Miss Bitch

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Blake Olson
New York, NY

— Nós temos uma aposta. — Ele diz sério dessa vez, sem sair de cima de mim.

— Sim, a aposta foi eu passar a noite com você. — Justin agora parece mais confuso do que antes. — Passar a noite não quer dizer necessariamente sexo. Eu estou passando um tempo com você e está de noite, estou cumprindo a aposta.

Eu não posso negar que estava gostando dos beijos mas eu não posso perder a minha virgindade com alguém que pelo menos até há algumas horas atrás eu odiava. Justin sai de cima de mim, se levantando da cama, e eu fico sentada assistindo ele andar de um lado para o outro puxando os cabelos em frustração.

— Você é a porra de uma vadia. — Ele esbraveja quando para de andar de um lado para o outro fazendo minha boca se abrir em choque.

— Você que é a porra de um babaca. — Voltamos à estaca zero.

— Você estava agindo como uma vadia e agora me diz que não vai transar comigo. — Ele volta a gritar comigo e eu me levanto da cama indo em sua direção fazendo a minha melhor cara de brava.

— Eu não estava agindo como uma vadia. — Digo com raiva.

— Ah, não? — Ele dá uma risada sarcástica. — Então por que você estava gemendo sem eu fazer grandes esforços e correspondeu tudo com uma cara de vadia oferecida? — Assim que ele termina de falar a palma da minha mão colide contra a sua bochecha, causando um estalo e fazendo o seu rosto virar para o lado por causa do impacto.

— Nunca me chame de vadia. — Raiva pinga de cada palavra que sai da minha boca, ele acaricia a sua bochecha ainda incrédulo com o que eu acabei de fazer.

Justin vira o seu rosto novamente para me olhar, com sua bochecha vermelha e seus olhos escurecendo, me fazendo engolir em seco. Eu não me arrependo de ter dado um tapa em seu rosto mas agora lembranças de ele matando alguém na minha frente passam na minha mente como um filme, me assustando. Ele dá passos lentos na minha direção e eu recuo até minhas costas baterem na parede me fazendo ficar encurralada.

Eu não sei o que sentir olhando para os seus olhos escuros agora, é como se o seu lado escuro estivesse vindo à tona. Justin respira fundo tentando recuperar a sua sanidade e no ato mais surpreendente da noite ele me beija. Eu não consigo corresponder o beijo imediatamente devido a surpresa e então ele segura a minha nuca e pressiona mais os nossos lábios antes de começarmos a mexer os nossos lábios juntos em uma perfeita sincronia.

É como se ele precisasse disso agora, ele me beija com desespero e eu apenas o correspondo. Passo os meus braços em volta do seu pescoço puxando o seu corpo para mais perto do meu, se é que isso é possível. Justin me puxa para cima sem parar de me beijar por um segundo sequer e eu enrolo as minhas pernas em sua cintura sendo ainda mais pressionada contra a parede.

Afasto os nossos lábios quando os meus pulmões imploram por ar, Justin arrasta os seus lábios pela minha pele até chegar em meu pescoço, ele crava os seus dentes no local e eu afundo meus dedos em seus cabelos inclinando a minha cabeça para o lado para lhe dar mais acesso ao meu pescoço, sinto o seu sorriso contra a minha pele por causa do meu ato e ele deposita um beijo no mesmo local que ele mordeu.

O som de objetos se quebrando do lado de fora do quarto faz Justin afastar o rosto do meu pescoço, o barulho continua então Justin me devolve para o chão e eu cambaleio um pouco quando o corpo dele, que estava me pressionando contra a parede, se afasta indo em direção a porta.

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