Capítulo 4

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Depois daquilo eu sabia que meu pai se importava com Gabriel, eu não sabia se tinha feito a coisa certa mas a fiz, eu quero ficar perto dele nesse momento, se ele conseguiu vencer outra vez quem sabe não possa vencer mais vezes? É.. Eu estou assumindo uma grande responsabilidade.
- Pai.. sobe oque aconteceu na casa do Gabriel... - Fui interrompido
- Eu ja sabia. - Disse rindo
- Já? Eu sou super discreto - Disse abaixando a cabeça, estava sentindo como se meu rosto pegasse fogo de tanta vergonha.
- Filho.. você usa calças super apertadas e, eu vi seu histórico do navegador.
Eu não sabia onde enfiar a cabeça, eu estava pensando em fazer um buraco ali mesmo e me enfiar la, fiquei aliviado por não ter que explicar toda aquela baboseira e começar a chorar.
- Eu só não sei se os pais do Gabriel sabem disso..
Depois dessa conversa não dissemos nada o caminho todo que percorremos pra casa, não sou uma pessoa comunicativa. Chegamos em casa e fui direto para meu quarto, deitei na cama e sorri, sorri como jamais havia feito antes, então milhares de perguntas vieram a minha cabeça, perguntas idiotas, "será que Gabriel é virgem? "Será que eu vou perder a virgindade com ele?" Tenho 15 anos e nunca havia beijado um menino, no momento do beijo havia sentido uma pequena ereção se formando dentro de minha calça apertada, aquilo machucava, mas era bom, ouvi meus pais aos berros na cozinha, ele estava me chamando pra comer, nunca havia provado uma comida tão saborosa antes, meu pai realmente sabia me impressionar, terminei de comer, lavei meu prato e fui dormir.
- Gabriel... - Sussurrei antes de fechar os olhos e cair no sono.
Acordei no dia seguinte e havia várias mensagens no Facebook, era o Gabriel, não tinha ele nos amigos mas isso não o impediu de me enviar mensagens, aceitei a solicitação de amizade dele, e o respondi.
- Oi. - Rapidamente ele respondeu, meu coração acelerou, senti vontade de gritar, mas não o fiz, me arrumei e desci, meu pai não estava em casa, talvez havia acontecido alguma coisa no hospital, peguei minha mochila e fui a pé, não era tão longe de casa, talvez 40 minutos a pé e 10 de carro, não sabia dizer.
Cheguei na escola e fui pra aula, Gabriel me esperava com um sorriso enorme no rosto, Gregory me olhou também e começou a rir, não sabia o motivo, talvez até sabia, mas não queria acreditar que Gabriel ja havia contado pra ele.
- Pombinhos - Gregory disse
- Você ja contou? - perguntei com vergonha.
- Ele prometeu guardar segredo, ele não faria isso com o seu primo favorito.
- Primo? Não sabia que eram primos.
- Somos - Os dois disseram juntos.
A aula havia começado, mas ninguém, prestava atenção na aula, só eu, porque eu queria tirar boas notas.
- Dani, você entrou no meio do ano letivo e daqui 5 dias começam as férias de verão, quer acampar? - Gabriel Perguntou
- Não sei.. Meu pai é bem coruja, acho que ele não deixaria. - Disse com medo de ir.
- Se for comigo ele deixa, tenho certeza.
Saímos da escola e meu pai não havia ido me buscar, ouço meu celular tocar e lá está, meu pai me ligando..
- Pai? Oque aconteceu? - Perguntei preocupado.
- Estou com vários pacientes feridos, talvez eu não vá pra casa hoje, não viu o bilhete na geladeira? Vá para cada do Gabriel como eu mencionei la, pai te ama.
- Bilhete? Que bilhete - Ele desligou antes que pudesse ouvir a minha voz.
- Vamos? - Gabriel pegou na minha mão me levando até o carro.
- Cadê seus pais? - Não havia ninguém la, só nós dois.
- Eu tenho 18. - Disse rindo.
Eu estava com um pouco de medo de andar de carro com um garoto de 18 anos, mas com cara de 15.
- Posso fazer uma pergunta? - Perguntou tirando os olhos da rua.
- Pode, se você continuar olhando pra rua pode fazer quantas quiser.
Ele sorriu.
- Você me acha muito Velho pra você?
- Não e, você não parece ter 18, tem mais cara de 14.
- Obrigado. - Falou dando um sorriso forçado.
Chegamos em sua casa e não havia ninguém.
- Onde estão seus pais? - Perguntei com receio de que ele tentasse alguma coisa.
- Eles trabalham.
- Vamos ficar sozinhos? Perguntei me afastando dele.
- Sim - Sorriu
- O-ok - Falei envergonhado
Eu não sabia porque eu estava com vergonha, mas, eu e Gabriel, na casa dele, sozinhos, aquilo era estranho, as coisas estavam indo tão rápido, nem transar eu sei, eu sou virgem.
- Não vou tentar nada.. fique calmo - Disse bagunçando meu cabelo.
Me sentia uma criança perto de Gabriel, acho que ele me tratava feito criança, e ter 1,68 Perto de um garoto de 1,86 não me favorecia, eu tinha medo dos meus pensamentos, nem eu sabia que era tão safado, só os meus históricos do navegador e agora meu pai.
- Quer ir pro quarto? - Gabriel Perguntou olhando em meus olhos
- Não! - Gritei - Quer dizer.. Não, obrigado. - estar sozinho com o garoto que eu gostava me deixava um tanto nervoso.
Ele pegou em minha mão me puxou e me beijou, uma ereção se formou em minha cueca apertada, eu não sabia onde enfiava a minha língua, eu estava com medo, e se ele não gostasse? Ele me falaria?
- Dani.. Calma.. seu coração está acelerado.. relaxa. - Falou tentando me acalmar.
- Eu nunca fiz isso antes, nunca beijei um garoto. - Falei com vergonha.
Ele me abraçou, baguncou meu cabelo, pegou em meu braço e me abraçou, um abraço tão apertado e gostoso, desde que minha mãe morreu nunca me abraçaram daquele jeito.
- Meu cabelo está caindo - Disse com lágrimas escorrendo no rosto - Eu sei que já passei por isso, mas parece que é a primeira vez, parece que...
- Gabriel, vai dar tudo certo - Disse interrompendo-o
Ele olhou nos meus olhos, enxugou as lágrima e sorriu, sabe aquele sorriso de quando você sabe que pode confiar naquela pessoa, somente nela? Então, foi esse sorriso, eu me senti especial.

Até Que A Morte Nos Separe (ROMANCE GAY)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora