Uma chance.

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Eu não podia acreditar que ele tinha falando isso. Eu me virei e vi-o sentando na cama, seus olhos estavam vermelho, o que me cortou o coração, ele devia está chorando.

Eu fui muito lentamente para sua cama, e sentei nela. Ficamos nos olhando por um bom tempo e ele me olhava na mesma intensidade. Não falamos nada, só ficamos assim, ele se acalmou e sentou mais perto de onde eu estava. Só que agora olhava para o chão.

-Eles sempre me criticam, eu sei que fui errado agora, mas sempre vem com a mesma historia.

-Que historia Douglas? –Perguntei olhando para ele, mas ele ainda olhava para o chão.

-Não quero conta.

Nessa hora voltou à minha raiva.

-Ah! É claro que não quer. –Já ia me levantar para sair, mais ele segura meu braço.

-Luiz, você não entende, não posso mesmo te contar, não quero que você fique pensando coisa pior do que já pensa de mim.

Eu fiquei assustado, como assim coisa pior.

-Douglas?

-Por favor Luiz, não me obrigue a me afasta de você.

-Se você quisesse ficar perto, você tinha que confia em mim.

-Eu sei, mas não to pronto.

-Que seja. –Eu falei virando de lado, mas vê-lo naquela situação, parecendo um cachorrinho com medo de o dono bater

nele, era demais para mim, sentir vontade de o abraçar, o beijar, o confortar.

Eu fiquei olhando para o piano e falei.

-Será que um dia eu vou poder ver você tocar?

-Que? –ele olhou-me assustado, e eu vi a besteira que eu tinha falando.

-Tocar piano. –Falei apressado, tirando o pensando absurdo que ele podia ter.

-Não toco faz uns 3 anos. –Ele falou desanimado ainda.

-Pagaria para você fazer isso para mim.

-Olha que eu vou pensar em- ele falou abrindo um sorriso lindo, o que fez eu também ficar feliz.

-Por quê?

-Por que o que? –Ele falou com curiosidade.

-Você é assim, tão irônico, rude. Mas ainda tento me aproximar de você.

-Eu sei, sou irresistível. –Ele falou me dando um sorriso maior ainda.

-E convencido. – Falei dando um soco no seu braço, mas ele segura minha mão, e se aproxima de mim.

A tensão que estava naquele quarto tinha aumentando, senti de novo aquele sentimento que vivi no carro, mas cedo.

-Está na hora de você ir para seu quarto. –Ele falou, mas sua mão ainda estava na minha, o seu toque deixava minha mão

suada, e meu corpo todo estava tremendo.

Eu me levantei e fui indo para meu quarto, mas ele me parou.

-Obrigado.

-Pelo que? –Perguntei parado na porta.

-Por não me julgar por te errado.

-Nunca vou julgar alguém pelos seus erros Douglas, se você se arrende do que fez, para mim já é um julgamento justo.

Ele me olhou, e eu sair no quarto dele, mas antes o desejei boa noite, e ele respondeu.

Segredos De Um Estranho (Luizinho 2) Romance GayWhere stories live. Discover now