Um amor que vem de Deus

Fraqueza

Cheguei em casa muito cansada, verifiquei o celular e não havia nenhuma mensagem do Pedro. Resolvi que também não iria mandar mensagem pra ele hoje.
Acordei exausta no dia seguinte. Acordei várias vezes durante a noite pensando em como eu ia fazer com o Pedro. Com toda a certeza ele ficaria muito chateado comigo por ter ido ao show, mas eu também estava muito triste com tudo que aconteceu ontem entre a gente. Fiquei pensando muito no nosso relacionamento, em tudo que eu passava com ele, no quanto ele era incompreensível comigo em alguns momentos e nas vezes que ele me procurava apenas pra ter meu corpo e ia embora logo em seguida. Eu não recebia carinho da parte do Pedro, ele nunca fez nada romântico para mim e muitas vezes tudo que eu queria era que ele me abraçasse e dissesse o quanto me amava e que eu era a mulher da vida dele. Mas isso nunca aconteceu.
Meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do celular. No visor estava escrito: AMOR.
- Alô. - tentei dizer o mais friamente possível pra que ele entendesse que eu estava chateada.

- Oi amor. - Ai que ódio. Eu odiava quando ele me magoava e depois vinha falando comigo como se nada tivesse acontecido. Mas resolvi ignorar o acontecido e tratá-lo normalmente. - Então, minha linda hoje é domingo e minha mãe pediu pra você vir almoçar aqui.

- Vou falar com a minha mãe. Se ela deixar eu vou sim.

- Pede ela aí agora, vou esperar aqui na linha.
Desci as escadas e pedi a mamãe. Ela deixou e eu comuniquei ao Pedro. Ela disse que me buscaria às 11.
Tomei um banho, escovei os dentes e nem quis tomar café. Coloquei um vestidinho com uma sapatilha e desci para esperá-lo. Ele se atrasou uns 10 minutos e então tocou a campainha. Me comprimentou com um beijo, falou com meus pais e saímos em seguida. No caminho, enquanto ele dirigia pegou na minha mão e ficou beijando ela várias vezes. Dava pra ver em seus olhos que ele estava arrependido. A marca no meu braço já havia desaparecido e eu decidi não comentar nada sobre isso.
Quando chegamos na casa do Pedro o almoço ainda não estava pronto e nós ficamos na sala abraçados vendo TV. Ele me beijava toda hora e nem perguntou sobre o show. Depois do almoço fomos para o quarto dele e deitamos na cama. Ele me beijava, tentando me tocar mas eu me esquivava e tirava sua mão a cada toque. Até que comecei a permitir seus toques, mas minha consciência pesava, eu não podia fazer aquilo de novo. E não me contive e comecei a chorar alto e descontroladamente. Pedro percebeu, parou com os carinhos e perguntou:

- Poxa amor, não estou te entendendo. O que está acontecendo com você? Tá chateada por ontem ainda? Já passou.

- Eu sei. Pra mim já passou também. Só que eu não estou conseguindo. Eu não consigo mais fazer isso. A gente está errado, Pedro. Nós estamos pecando e eu não quero mais fazer isso.

- Então, é isso. Aposto que foi a Nath que colocou isso na sua cabeça.

- Não foi ninguém, Pedro. Essa é uma decisão minha e ninguém tem nada a ver com isso.

- Tudo bem Laura. Se você quer parar a gente para, mas você sabe o quanto isso é difícil pra nós dois. Eu não quero te desanimar, mas a gente não vai conseguir. Mas já que você quer assim, tudo bem. Não estou com você só por isso.

Continuei chorando e ele me abraçou. Ficamos em silêncio ali deitados. Eu estava feliz por ele ter me entendido. Isso era mais uma prova de amor dele. Mas ele tinha razão. Pedro virou pra mim e começou a me beijar. O beijo foi esquentando, esquentando, ele foi fazendo carinho e quando dei por mim já havia acontecido mais uma vez.
Meu Deus, porque isso é tão difícil? Eu estou tão triste por ter decepcionado a Deus mais uma vez. Acho melhor deixar isso de lado e seguir com a minha vida do jeito que está.
Acabei dormindo, mas fui acordada pelo o som do celular do Pedro tocando do meu lado. Olhei pra tela e estava escrito: Kadu. Não faço a mínima ideia de quem seja esse cara, deve ser algum amigo novo. O celular continuou tocando sem parar e o Pedro nem se mexia, estava num sono muito profundo. O barulho parecia um ímã, um aviso de que eu precisava atender. E se o Pedro ficasse chateado comigo? Ah, que se dane! Vou atender. Dei um toque na tela e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ouvi uma voz feminina irritante que disse:

- Ei Pepê, esqueceu de mim gato?

- Quem está falando? Alô! Alô! Alô??????

Que droga! A pessoa desligou. Olhei para o lado e me certifiquei de que o Pedro ainda estava dormindo. Resolvi retornar a chamada. Liguei várias vezes, mas a pessoa não atendeu. Me deitei do lado do Pedro e decidi que iria falar sobre isso com ele depois, mas eu estava com tanta raiva que não dava pra esperar. Comecei a sacudi-lo de forma bruta pra que ele acordasse.

- O que que foi Laura? Tá maluca!!!

- Eu espero que eu esteja mesmo. Quem é esse tal de Kadu? Ou melhor quem é essa piriguete que você trocou o nome pra eu não descobrir quem é?

Ele me olhou assustado e eu continuei insistindo:

- Anda Pedro! Eu quero ouvir sua resposta.

O Pedro ficou em silêncio e aquilo me matava de raiva. Eu perguntava, perguntava e ele não falava nada. Quando me levantei pra ir embora, ele me segurou.

- Laura, você acha mesmo que eu iria fazer alguma coisa pra te magoar?  Olha pra mim, olha no meu olho. - Segurou no meu queixo e continuou. - Eu te amo meu amor. Você é a única mulher que tenho e é você que eu quero pra sempre.

- Para de fingir Pedro! A mulher perguntou se você tinha esquecido dela e te chamou de gato. Não tem explicação pra isso.

- Tem sim Laura. Com certeza foi a namorada do Kadu que ligou.

- Eu não conheço nenhum amigo seu chamado Kadu.

- Mas ele não é um amigo. Ele me contratou pra cantar no aniversário da namorada dele e eu fiquei de mandar o orçamento. Ela deve ter ligado pra perguntar isso. E ela trata todo mundo assim mesmo. Chama de amor, de querido, de meu anjo. É só o jeito dela.

- Mas você não é amor nem anjo de ninguém!!!

Ele começou a chegar perto de mim, me abraçando, fazendo cócegas e abusando de mim por eu estar com ciúmes.

- Para com isso Pedro.

- Só paro quando você me der um beijo.    

Cheguei até ele pra dar apenas um selinho mas ele puxou o meu corpo pra junto dele e me deu um beijão daqueles. E eu cedi e resolvi confiar nele mais uma vez.

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E aí, pessoal o que estão achando da história? Deixem a opinião nos comentários, vou amar ler e responder vocês.

Espero muito que estejam gostando.

Beijos e mais beijos.
E até a próxima!