Coração idiota.

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-Se você quer mesmo saber, vou sair com um amigo e ele já vai chegar. –Falei meu ríspido para ele, não queria contar isso, nem eu mesmo sabia o que estava fazendo.

-Você está ficando com ele? –Ele fala com receio da resposta.

-Não Edu, não to ficando com ninguém e você sabe disso, só quero sair um pouco de casa. E falando nisso ele chegou. –

Tinha chegado um Civic Honda preto, e me despedi do Edu que estava com uma cara bem feia. Eu entrei naquele carro e sabia que agora ia começar uma nova fase da minha vida.

Quando eu entrei no carro e vi o Rodolfo levei um susto, ele estava muito bem arrumado e até que tinha ficando lindo naquela camisa branca e calça social, me sentir mal em está somente usado uma calça Jens e uma camiseta normal.

-Nossa cara, eu não estou com a vestimenta certa. Vou voltar e trocar de roupa, me espera rapidinho. –Eu falo abrindo a porta do carro, mas ele segura meu braço.

-Para com isso Luiz, nós só vamos a um restaurante normal, e você está perfeito nessa roupa, podíamos até ir a um evento chique assim. –Ele fala e pisca.

-Você que está lindo, mas me conta uma coisa? –Perguntei o olhando curioso.

-Fala ai. –Ele falou ligando o carro e saindo.

-A academia paga tão bem assim para você ter um carrão desses? –Eu falo na inocência, e ele dar uma gargalhada.

-Não, esse carro meu pai que me deu, e a academia pagar uma quantia que dar para sobreviver e pagar minhas dividas.

-Então se mora sozinho?

-Sim, moro.

A conversa fluiu normalmente, conversar com ele era fácil. Ele era muita gente boa, eu até fiquei mais feliz.

Quando chegamos ao restaurante, ele me enganou em falar que era um lugar era simples. Era muito chique, devia ser caríssimo somente para entrar e quando eu vi o cardápio eu me encolhi na cadeira, os preços eram absurdos.

-Cara, vamos pedir uma coisa barata, aqui é muito caro. –Eu falo vermelho de vergonha. E de novo ele rir.

-Fica sossegado Luiz, eu te convidei e te trouxe aqui, eu pago. Eu sei que aqui é caro, mas se vai ver que é uma delicia a comida. Mas se você não ta sentido bem, podemos ir para outro lugar. –Ele falou todo nobre, fiquei encantado pela atitude dele.

-Não, mas eu fico incomodado em você pagar tudo isso, é que eu pensei que iríamos para um lugar mais convencional. –Eu ainda estava com vergonha, eu devia ter só uns 50 reias no bolso, e o prato mais barato custava uns 100 reias.

-Luiz, se você quer uma coisa, você faz de tudo para têm. -Ele disse olhando para mim, sabia qual era sua intenção e fiquei vermelho.

-Ok, vamos comer então, me surpreenda. –Eu falo o desafiando, e ele me olha aceitando o desafio.

Comemos o prato principal e depois a sobremesa, realmente era um delicia a comida, lá era um ambiente muito sossegado e calmo.

Estamos conversando qualquer coisa, quando nós rimos de um comentário bobo meu sobre o casal da mesa ao lado e ele segura minha mão, e me olha serio. Na hora eu gelei, fiquei corado, ele era muito educado, gente boa, mas como sempre

o meu coração idiota pertencia somente a uma pessoa, então eu tirei minha mão na dele e respirei fundo.

-Rodolfo, não podemos ser nada mais do que amigos. –Eu o olhava serio, e ele também.

-Por quê? –Ele parecia magoado pela minha rejeição.

-Por que… - Eu parei, e me lembrei de tudo que passei com o Douglas, eu me sentir mal só de pensar, aquele sentimento dava ainda um perto no meu peito, suava frio. Arrumei-me desconfortável na cadeira, e ele percebeu.

-Cara de boa, se não quiser fala, tudo bem. Mas se você precisar falar com alguém eu estou aqui, juro que sou um bom ouvinte. –Ele fala todo fofo e sentir confiança.

Ele segurou minha mão de novo, só que dessa vez foi carinhoso, e eu o olhei e contei a historia inteira, contei tanto detalhes que até eu mesmo me surpreendi, ele ouviu tudo em silencio, prestou muita atenção, e eu me sentir bem em descarregar aquilo.

-Nossa cara, que história, mas eu posso dar uma opinião? –Ele era muito educado e fofo.

-Claro.

-Olha, ta na cara que você ama o Douglas e ele também.

-Não, ele disse que não. –Falei negado aquilo.

-Luiz, são palavras, qualquer um pode mentir, mas acho que ele te afastou por que não queria te machucar, ele queria te

distanciar para não o ferir mais.

-Mas… ele não quer mais ficar comigo. –Falei baixinho, falei mais para mim do que para o Rodolfo.

-Será que não Luiz? Você já o olhou bem nos olhos deles e ouviu ele fala isso com sinceridade? –Ele fala me olhando profundamente, me fazendo pensar em suas palavras.

-Não, eu to confuso agora, será que ele ainda gosta de mim?

-Você só vai descobrir se tentar, vai atrás da sua felicidade, nós vivemos somente uma vez. E se você não correr atrás do seu amor, nunca vai se sentir completo. –Ele fala apertando minha mão, eu tinha ficando em silencio refletindo tudo.

-Eu estraguei sua noite contando meus problemas né? –Eu falo envergonhado. –Realmente eu queria tentar com você, mas acho que não estou pronto.

-Luiz, você é muito especial, não mude. Sempre continuei esse menino meigo e sensível. Mas sei se você também é forte, fraqueza não combina nenhum pouco com você, então larga de ser covarde e lute por ele. –Ele diz me incentivado.

Eu abrir um sorriso, ele tinha me dado esperanças, saímos e voltamos para casa, ainda era 10 horas da noite.

-Nossa cara, muito obrigado por tudo que você me disse e pela noite maravilhosa. Eu me sinto mal de não ter acontecido nada entre a gente, mas eu gosto muito de você, e queria continua ser amigo.

-Claro, e sim não vou negar que queria outra coisa, mas eu to feliz em deixar você com esse sorriso na boca, e agora vai logo pegar o seu macho. –Ele fala me dando um beijo no rosto.

-E mais uma coisa, se por acaso você e o Douglas não der certo, eu to aqui ta. –Ele fala rindo e eu também.

-Com certeza, você vai ser minha primeira opção. –Falei piscando para ele.

-Me sinto satisfeito com isso. –Ele era lindo, não só por fora, mas por dentro. Era adulto, maduro, e tinha certeza das suas escolhas, era bem resolvido, eu o admirei.

Despedi-me dele e fui para minha casa.

Eu tinha indo para meu quarto, quando o Douglas também saiu do seu, e ficou me olhando, meu coração estava disparado, eu queria ele e ia lutar.

-Oi. –Eu falo dando um sorriso.

-Oi. –Ele fala desanimado. –Como foi à noite?

-Foi boa, e a sua? –Eu pergunto ainda com um sorriso.

-Legal também. –Ele ficou me olhando, sentia que ele estava mal, eu não me controlei. Meu coração não cabia mais no meu peito, sentir a adrenalina alta no meu corpo, agir por impulso, eu fui mais perto dele e o beijei. Quando meus lábios

se prenderam com o dele, sentir que todo o nosso amor estava vivo, tudo que passei com ele estava ali, ele era meu e ia provar isso para ele.

Ele correspondeu ao meu beijo, só que ele estava surpreso com minha reação, mas teria que provar que ele ainda me amava. Quando nós separamos ele estava ofegante, e eu respirava fundo, queria continua, mas lembrei de que estava na casa dos meus tios, e alguém podia ver.

Ele não falou nada estava parecia está paralisa, somente ficou encostado na parede. Eu dei um sorriso malicioso e mordi o lábio inferior.

-Boa noite primo. –Sai de lá, e entrei no meu quarto, não tranquei a porta dessa vez, e eu vi que tinha destrancado o meu sentimento por ele, e ia fazer de tudo para tê-lo de volta.

Continua...

Segredos De Um Estranho (Luizinho 2) Romance GayWhere stories live. Discover now