♚ II - 21 ♚

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*Não revisado! 

- Não reclama, vem logo! – Digo quando Madrugadão começa a falar na minha cabeça, fomos para a parte onde tinham arvores, eu me atrevi a subi em uma e Madrugadão fez a mesma coisa.

- Eu percebi que ficou mexido com a história do seu irmão, ainda acha que Pietro é seu sobrinho? – pergunto preocupada com ele, apesar do que aconteceu naquele dia, eu ainda me importo com ele, sempre irei me preocupar.

- Seria estranho se eu não estivesse. – ele faz uma pausa. – mas aquele garoto é a cara do Vitor, e quando eu o vi chamando o cara de pai... Bateu uma revolta!

- Mas ele realmente é o pai do Pietro, é difícil e será, mas você vai ter que superar!

Conversei com Madrugadão por mais um tempo, depois cada um foi para o seu morro, eu realmente não podia ficar muito tempo longe daqui, sempre acontecia alguma merda.

- Que caralho está acontecendo aqui? – perguntei furiosa ao Fernando.

- Ué é briga! Briga de macho! – ele disse animado, não querendo perder nenhum minuto.

- Posso saber o motivo? – perguntei olhando para os dois homens que brigavam.

- O Celo falou que o cara que conseguir desmaiar o outro levaria meio quilo da droga que quisesse. – Ele diz rindo quando um soca o rosto do outro.

- E quem vai pagar essa porra? – eu perguntei irritada. Celo só faz merda, eu fico de cara!

- Sem Lei! – Cabeça e Fernando me responderam juntos.

- Eu estou apostando no cara de blusa marrom! Ele sabe se defender e bater! – Celo apareceu atrás de mim.

- Você vai pagar cada grama de droga que o vencedor levar, Marcelo. Pois eu não gosto deste tipo de coisa. – disse séria e ele fez uma careta.

- Se o de blusa marrom ganhar, o que eu vou ganhar? – ele tentou contornar a situação.

- O preço da pesagem da droga do ganhador. – disse pensativa e ele riu.

Eu acabei perdendo a aposta que fizemos, mas não deixei o Celo retirar dinheiro do caixa, para ele deixar de ser imbecil e ficar perdendo tempo com futilidade. Fiquei a tarde inteira na boca, conversando com os meninos e escutando cada um deles (exceto o Fernando por ser casado) falar como pegavam as meninas deste morro. Às seis e meia da noite, os meninos começaram os preparativos para irem roubar a mercadoria do Ruan, fiquei observando tudo de onde eu estava.

- Sete e quarenta, está na hora de irmos! – Celo fala já com sua arma e colete, ele não queria ir de colete, mas eu insisti e ele colocou.

- Se eu ver alguma coisa errada, já sabem! – disse indo atrás do Nando, eu e ele iriamos em um carro separado e distante.

Eu queria observar a operação de perto. Fernando e Gabriel ficaram na boca, olhando-a para mim. Junior e Yuri foram em outro carro, um preto, antigo, mas veloz. Celo e Cabeça foram em uma van cinza, para trocar a mercadoria de veiculo.

"Tem dois caras na combe, mas estão com armas pesadas. Yuri e Junior vão descer antes e atirar nos pneus, quando saírem iremos render todo mundo e passar a mercadoria para a van."

Celo falou isso comigo a dez minutos através do rádio, agora ele estava rendendo os dois caras que estavam na combe, infelizmente o Ruan não veio com eles, ficou junto com o vendedor para um "churrasco". Fiquei junto com o Nando avistando tudo de longe.

A Dona Do Morro ♚ Primeiro ComandoOnde histórias criam vida. Descubra agora