♚ II - 19 ♚

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* Não revisado!



- Eu vou lá em cima, ver como o Celo está! – Madrugadão se levanta, percebendo o clima tenso entre mim e Jonathan, em parte acho ruim, em outra agradeço.

- Isso não é da sua conta! – eu pensei em muita coisa, em como eu explicaria tudo a ele, mas agora, na me vinha em mente, e só consegui dizer isso, o que fez as coisas ficarem pior, o olhar de ira e decepção de Jonathan se ampliava.

- Pelo contrario, é sim! Você está me fazendo passar o maior papel de trouxa, Luísa! Porra! Você gritou a quatro ventos que não queria nada sério, e vai assumir um relacionamento com o cara que até ontem era seu inimigo? – ele pergunta furioso, e me afasto, levo às mãos a cabeça, pensando em algo para dizer...

Eu estava bastante confusa com o que estava acontecendo, eu tive que escolher e escolhi o que seria mais viável, eu não podia assumir nada com o Jonathan, eu o amo, é verdade, mas ele não era e ainda não faz parte do meu mundo. Vitor, também despatava sentimentos em mim, e ele era do meu mundo, sabia se defender, sabia dos riscos que corria e como se livrar deles, ele não me limitava, mas Jonathan sim, por ter medo...

- Calma! – pedi com a voz embargada. – isso não é o fim do mundo, eu só precisei tomar decisões e escolhas que... – ele me interrompe, aos berro.

- CARALHO! EU NÃO ESTOU ACREDITANDO NESSE CACETE!

- Jonathan, eu tive que escolher, eu gosto dele, e optei em dar uma chance, ele me faz bem, ele é do meu mundo... Não diga que tudo que te disse e fiz foi mentira, pois não foi, eu te amo, mas... – ele me interrompe novamente.

- Não sou do seu mundo. – ele fez uma pausa, com a voz falha, enxugou uma lágrima que caia de seus olhos e meu coração se apertou. – E se não der certo, Luísa? O que vai fazer?

Comecei a chorar baixinho, eu não tinha resposta para isso, eu nem se quer cheguei a pensar nisto!

- Recomeçar, como eu sempre fiz na minha vida! Não morri quando te disse adeus, e não vou morrer por ele... – isso era verdade, eu mentiria se dissesse que meus sentimentos por Jonathan são inferiores se forem comparados com o que sinto por Vitor.

- Eu não vou te impedir de fazer o que quer... – ele se aproximou lentamente de mim, olhando em meus olhos prosseguiu. – mas eu faço questão de dizer aqui, olhando bem dentro do seu olho, que foi eu quem ficou do seu lado todas as vezes que você parou naquela porra de hospital, que estava entre a vida e a morte. Fui eu que sempre esteve aqui, desde que cheguei, que se preocupou e que nunca te desejou mal algum, por isso demorei em dizer que te amava, pois eu nunca me atrevi a pensar, ou a chegar a te machucar. Eu te amo, é por isso que eu não te prendo. Lembre-se disso, pois a vida vai te cobrar as consequências de sua escolha, eu sei que vai...

Jonathan enxugou as lágrimas que caiam de meu rosto, e ele realmente olhava em meus olhos, talvez seja por isso que suas palavras doeram tanto!

- Eu te amo, eu juro! Mas, eu preciso tentar! – fecho os olhos e engulo o nó que estava em minha garganta. Acho que nunca senti a dor que estou sentindo agora...

- Não estou te impedindo... – ele sussurra beijando o alto de minha testa. – não vou te impedir... É melhor se cuidar, Luísa! Foi bom te conhecer... – e ele se afasta.

- Como assim? – pergunto entre um soluço e outro.

- Você entendeu! – Jonathan foi caminhando para a porta. – eu não faço parte do seu mundo!

Ele foi embora.

Eu me sentia fora de mim, com uma dor no peito terrível. Comecei a pensar se ele estivesse certo, e se eu realmente estivesse errada? Que porra eu ia fazer?

A Dona Do Morro ♚ Primeiro ComandoWhere stories live. Discover now