♚ II - 07 ♚

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- O que te traz aqui, princesa? – Madrugadão me recebe com um sorriso estapado em seu rosto, ele estranha quando ainda continuo com uma expressão fechada.

- Quem foi a porra que fez aquele estrago no meu carro caralho?

- A porra do carro era seu? – ele olha em volta. – quem atirou na porra do carro cacete?- ele grita e nenhum de seus homens responde.

- Duque porra, vai matar o cara cacete... – cruzo os braços esperando que Duque faça algo, quando ele nota que não estamos brincando ele pega a sua arma e vai atrás da pessoa que atirou no meu carro.

Madrugadão me levou para uma mesa vazia, onde ele sempre contava o seu dinheiro, pediu para que trouxessem bebidas e algo que fosse do meu agrado, ficamos conversando por um bom tempo, eu tentava incorporar o assunto do Vitor em nossa conversa, mas parecia nunca surgir uma brecha, até agora.

- Estou em uma missão suicida, estou com um problema, daqueles que eu não desejaria para o meu pior inimigo... – ele disse levando as mãos a cabeça, virando o resto da sua cerveja.

- Que missão? – pergunto bebendo também, tenho não demonstrar que estou afetada por que Marcos me conhecia direitinho. – sabe que se precisar...- ele me interrompe.

- Estou tentando pegar a criança que o Vitor pensa ser dele, mas e sei que não é... E devo fazer isso pelo meu irmão! Demos um jeito na mãe dele, e agora precisamos pegar a criança.

- Opa! Coloca suicida nisso, você sabe que todos que estão na lista do Vitor morrem.

- E o que você está fazendo viva bem aqui? – ele brinca e começo a rir.

- Estou viva porque sou uma exeção, as pessoas tem tendência de me subestimarem, em seguida de me colocarem na lista delas, me obrigando a fazer o mesmo... Eu também não deixo ninguém da minha lista para contar historia. – ele riu ao fim, e fizemos um bom e velho toque.

- Se eu colocar a mão nele, eu irei mata-lo, eu farei questão de pendurar a cabeça dele na minha estante. – vi no olhar de Madrugadão o quanto essa historia o perturbava. Eu sei que se ele descobrisse que eu estava com Pietro ele nunca iria me perdoar, isso é o que me apavora, parte do que sei foi ele e Nando que me ensinou, como se vence a pessoa que foi o seu mentor? Como se vence a pessoa que é muito mais do que um parceiro, um aliado?

- Cadê a sua mulher Madrugadão? – perguntei curiosa e ele praguejou.

- Há Carái... Eu deixei que ela fosse para a mãe dela, estou em uma guerra que pretendo matar o desgraçado do dono do morro do Marelo... A praga cismou comigo, faz três dias que eu não durmo, hoje ele decidiu não aparecer...

- Há muitas pessoas tentando roubar nosso lugar. – Celo me ligou um monte de vezes, mas eu preferi não antender, eu não compreendo, eles me ignoram e quando eu dou a eles espaço, me afastando eles me procuram? Porra!

Duque apareceu novamente justamente na hora em que eu estava de saída, quando Madrugadão estava me passando a chave do seu carro novinho, Duque vinha com novas informações sobre Pietro, não preciso dizer que meu coração parou de bater por um momento e voltou na velocidade da luz.

- Descobri onde está o seu sobrinho... – ele disse confiante olhando para nós dois. Respirei fundo, ele olhou para mim outra vez, quando madrugadão pediu que ele fosse rápido.

- Morro do Marelo. – ele diz de cabeça baixa. – eu pensei que estavam em guerra por outros motivos, me desculpe! – ele diz sutilmente e respiro aliviada.

- Eu preciso ir... – Digo ao Madrugadão. – Eu quero que você me leve. – jogo a chave para Duque e ele a agarra.

Despeço-me de Madrugadão, quando entro coloco o cinto e Duque acelera, quando vira a rua depois do morro começa a falar, eu o conhecia desde a época em que assumi o Alemão, depois dos meus informantes, Duque era um dos caras mais competentes que eu já vi, ele nunca era alvo de um inimigo do Madrugadão, pois sempre, sempre, alguém queria o seus serviços.

A Dona Do Morro ♚ Primeiro ComandoWhere stories live. Discover now