Love is her weakness

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Blake Olson
New York, NY

— Está aqui para ouvir agradecimentos? — Decido quebrar o silêncio quando nossa troca de olhares se torna desconfortável pra mim.

Justin parece um pouco perdido, ele não me encara nos olhos. É como se ele estivesse perdido nos seus pensamentos. Ele balança a cabeça, se aproximando da minha cama para se sentar.

— Como você está?

— Desde quando você se importa?

— Eu só quero saber, nunca disse que me importava. — Reviro os olhos.

— Estou bem. — Dou de ombros. — Obrigada por ter me ajudado.

Ele não fala mais nada, apenas volta com seus pensamentos distantes. Queria poder saber sobre o que ele está pensando, o que está o incomodando tanto porque até agora ele não foi completamente grosso ou safado. Uma coisa é certa, eu nunca conseguirei desvendar o que se passa em sua mente.

Justin apoia seus cotovelos em seus joelhos, escondendo seu rosto em suas mãos ao bufar frustrado. Me arrasto na cama para ficar sentada perto dele, mantendo a minha perna engessada esticada. Coloco minha mão em seu ombro mas ele não se move. Não entendo o porquê de ele estar dessa forma, talvez seja por causa dos seus "negócios".

Por que ele viria até aqui? Justin não pronuncia nem uma palavra sequer e parece perturbado com alguma coisa, tenho certeza de que eu sou a última pessoa que ele procuraria para falar sobre seus problemas ou para pedir ajuda para achar uma solução para eles.

— O que aconteceu? O que está incomodando você? — Pergunto meio receosa, eu sei o quão grosso ele pode ser quando quer.

— Eu não posso fazer isso com você. — Justin fala baixo, como se tivesse pensado alto.

— O que você não pode fazer comigo? — Ele levanta o seu rosto para me encarar, percebendo que tinha dito em voz alta.

— Preciso ir. — Seguro em seu braço quando ele faz menção de se levantar da cama.

— Será que você pode explicar o que está havendo? Você aparece no meu quarto no meio da noite e age de um modo estranho, eu estou sem entender o motivo de você estar dessa forma.

— Eu não preciso me explicar para você. — Dá uma risada debochada.

— Não sei se você notou mas você está na minha casa, no meu quarto. Se você não tem nada para me explicar, saia daqui porque eu não sou obrigada a aguentar essa sua mudança de humor e suas grosserias. — Minha raiva cresce ainda mais quando Justin ri. Isso mesmo, ele ri como se não levasse a sério o que eu disse.

Ele olha para o outro lado do quarto – mantendo seu sorriso cínico em seus lábios – parecendo pensativo novamente enquanto passa a mão pela sua mandíbula. Justin olha para mim novamente após alguns segundos de completo silêncio, os seus olhos agora contém frieza, diferente de alguns minutos atrás quando os mesmos denunciavam o seu conflito interno.

— Quer saber de uma coisa? — Noto que não foi exatamente uma pergunta quando ele pressiona seus lábios nos meus antes de receber qualquer resposta da minha parte.

Eu poderia continuar com isso, deixar meu coração falar mais alto e permitir que Justin continuasse ali me beijando mas a dor que eu sinto me trás de volta para a realidade e me faz recuar. O meu lábio inferior está machucado e a força que Justin fez pressionando nossos lábios juntos não ajudou em nada.

Seus olhos descem até o machucado e ele parece entender o motivo de eu ter recuado. No ato mais surpreendente do século, Justin coloca sua mão em meu rosto, acariciando a minha bochecha antes de dar um beijo delicado no machucado em meu lábio inferior. Continuo parada o encarando, atônita e surpreendida.

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