Capítulo 12

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No outro dia fomos acordados com uma otima ótima notícia, meu pai havia ligado dizendo que estavam trabalhando em um novo remédio para retardar a leucemia e que Gabriel poderia ser o primeiro a usar caso seus pais aceitassem, e pela primeira vez os pai de Gabriel deixaram ele escolher oque ele queria, Gabriel olhou pra mim, sorriu e disse "Vamos tentar". No final do dia fomos ao hospital, pela primeira vez eles não fizeram exames, só deram algumas caixas de remédio ao Gabriel e tiraram sangue, mas disseram que Gabriel teria que passar um tempo por lá, porque se o corpo de Gabriel reagisse mal aos remédios poderei ter efeito a colaterais.
Fui pra casa pegar alguma roupas e voltar para o hospital, alguém tinha que ficar com o Gabriel la, e a mãe dele achou que deveria ser eu, então eu aceitei. Eu odiava o cheiro de hospital, mas eu tinha que ficar com Gabriel, ficamos lá por longos três dias e os médicos disseram que Gabriel reagiu bem aos remédios e poderia voltar pra casa, eu nunca fiquei tão feliz por sair de um hospital, fomos pra fora e la estava a senhora Matsui com as portas do carro aberta nos esperando, ela havia congelado um sorriso em seus rosto, ela estava sorrindo a todo momento, aquela cara triste e cansada havia ido embora, ela havia retomado as esperanças e acho que elas não iriam embora tão cedo.
Vários dias de passaram, Gabriel estava bem, as aulas já haviam começado novamente, nesses dois meses que eu passei em Maré Azul eu me apaixonei, eu chorei parece que eu vivi uma vida inteira, mas a unica coisa que eu não consegui foi conversar com outras pessoas além de Gabriel e Gregory, eu não havia feito amigos, eu me perguntava se as pessoas não gostassem de mim com o Gabriel, por agora até colocamos relacionamento sério no Facebook, eu sentia que poderia casar com o Gabriel, eu não tenho nada a perder mesmo, que dizer.. talvez eu não tenha. Faltava poucos dias para o meu aniversário, Gabriel estava cada vez mais meloso, ele me perguntava oque eu queria de presente, e eu nunca respondia, só de estar com ele já era um presente imenso, eu não gostava de comemorar meus aniversários, mas talvez agora eu até comemore.
Passaram-se alguns dias e Gabriel queria me dar aulas de direção, pegamos o carro da mãe dele e fomos para um condomínio abandonado, totalmente vazio, ele sentou no banco do lado do motorista e estava se achando um professor, por incrível que parece era a primeira vez que eu estava dirigindo um carro sozinho e consegui.
- Tá pronto pra dirigir na cidade?
- Eu tenho 15 anos, não esquece.
- Aqui os policiais não rígidos com a lei. - Ele sorriu.
Fomos pra cidade e comecei a andar com o carro por la, não parecia ser meu dia de sorte, a cada rua que eu virava havia um Polícia, Gabriel estava muito calmo, já eu, parecia que estava em uma frigideira de tanto suar e graças a Deus chegamos na casa de Gabriel e saímos do carro, foi até legal dirigir, mas tenso.
Uma vez na semana Gabriel tinha que ir ao hospital fazer exames, pra ver se estava tudo bem com seu corpo, eles tinham que ter certeza que a leucemia continuava no mesmo estado que os remédios haviam deixado, e sim estava bem, faltava 1 dia para o meu aniversário, então quando saímos do hospital não fomos pra casa, fomos para a florestas, Gabriel disse que haviam alguma coisas la que ele gostaria que eu visse, chegamos la, e o lago estava todo iluminado, havia várias pessoas, tipo varias mesmo, Gabriel havia feito uma festa pra mim, pode se dizer que metade da escola estava la cantando parabéns pra mim um garoto que nem amigos tinha, muito meninos vieram falar comigo, me deram presentes, várias meninas vieram pedir conselhos sobre garotos, ela disseram que eu consegui laçar o garoto mais desejado da escola e eu provavelmente teria os meus métodos se segurar um boy.
- Oi - Johnny um amigo de Gabriel disse
- Você é? - Perguntei
- Sou johnny amigo do Gabriel - Respondeu sorrindo e coçando a cabeça - Você e o Gabriel são só amigos né?
- É.. Não, ele meu namorado.
Eu achei que não conseguiria dizer, mas eu disse, quando eu o respondi ele segurou em meu braço e tentou me beijar, mas Gregory apareceu e ele saiu correndo, antes de correr para dentro da floresta ele gritou "Não conte nada a Gabriel", Gregory e eu voltamos pra festa, eu tinha medo de Gregory achar que eu estava tendo alguma coisa com ele, mas Gregory me disse que Johnny sempre dizia que Gabriel roubava coisas que eram dele, chegamos no Lago onde estava rolando a festa e várias meninas estavam encostadas em Gabriel, aquilo me irritava, cheguei de perto do Gabriel e vi que ele estava com um copo de vodka, bati em sua mão e disse "Você está tomando remédios".
- Uma vez não fará mal. - Ele falou quase não dando pra entender.
- Gabriel, você tá bêbado? - Gregory perguntou segurando em seu braço
- E se eu estiver idai? Parem de me tratar como criança, eu sei oque eu faço, eu tenho 18 anos.
- Ter vindo foi um erro - Eu falei
- Vem Daniel, divirta-se comigo - Colocou os braços na minhas costas e começou a me girar.
- Acabou a festa, todo mundo pra casa - Gregory gritou.
- Acho que vocês tinham que pararem de ser chatos - Gabriel disse soluçando - É uma festa, vamos nos divertir.
- Vamos Gabriel pra casa. - Puxei-o pelo braço
- Me solta Daniel, ta parecendo meu pai e minha mãe.
- Você não tem limites, isso era pra ser especial, você tem que pensar mais na sua saúde, não sair bebendo tudo que te dão! - Gritei
- Saúde? Eu estou morrendo, more do entendeu? Será que é difícil pra vocês entenderem isso?
- Não, não está, vamos embora - Puxei-o pelo braço novamente
- Vamos Gabriel, deixe de ser estúpido. - Gregory disse
Logo Gabriel segurou no braço de Gregory e começou a soca-lo, tentei deter Gabriel mas ele era muito mais forte que eu, as pessoas que estavam a nossa volta só olhavam, então eu gritei " Vocês não vão fazer nada?!" Alguns meninos vieram segurar Gabriel, ele me puxou pelo braço e me colocou no carro.
- Porque você fsz isso? - Perguntei trêmulo
- Vocês me controlam demais.
- Nós nos importamos com você.
- Deveriam parar.
- Porque? Porque você é um idiota? Porque você não pensa nas consequências antes de agir?
- Não! Porque eu vou morrer.
- Não vai! - Gritei enquanto lágrimas escorriam no meu rosto.
- Vou sim, eu já aceitei, basta vocês aceitarem também.
Chegamos a casa de Gabriel e Gregory ainda não havia chegado, os pais de Gabriel me perguntavam porque eu chorava tanto, olhei pra eles e disse "Perguntem ao Gabriel." Logo Gabriel explicou e seu pai começou a gritar, Gabriel estava mais bruto, será que aquilo era efeito do álcool? Arrumei minhas coisas e estava indo atrás de Gregory junto com os pais de Gabriel.
- Então você vai la ajudar ele? - Gabriel Perguntou - Eu tenho leucemia, não ele, eu preciso de ajuda.
- Você disse que devíamos parar de se importar, então se vira. - Falei. 
     Eu realmente não queria ter dito aquilo, mas no calor do momento a primeira coisa que veio em minha cabeça eu soltei.
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Até Que A Morte Nos Separe (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now