isso não vai acontecer.
-O que? Você arrumar uma namora? - digo brincando.
- Não sua engraçadinha, eu não pretendo me tornar um eunuco. Me refiro a alguém me afastar de você.
- Que bom que não vai virar um eunuco, seria muito desperdício.
- Elise! Exclama ele. -O que? Só estou sendo honesta. Você sabe que é muito gato. -Mas uma vez ele ri.
- Acho que você precisa de uma boa noite do sono.
- Como se eu nunca ou houvesse te elogiado. Eu gosto disso Fran. - digo me aconchegado mais em seu peito deitando perto do seu coração, que estava batendo forte.
- Disso o que?
- Ficar assim com você, e ouvi o som de seu coração.
- Hum isso é muito bom para mim também.
- O que ficar deitado comigo?
-Saber meu coração esta batendo.-Eu dou um fraco soco em sua barriga.-E ficar com você também, lutadora. Você anda molhando mulher? Quase me deixou sem ar.- Matt me ensinou algumas coisinhas.
-Aposto que ensinou. Você sabe que eu gosta tanto quanto, ou mais que você de estar aqui com você em meus braços, mas um dia vamos ter que parar com isso.
-Parar? Por que? Defina parar Fran.
- Elise você está com Enzo, ele não vai aceitar isso. Se eu tivesse alguém Eu não gostaria que ela tivesse com outro homem o tipo de amizade que temos.
- Por que? Tem alguma coisa errada com nossa amizade?
- Não para nós, mas vai ter para os nossos parceiros.
Eu não conseguia imaginar Frank, com outras pessoa. O Pensamentos dele com alguém que não fosse eu veio a mente. Eu imaginei ele segurando a mão de outra mulher, imaginei ela lhe tocando. Imaginei ela deitada em seu peito exatamente como eu estava. E eu surtei, meu Deus aquelas imagens da mulher sem rosto com o meu amigo começou a me apavorar. Eu não conseguia imagina-lo acariciando outro cabelo, outro rosto, puxando outra garota para seu colo. Comecei a sentir o ar se esvair dos meu pulmões e me levantei bruscamente.
- O que foi? -diz ele assustado.
- Fran eu não quero você com outra pessoa. Ela vai proibi-lo de ficar comigo. Quando dei por mim eu estava chorando. Eu não era o tipo de garota de lágrimas e dramas, eu sempre detestei essa versão. Mas tudo que eu estava sendo agora era isso. Eu chorava por tudo. Parecia até que tinha um vinte de águas inesgotável em minha cabeça. Eu estava hipersensível e tudo era motivo para eu me desmanchar. Aquilo era uma merda, mas eu não conseguia evitar. As lágrimas simplesmente vinham.
- Ei, você está me assustando. Eu não vou deixar ninguém me afastar de você, está entendendo.
- Então me prometa. - Eu sabia que Frank nunca quebrava suas promessas.
- Eu prometo. -Ele me deitou novamente em seu peito e começou acariciar minhas costas. Era reconfortante senti seu toque suave em minha pele. Ele me beija a cabeça, e ouço um suspiro cansando sair dele.
- Elise você precisa descansar você está muito alterada esses dias. E depois de ontem. Por que saiu da minha casa daquele jeito?
- Fran eu tive um sonho com você, mas pelo amor de Deus não me peça para te contar.
- Foi tão ruim assim?
- Digamos que foi assustadoramente bom.
- Então me conta se foi bom.
- Se eu contar terei que mata-lo.
- Se foi bom, por que saiu tão desesperada?
- Fran, você confia ainda em mim?
- Sim, na verdade queria não confiar, mas eu confio.-suas palavras me machucaram, mas ele estava com a razão. Eu tinha sorte por ele ainda estar aqui comigo.
- Então não me pergunte sobre o sonho.
-Tudo bem, eu sei que você não vai conseguir guardar isso de mim por muito tempo.
-Eu espero conseguir.
-E por que você estava contando meus músculos abdominais.
- Fran você realmente está querendo me constranger? Se tiver, vai ter que fazer melhor que isso. Sei, lá eu deitei em você e de repente fiquei curiosa. Só isso. -Curiosa para saber quantos musculo abdominais eu tinha?
- Sim por a caso isso é um crime.
-De jeito algum. Fique a vontade.- eu bati em sua barriga com meu punho fechado e ele gemeu de dor.
-Isso é golpe baixo.
- Desculpa bebê. Falei alisando o lugar afetado.
- Esta melhor assim? -Muito melhor. Olho para seu rosto e ele estava com os olhos fechados. Ele era tão lindo. Me atrevi a subi um pouco a barra de sua camisa, ele ficou tenso, mas não me impedido eu subi meus dedos por sua barriga sentindo sua pele quente contra meus dedos. E me assustei com o quando eu gostei daquela sensação.
- Elise o que você está fazendo? -tiro minha mão rapidamente. E minha face fica em chamas. Meu Deus eu estava perdendo o juízo. Quando foi que me tornei uma devassa desse jeito. Eu precisava resolver essa loucura toda. E Frank aqui não ia me ajudar.
- Desculpe Fran, não sei o que esta acontecendo comigo. Acho melhor você sair daqui.
- Se chances que vou te deixar sozinha abalada do jeito que você está. Quer falar sobre o que você está sentindo.
- Não agora.
@-Então só durma uma pouco. Eu fiquei em silêncio e comecei a conversar com Deus.
"Senhor eu sei que nem sou digna de falar contigo. Deixei a carne se fazer presente na minha vida, e acabei perdendo a direção. Pai eu estou tão confusa. Eu achei que o Senhor tinha enviado Enzo, para que ficássemos juntos, mas agora eu não tenho tanta certeza. Não quero perder nada que eu conquistei com Frank. Me diz o que fazer me ajuda a colocar minha vida em linha reta. Pai perdoa os meus erros, pois sou miserável e pecadora. Mas contudo o senhor conhece meu coração E sabe o quanto eu o amo. Me ajuda a resolver tudo isso. Não quero ferir ninguém. Amém."
Eu sabia que Deus estava decepcionado comigo, mais Ele era misericordioso e iria ouvi minha oração. Então meu coração foi se acalmando e gradativamente fui caindo em um sono profundo.
Acordei sozinha na cama. Me levantei e tinha um cartão chave na minha mesa de cabeceira, meu celular logo em cima. Pego o meu celular para ver que horas são e fico surpresa com o quão tarde já era. Havia uma mensagem de Frank. Rio para mim mesmo e involuntariamente e abro para ler.
"não consegui dormir com seus roncos. Estou logo ao lado, se precisar use o cartão. Bjos
F. "
Como assim? Eu não ronco.
Fui direto para o quarto dele. E abri a porta em uma péssima hora. Ele estava se trocando. Estava sem camisa. Meu Deus eu já o tinha o visto sem camisa a alguns anos atrás. Mas não era a mesma coisa. Eu me viro rapidamente.
- Desculpa, hora errada.
- Qual é Elise? estou apenas sem camisa. Não é como se eu estivesse nu.
- Põe logo a camisa. - digo de costas para ele.
- Já coloquei. Me viro aliviada de não ter que olhar para seu lindo abdômen, eu não precisava de mais isso para me torturar. Merda isso está cada dia mais estranho.
- Eu não ronco! -falei fechando a cara para ele.
- Sim você ronca, e é bem fofo.
- Não ronco nada, você já dormiu outras vezes comigo e nunca disse que eu roncava.
- Esta bem, você me pegou. Sem roncos. Eu só não achei certo a gente passar a noite juntos só isso.
- Oh! É tudo que eu digo. Poxa ele estava certo. Enzo não ia gostar nada disso.
-Agora podemos ir se estiver pronta. Tomamos café no caminho.
- Sim eu estou pronta.

Anjo do meu core o que acharam do capítulo.
Bjos no core♡♡♡♡

Sky of Gold (SEM REVISÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora