Capítulo 11

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Hoje é a primeira vez que eu vou na Quimioterapia com o Gabriel, ele disse que prefere ir comigo do que com sua mãe, ela quer ficar em cima dele a todo momento, eu disse a ele que comigo não seria diferente, ele sorriu e disse que gostava de de ficar comigo. Chegamos no hospital uma estagiaria muito linda chamou Gabriel de "Meu amorzinho", aquilo me deixou transbordando de ciúmes, ela deveria ter 18, 19 anos, isso me deixava com mais ciúmes ainda, os dois ficaram conversando bastante tempo, depois de 30 minutos de conversa ele puxou a minha mão e disse " Esqueci de apresentar, esse é o Daniel, meu namorado", ela ficou calada por alguns segundos e nos levou pra sala de Quimioterapia, ali não havia muitos adolescentes só pessoas mais velhas, Gabriel disse que se sentia o centro das atenções, as enfermeiras o mimam demais.

 Depois da quimioterapia fomos caminhar, ele disse que isso ajuda, caminhamos por longas 2 horas, ele foi me contando tudo que ele queria fazer antes de partir, como ele tinha tanta certeza de que ele iria partir? Aquilo me chateava, mas fiquei quieto ouvindo-o falar, ele disse que queria pular de para-quedas, dai eu perguntei.

- Você não tem medo?

- Medo do que se eu vou morrer? - Ele sorriu.

- Gabriel..

- Não Daniel, você sabe a verdade, ninguém com leucemia viveu tanto tempo pra contar a historia. - me interrompeu.

- Talvez você possa. - Disse colocando as mãos em seu rosto 

Gabriel não era desistente, ele passou vários anos lutando pra poder viver, talvez agora ele só quer viver, ele quer parar de lutar pra poder fazer coisas que ele deixou de fazer, por um lado eu o entendia, mas por outro não, eu só queria vê-lo do meu lado.

   Quando chegamos em casa Gabriel teve a grande ideia de ir saltar de paraquedas, os pais deles olharam pra mim com uma cara de "diz que não" mas eu disse sim, os dois suspiraram, talvez eles não gostassem da ideia, mas se fosse pra agradar Gabriel os dois fariam qualquer coisa e eu não posso dizer nada, não consigo dizer "não" pra ele, acho que não consigo dizer "não" pra ninguém, fomos em vários lugares pra nos inscrever nos saltos de para-quedas mas todo estavam lotados, Eu já havia perdido as esperanças, mas Gabriel procurava em todos os lugares, até em cidades perto dali ele foi, e conseguiu encontrar, ele nos inscreveu e faltava poucos dias para irmos, ele nos inscreveu muito tarde e eu não estava preparado pra saltar de um avião, Gabriel tentava de todo jeito me acalmar dizendo que daria tudo certo, mas eu morro de medo de altura, eu pensava que o para-quedas na hora podia não abrir, ou eu poderia desmaiar ou até pior. A noite Gabriel não parava de me encher com aquilo, nós fomos pro quarto dormir e ele não calava a boca, depois de muitas horas falando Gabriel parou de falar, ele tinha dormido e eu dei graças a deus, virei para o lado abracei-o e dormi também.

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Até Que A Morte Nos Separe (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now