Capítulo 14

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Gabriel estava um pouco zonzo por causa dos remédios, então tive que ajuda-lo ir até seu quarto, o deixei la e fui embora, eu voltaria a noite, cheguei em casa e meu pai estava dormindo na sala, ele tentei fazer de tudo pra ele não acordar, mas mesmo assim ele acordou.
- Como foi ontem?
- Foi legal.
- Oque é isso? - Disse apontando para a mancha em meu pescoço.
- Eu escorreguei e bati o pescoço na mesa. - Disse saindo correndo com a mão no pescoço.
Subi as escadas e fui tomar um banho, me arrumei e fui ao hospital, pedi para o meu pai autorizar a saída de Gabriel para sairmos, meu pai achou aí não seria uma boa ideia, mas deixou. Cheguei ao hospital e as enfermeiras disseram se eu sabia de alguma coisa sobre os machucados nas costas de Gabriel, Gabriel começou a dar gargalhadas, parecia que alguém estava fazendo cócegas em sua barriga, a enfermeira olhou pra ele, e depois olhou pra mim, e disse " Que horror", Gabriel esperou ela pegar uma certa distância e gritou "Pelo menos eu transo!" Eu olhei pra cara de Gabriel e comecei a rir, todos da recepção nos olhavam com uma cara de quem não queria ter imaginado aquilo.
Saímos do hospital e Gabriel disseram que queria ir comer no McDonalds, fomos comer no McDonalds, Gabriel comeu 7 vezes, e as 7 vezes ele repetiu as mesmas coisas, depois de comer fomos no cinema, assistir um filme que não sabíamos o nome, mas acho que mais nos beijamos do que prestamos atenção no filme, depois de ir no cinema fomos em uma casa de games, aquilo estava lotado, eu e Gabriel batemos o Record de Just dance, todos no deram parabéns, depois de tudo isso, voltamos para o hospital, chegamos na porta, Gabriel segurou na minha mão e disse "Se eu morrer eu quero eu saiba, que cada momento minha vida é fica mais especial com você ao meu lado" ele saiu do carro e entrou no hospital antes que eu pudesse dizer alguma coisa, fui pra casa e dormir.
Levantei várias ligações do meu pai em meu celular ele dizia que a situação de Gabriel tinha piorado, que talvez ele não passaria de hoje a noite, joguei o celular no chão e comecei a chorar, lembranças de minha mãe vieram a minha cabeça, peguei minhas coisas e fui ao hospital, cheguei lá, meu pai me parou na porta e disse "ele não aguentou", acordei ofegante, pingando suor "Foi só um sonho?" Suspirei fundo e disse "Ufa!", levantei tomei um banho, percebi que minhas mãos estavam trêmulas, eu tinha um medo enorme de perde a pessoa que eu mais amava nesse mundo.
Fui para o hospital mesmo não estando no horário de visitas, eu precisava ter certeza de que Gabriel estava bem, fui direto para o quarto de Gabriel, não passei na recepção, talvez ele me tentariam me impedir, mas nada, nada iria me fazer deixar de ver Gabriel naquele momento, entrei no quarto e Gabriel estava dormindo, ve-lo me deu um alívio imenso, os seguranças entraram no quarto e me seguraram, Gabriel acordou, e logo foi empedi-los de me tirar dali.
- Calma, eu vou sair, mais tarde eu volto. - Disse me soltando dos braços do segurança e olhando para Gabriel.
Cheguei em casa e me joguei no sofá, eu estava faminto, me levantei e tinha biscoitos e café que meu pai havia separado, comi fui dormir, acordei quase no horário de visitas, levantei correndo e sem me arrumar, fui. Cheguei lá e Gregory estava com Gabriel, os dois os dois jogavam damas, e a conversa parecia bem interessante, eles falavam da menina que Gregory "pegou", ficamos no hospital até depois do horários de visitas, achei estranho ninguém ter ido nos chamar, algumas horas se passaram e a enfermeira daquele dia apareceu.
- Agora vocês são três? - Olhou como se estivéssemos fazendo alguma coisa errada.
- É meu primo - Gabriel disse - e ele é meu namorado - colocou as mãos em minha cabeça
- Você tem que tomar os remédios. - deu um copinho com pílulas para Gabriel.
Gabriel virou o copinho na boca, olhou pra ela, e me agarrou e me deu um beijo, ela vendo aquela cena disse "misericórdia", Gabriel adorava irrita-la. Meu pai apareceu e disse que já estava na hora de irmos embora, eu tinha certeza que já havia passado.
Fui pra casa caindo de sono, eu não entendia todo meu cansaço, eu havia dormido o suficiente pra ficar acordado até 6 da manhã. No outro dia acordei, desci as escadas e fui assistir bob esponja, aquilo me fez lembrar de Gabriel, eu sorria, eu sentia vontade de chorar.
Fiquei assistindo TV até me dar fome, comi algumas porcarias que meu pai tinha comprado, tomei banho e fiquei no sofá, era tão sem graça não ter Gabriel por perto, ele me animava, ele me levava pra sair, ele tinha mais assunto do que qualquer outra pessoa, mas agora minha vida se resumia a isso, acordar, comer, tomar banho e ficar esperando dar o horário de visita pra ir ver Gabriel, era sempre a mesma coisa, a mesma rotina, aquilo me cansava mais desde que eu pudesse abraçar Gabriel aquilo não me importava. As horas se passavam lentamente, aquilo estava me estressando, sai de casa e fui caminhar, fui para o lago, onde Gabriel fez uma festa pra mim, fui a sorveteria, e enfim fui para o hospital, como recepcionista já me conhecia me deixou entrar 1 hora antes, não sabia o porque do horário de visita, aquele hospital não tinha quase ninguém, 5 talvez 7 pacientes, não tem necessidade de horários de visita. Cheguei no quarto, e Gabriel estava assistindo TV, ele disse que estava me esperando, mas as horas demoravam a passar, ele em abraçou, e começou a contar sobre como estava ficando chato estar todos os dias no hospital, Gabriel parecia ótimo, ele parecia tão bem quanto eu, mas daí me lembrei que a situação dele só piorava a cada semana, nem parecia. Ficamos conversando por longas e longas horas, quando eu estava com Gabriel às horas pareciam voar, quando o horário de visita acabou e a recepcionista veio me chamar, dei um beijo em Gabriel e fui embora, cheguei em casa e fiquei parado na cozinha, olhando pro nada, pensando no dia de amanhã, na minha vida, o Gabriel fará parte dela pra sempre? Lágrima tomaram conta dos meus olhos, eu não entendia porque eu chorava, eu só chorava, subi as escadas enxugando as lagrimas e dou de cara com meu pai.
- Daniel, aconteceu alguma coisa? - Perguntou
- Não pai, eu só não quero perder o Gabriel. - Solucei
- Daniel, vem cá - Me puxou e me deu um abraço.
Eu não esperava aqui, quando senti os braços do meu pai envolta do meu corpo, eu desabei, parecia que tudo oque eu não havia chorado no enterro da minha mãe estava ali, eu apertei meu pai com força, eu sempre achei meu pai o homem mais forte que eu conheci, mesmo não tendo convivido com ele, limpei minhas lágrimas, dei um sorriso e fui para o meu quarto, tirei minhas roupas, deitei na cama e dormi.
No outro dia fui acordado com meu celular tocando várias vezes, era Gregory, resolvi atender.
- Alô
- Daniel? É o Gabriel, ele piorou.
- Oque? Se você tiver brincando, isso não ontem graça.
- Não, Daniel eu não estou brincando, vem pra cá, agora!
Desliguei o celular, peguei a primeira roupa que vi e fui, cheguei do lado de fora e peguei o carro que meu pai não usava, fui o mais rápido que pude, quando cheguei lá, haviam várias pessoas na recepção, e três delas eram, os pais de Gabriel e Gregory.
- Cadê ele? Eu posso vê-lo?
- Não, eles proibiram a entrada por enquanto, Gabriel teve uma parada cardíaca.
- Oque?! - Eu me ajoelhei no chão e senti como se uma parte de mim estivesse sendo arrancada.
Gregory me levantou, eu estava todo trêmulo, eu não sabia oque fazer, minha vontade era de sair do braços de Gregory e ir direto ao quarto que Gabriel estava, mas eu não conseguia me mover.
- Então.. - Disse meu pai vindo - Fizemos todo o possível, e Gabriel está bem.
Todos ali na recepção sorriam, se abraçavam.
- Quem são eles? - Perguntei para Gregory
- São da família, tios, tias, avós, o Gabriel é muito importante pra gente.
- Que bom. - Eu sorri
Estar participando daquele momento me fez chorar, todos olhavam pra mim, e como se me conhecessem disseram "Ele está bem, vai dar tudo certo agora".

Até Que A Morte Nos Separe (ROMANCE GAY)जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें