Capítulo 13

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Procuramos em todos os lugares e não achamos Gregory, senhora Matsui começou a ficar desesperada, então meu celular começa a tocar, era Gregory.
- Alô? Você está bem? - Perguntei preocupado.
- To bem, uma das garotas me ajudaram, e agora eu to meio que ocupado. - Disse rindo.
- Gregory.. - Disse uma menina no fundo - Vamos brincar?
- Entendi - Disse rindo
Logo avisei pra senhora Matsui que Gregory estava bem, e ele parecia estar se divertindo, voltamos pra casa e fui atrás de Gabriel pra ver se ele não havia feito alguma besteira, cheguei no quarto, e ele estava em baixo do chuveiro, sentado no chão falando sozinho, no momento em que ele me viu, ele pulou em minha direção, e começou a me pedir desculpas, ele dizia aquilo várias vezes.
- Gregory está bem? - ele perguntou
- Sim, ele está ótimo, ele está na casa de uma das garotas da festa. - Falei.
- Dani..
- Gabriel, ta tudo bem - Interrompi - Quando eu disse pra você se virar, eu não estava falando sério, eu só estava estressado.
- Ei, eu também pisei na bola. - Disse me abraçando - Eu te amo - falou me dando beijos.
Me juntei a Gabriel no banheiro, tomamos banho juntos, Gabriel parecia não estar mais bêbado, ele me disse que depois daquilo tudo, ele só queria dormir, e descansar, fomos pra cama e dormimos.
No outro dia Gabriel estava de ressaca pra variar.. ele passou o dia na cama tomando chá, não sei porque, ele só disse que estava com vontade de tomar chá, Gregory voltou pra casa a tarde, o sorriso dele estava enorme, a primeira coisa que ele perguntou quando chegou em casa foi "Gabriel está bem?" Ele subiu as escadas e foi conversar com o Gabriel, é, os dois pareciam duas garotinhas chorando, um pedia desculpas pro outro, até eu acho que choraria naquele momento, mas eu fiquei longe dos dois, pois não queria chorar também. Os pais de Gabriel ficaram fora o dia inteiro, disseram que havia muitas coisas para resolver na loja, quando deu 20:00 hrs, já estávamos todos dormindo, o dia foi cansativo, tive que ajudar Gabriel em tudo, ele é muito mole.
Quando acordamos no outro dia, Gabriel estava arrumado pra ir pra escola, e estava me chamando para eu me arrumar, nos arrumamos, tomamos café da manhã, e fomos pra escola, as garotas deram todo o tipo de atenção para Gregory, elas tratavam Gabriel como cachorro, parecia que ele tinha feito alguma voos imperdoável, aquilo me doía, mas Gabriel nem se importava, um dia ele me disse "A única coisa que eu preciso, é de você ao meu lado".
Já estavam quase no final do ano letivo, faltavam 3 meses para nós formarmos, Gregory começou a namorar, Gabriel começou a ficar mais caseiro, tava tudo bem, até que um dia... Gabriel chegou e estava com o nariz sangrando, mas não era como nas outras vezes que começava e logo parava, dessa vez saía cada vez mais, Gabriel disse que começou com pouco então ele nem se importou, quando ele notou aquilo já havia sujado toda a sua blusa, os pais de Gabriel colocaram ele no carro, e foram direto para o hospital, chegamos la e meu pai disse que era inexplicável como a leucemia de Gabriel do estágio 1 pulou para o 3, a mãe dele chorava igual a um bebê, Gabriel dizia estar morrendo de dores nos ossos, ele dizia que sua cabeça ia explodir, eu fiquei todo o momento com ele, fizeram exames, tiraram sangue e Gabriel pôde ir pra casa, ele dormiu, ele não acordava nem pra ir ao banheiro, eu tinha que ajudá-lo, ve-lo daquele jeito me partia o coração, mas ser útil pra ele me fazia, feliz.
Tudo aquilo da primeira vez voltou, Gabriel não sorria, logo quando o cabelo dele estava crescendo, começou a cair de novo, eu achei que ele estava curado, mas eu estava enganado, a mãe dele não falava com ninguém, ela passava a maior parte do tempo com Gabriel, eu passei a contar as horas, cada momento com ele era precioso, meu pai dizia que só um milagre o ajudaria, mas eu sabia que não era verdade, uma hora eles iriam conseguir ajuda-lo.
Não nos formamos, todos se formaram menos eu, Gabriel e Gregory, A mãe de Gabriel ja não tinha mais esperanças, Gregory estava perdendo as dele, o Pai de Gabriel ja nem tocava mais no assunto, e eu, fazia cada dia ser mais especial. Logo Gabriel teve que ficar no hospital, disseram que ele teria que ficar ali de agora em diante, disseram que ele poderia piorar muito, eu não podia visita-lo sempre que quisesse, então eu ia só nos dias de visita, ele sorria todas as vezes que me via, ele disse que queria fugir comigo, ele disse que aquilo era só uma fase e que logo iria passar, os médicos diziam que Gabriel estava otimo, ele brincava, dançava, ele fazia de tudo, mas sua situação piorava a cada semana. Alguns dias se passaram e eu não conseguia ficar a vontade na casa de Gabriel sem tê-lo por perto, então voltei a morar com meu pai, o diretor da nossa escola disse que a formatura era um baile, e como nós não participamos ele faria outro e garantiu que todos os que estavam presentes naquele dia compareceriam novamente, e ele estava certo, todos estavam no hospital, todos la, dançando, como se fosse da primeira vez, eu e Gabriel passamos a tarde toda indo atrás de ternos, smoking, foi legal eles deixarem Gabriel sair, quando chegamos todos ja estavam la, no hospital, Gabriel pegou a minha mão e disse "vai dar tudo certo", descemos as escadas e fomos dançar junto com as outras pessoas, todo mundo parecia ter perdoado Gabriel, mas eu não sabia se aquilo era porque eles queria ou porque Gabriel estava doente.
- Como ele conseguiu fazer com que todos viessem? - Perguntei para uma das pessoas dançando.
- Ele disse que reprovaria quem não aparecesse.
Eu não acreditava que ele havia feito aquilo só porque 3 alunos não haviam participado do baile. Aquilo já estava ficando cansativo e haviam vários quartos disponíveis, alguns dos pacientes haviam sido liberados para irem ver seus familiares, muita gente dormiu no hospital, eu e Gabriel ficamos em um quarto, a noite estava ficando cada vez mais maravilhosa, Gabriel tirou a roupa dele e jogou no chão.
- Ei esse terno é caro! - Gritei
- Xiu! - me beijou
Ele tirou a minha roupa também, estávamos completamente pelados, aquela porta não tinha chave, não poderíamos trancar, eu tinha medo que alguém aparecesse ali e nos visse naquela situação, Gabriel me beijava, eu arranhava-o, eu o apertava eu cheguei a machuca-lo, quando terminamos ele teve que deitar de barriga para baixo, ele disse que as costas dele doíam, ele disse que eu exagerei, talvez eu tenha exagerado um pouco, mas foi tão bom quanto da primeira vez.
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É, parece que Dabriel esta chegando ao fim..

Até Que A Morte Nos Separe (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now