♚ II - 13♚

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Jonathan

Como estava tudo bem em casa, resolvemos subir para a casa da Luísa. Lá é como se fosse a nossa segunda casa, todos ficavam lá, conversávamos , víamos filmes, mas sempre tinha um barraco, e para ser sincero todos gostavam dessa parte também.

Ao subir as meninas estavam falando sobre já ter ficado muito tempo sem conversar com a Luísa, e que precisavam falar com a Catarina sobre isso. Quando chegamos lá, me surpreendi por encontrar Fabiana, ultimamente ela tem andando muito com a gente, mas não gosto dela, ninguém gostava, mas tinha que respeitar por conta do Marcelo.

Assim que a Luísa entrou em casa o clima mudou, todos ficaram tensos, pois já tínhamos em mente esclarecer as coisas, mesmo Catarina sendo contra, por mias que ele tentasse negar Celo sentia falta de está por dentro dos movimentos. Ela começou a falar sobre como Catt e Celo estavam gastando dinheiro descontroladamente e sem ser deles, sempre que saiamos eu me oferecia para pagar as coisas, mas ele gostava de esbanjar dinheiro.

Tudo aconteceu rápido, mas eu só conseguia relembrar em câmera lenta. Fabiana chamando por Luísa, com a faca que ninguém viu ela pegar. Ela foi tão linjeira, ás mãos tremulas, com o olhar duvidoso se realmente devia esfaquea-la ou não... Mesmo assim ela fez... Ela acertou Luísa sem nenhum remerso e isso até fez meu estomago revirar...

A Luísa caiu de joelhos, ninguém se moveu, ninguém acreditava que isso estava acontecendo, Nando até sussurrou o nome dela, todos choraram, mas ninguém conseguia fazer nada, eu só dispertei quando ouvir o barulho da faca ao cair em cima da mesa de madeira, com Luísa jogada no chão olhando para o vago enquanto Fabiana ria.

- Agora podem me matar... – Fabia disse sorrindo, com as mãos sujas de sangue, eu não pensei em nada, apenas vi a arma da Luísa em cima da estante, eu a peguei, destravei e atirei nela, com muita raiva, angustiado e maluco.

Eu ainda não era bom de mira, mas os disparos pegaram na barriga, no peito e no pescoço, ela cambaleou para trás, mas não sei por que diabos, caiu em cima da Luísa, eu e Celo corremos para tirar Luísa debaixo dela, quando ela arfou, sentindo uma dor horrível.

Há última vez que vi Luísa de olhos abertos foi triste, ela olhou para os pares de olhos preocupados, deve ter pensando em alguma coisa e sorriu, um sorriso pequeno, mas vivo, estava feliz, me questionei no que pensava, mas em seguida ela fechou os olhos e seu sorriso se desfez, não conseguia escutar seu coração batendo como ontem, rápido e forte...

- Está tudo bem... Tudo bem... – Eu sussurrei acariciando seu rosto, confuso. Quando Catarina se aproximou tentou segurá-la eu surtei.

- SAÍ! NÃO CHEGA PERTO DELA... – eu gritei tão furioso e alto que ela se assustou, eu peguei Luísa no colo e sai carregando ela para fora, Gabriel pegou as chaves do carro e correu na minha frente.

A rua estava cheia de pessoas, todos pararam o que faziam para ver o que tinha acontecido com ela, eles tentaram e aproximar mas Nando e Fernando não deixaram. Eu a coloquei para dentro do carro, e me joguei dentro dele em seguida, Gabriel só deu partida quando Celo entrou em silêncio no banco da frente. Eu olhei para trás e Catarina estaba jogada no meio da rua, chorando igual uma condenada, não queria ser ela agora, não queria sentir a culpa que provavelmente os dois sentiam. Não pode imaginar o quanto fiquei aliviado em ter ido vê-la ontem, pois se algo de ruim acontecesse, nossos últimos momentos não seriam de gritos e de olhares estranhos em dúvida se devíamos nos aproximar ou não, era bons, eram melhores do que eu poderia imaginar.

Ela sorrindo, ela falando besteiras, ela me xingando por ter ganhado do baralho, comendo igual uma condenada, ela dançando debaixo do chuveiro e prestes a levar um tombo se eu não a seguransse, ela me olhando como se me amasse, mas que não tinha coragem para confessar.

A Dona Do Morro ♚ Primeiro Comandoजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें