Capítulo 2

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- Porque mudou-se pra Maré Azul?
- Minha mãe faleceu recentemente e tive que vir morar com meu pai - Respondi tentando não parecer chateado.
- Poxa.. meus pêsames. - Gabriel respondeu passando a mão em meu rosto.
Ficamos quase 1 hora andando sem parar, estava sendo até legal passar um tempo com Gabriel, ele sabia ser fofo até quando não estava sendo fofo.
- Vamos tomar um sorvete - Disse segurando em minha mãe e me levando em direção a sorveteria - Essa sorveteria é uma das melhores da cidade, pode deixar que eu pago.
- T-ta bom - Respondi um tanto envergonhado.
Tomamos sorvete e novamente voltamos a andar, ouvi meu celular tocar, havia 7 chamadas não atendidas do meu pai.
- Droga - Falei.
- Oque aconteceu? - Gabriel perguntou-me preocupado.
- É o meu pai, só um minuto. - Disse me afastando tentando retornar a ligação ao meu pai.
- Daniel? Onde você está? Voltei em casa porque esqueci algumas coisas em casa e você não estava? Você ta bem? Aconteceu alguam coisa? - Perguntou, desesperado.
- Calma pai, eu estou bem, estou com um colega que conheci hoje no Colégio.
- Colega? Não começou a estudar e ja fez um colega?
- Já sim, Gabriel. - Disse esperando que meu pai conhecesse.
- O filho dos Matsui? - Perguntou - Ele é um bom garoto.
- Daqui a alguns minutos chego em casa - Desliguei sem nem esperar meu pai dizer tchau.
- Oque ele queria? - Perguntou curioso - Estava preocupado por não me encontrar em casa, posso pedir uma coisa? - Perguntei tímido
- Pode, quantas quiser - Respondeu passando a mão na cabeça e dando um sorriso.
- Pode me levar pra casa? Eu saí e não sei se consigo voltar sozinho.
- Claro, mas, e se eu não tivesse te encontrado, como voltaria? Perguntou sorrindo.
- Ligaria para meu pai vir me buscar. - Respondi.
Andamos até minha casa, chegando lá perguntei se Gabriel queria entrar, mas ele negou, me despedi, entrei, tomei outro banho deitei e dormi.
Acordei no outro dia com meu pai me chamando, nem percebi que se passou tanto tempo, pareciam minutos, rapidamente tomei banho, me arrumei e fui tomar café.
- Como foi ontem? - Meu pai perguntou, colocando a xícara sobre a mesa.
- Foi legal, eu quis conhecer a cidade e ele me levou a alguns lugares.
- Entendi. - Respondeu fitando-me
- E no trabalho como foi?
- Cansativo. - respondeu suspirando
Naquele momento eu percebi que não sabia qual a profissão do meu pai, nunca perguntei.
- Pai, com oque você trabalha? - Perguntei curioso.
- Nunca falei? - Disse dando levantando a sobrancelha - Sou médico, vamos ou você vai se atrasar para o primeiro dia de aula.
Tomei meu café em um gole, entrei no carro e fomos, cheguei no Colégio e não sabia chegar na minha sala, pra minha sorte Gabriel estava vindo em minha direção.
- Oi, bom dia, está perdido? - Perguntou - Posso ser seu guia se quiser.
- Oi, to sim, obrigado - Agradeci.
Eu só queria saber porque ele estava sendo tão legal comigo, nós nem nos conhecemos direito.
- Qual sua turma? Perguntou pegando o papel de minha mão - 1-b? Você é da minha turma, vem comigo - segurou em minha me puxando para a primeira sala do corredor.
A sala estava vazia, so tinha nós dois ali, Gabriel apontou pra mesa atrás da dele, e disse para eu me sentar ali, passaram-se alguns minutos e os alunos começaram a chegar, quando estava todo mundo na sala e o sinal ja havia batido chegou o professor de português, tão bonito quanto o Gabriel acho que nessa cidade so havia pessoas bonitas.
- Você deve ser Daniel o filho do Médico né? - Perguntou, apontando o dedo em minha direção.
- Sim, sou - Respondi envergonhado.
Todos olhavam pra mim, eu era o único garoto novo ali.
- Posso fazer uma pergunta? Gabriel Perguntou me entregando um papel com meu nome.
- Sim. - Respondi observando que Gabriel estava com o mesmo papel so que com seu nome.
- Você tem que idade? - Perguntou olhando nos meus olhos
- Tenho 15, faço 16 ano que vem.
- Você é o mais novo da sala, as pessoas aqui tem entre 16 e 17 anos, eu tenho 18. - Respondeu, envergonhado.
- 18? - Perguntei surpreso por ser o mais novo da sala, e por descobrir que Gabriel era 3 anos mais velho - Porque ainda está no 1 ano?
- Eu fiquei doente, por um tempo.
Gregory chegou, sentou-se em minha mesa e disse.
- Ele tem.. - Foi interrompido por um soco que Gabriel deu em seu ombro - Cara porque fez isso?
Gabriel olhou-o nos olhos e balançou a cabeça em sinal de negativo, olhou pra mim e deu um sorriso.
- Foi mal - Gregory disse olhando para Gabriel.
Algum tempo se passou e Gabriel foi chamado a direção, eu não entendi porque, mas estava curioso, Gabriel era um mistério e eu queria saber oque Gregory ia me contar, algumas horas se passaram todas as aulas haviam acabado e Gabriel ainda não tinha voltado, eu estava preocupado, fui para a entrada da escola e la estava meu pai buzinando igual a um louco na frente da escola.
- Como foi o primeiro dia? - Perguntou, provavelmente ele estava esperando eu dizer alguma coisa interessante.
- Foi normal. - Respondi
- Gabriel mandou eu me desculpar por ele, ele deu uma passadinha no hospital hoje.
- Oque ele tem? Perguntei curioso pra saber oque ele tanto escondia.
- Ele não contou? - Perguntou, surpreso - Ele deve gostar mesmo de você.
- Oque? Gostar de mim? Nada haver pai.
- Deixe ele mesmo te contar. - Respondeu colocando a mão em meu ombro
Assim que saímos da frente da escola fomos pra casa, eu não falei nada o caminho todo, eu estava envergonhado, meu pai dizendo que o Gabriel gosta mesmo de mim? Que tipo de gostar? Eu estava realmente envergonhado, mas oque não me saía da cabeça era o fato de Gabriel estar me escondendo alguma coisa.
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Oi pessoal, parece que Daniel vai descobrir oque Gabriel está tentando esconder dele aguardem..

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Até Que A Morte Nos Separe (ROMANCE GAY)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora