Acordado

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O que chamou minha atenção não foi o barulho de passos ou o farfalhar dos galhos. Minha própria voz zangada saiu da floresta e me deu um tapa.

"Você quase a matou. Você tem alguma idéia de como isso faz eu me sentir?"

As palavras lembradas eram vazias; Jasper não estava perto o suficiente para estampar a raiva correspondente, embora isso queimava dentro dele. Absolvição não estava em sua mente - vingança sim. Ele sabia que eu estava próximo, e repetiu a frase em sua cabeça, esperando conseguir uma reação.

Suas provocações eram apenas um sussurro em relação a conversa que acontecia na pequena casa que eu observava através das árvores.

"Existe alguma coisa específica que você quer que eu examine?" Dr. Gerandy perguntou enquanto Charlie o levava para o quarto de Bella. Ele estava esperando que sua visita fosse breve, ele tinha uma lista de coisas para fazer durante sua hora de almoço.

"Eu só quero saber se ela está bem," Charlie falou. Se ele a machucou, ele vai ter sorte de ver o interior de uma cela de prisão.

Esfreguei minhas têmporas. Rodeado por pensamentos de ódio, me retrai para a única mente nas redondezas que não tinha a intenção de me punir.

Através dos olhos do médico, eu vi a razão da minha existência dormindo tranquilamente em seu quarto bem arrumado. "Você tem razão para suspeitar o contrário?" ele perguntou, verificando seu pulso. Ele não se preocupou em contar as batidas, reconhecendo o ritmo saudável.

"Ela caiu na varanda da frente. Ela teve que ser carregada até aqui," disse Charlie furioso, seu orgulho ainda dolorido ao ver a facilidade com que eu trouxe Bella para o andar de cima.

"Hummm." Sua cor é melhor do que eu já vi; lábios, dedos, todo o preenchimento capilar normal. Dr. Gerandy olhou para Charlie, perguntando se ao invés disso ele não deveria estar avaliando seu anfitrião. As bochechas de Charlie estavam vermelhas brilhantes, e gotas de suor semeavam sua testa. Se ele ver que ela está apenas dormindo, esperançosamente ele vai se acalmar. O médico não gostava da idéia de realizar a RCP em seu amigo no chão do quarto da filha dele.

"Ela realmente está dormindo, Charlie. Isso deve provar." Ele levantou pálpebra de Bella e iluminou sua lanterna por sua pupila imóvel.

"O sol," ela murmurou, batendo a mão na direção do médico, apagando a última de suas preocupações. "Edward, olhe para mim." Ela se enrolou em uma bola, abraçando seu peito com força depois que a luz incomoda se apagou.

Os ossos na mão de Charlie rangeram quando ele estrangulou a maçaneta. Ele a deixou arruinou, aquele bastardo!

Passando pelas árvores abaixo de mim, Jasper virou em direção a voz de Bella. Os múltiplos batimentos cardíacos que acompanharam seu choro o confundiu, e ele parou debaixo de mim. Edward, venha e me encare, pensou ele, supondo que eu estava com ela.

Limpei a garganta e depois me deixei cair de meu poleiro. Surpreender Jasper nunca foi muito inteligente; suas reações instintivas eram mais difíceis de evitar que seus ataques planejados. Sem um som, eu aterrissei na frente dele.

Dr. Gerandy terminou seu exame. "Não há sinais de qualquer trauma novo, Charlie. Seus ferimentos anteriores cicatrizaram bem." Ele mexeu no cabelo dela, revelando uma cicatriz que eu não tinha notado em paralelo a linha dos cabelos, bem acima de seu olho.

Charlie e eu cerramos os dentes.

Sempre estrategista, Jasper leu atentamente meu temperamento, ouvindo o que aconteceu na casa metros de distancia. Culpa logo enterrou qualquer outra emoção que eu podia ter tido, puxando seus lábios em um sorriso vingativo.

O Lado Sombrio da LuaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora