A Dona Do Morro ♚ Primeiro Comando

♚ II - 25 (Final da 2ª temporada)♚

No outro dia acordei com uma dor de cabeça horrível. Ao me levantar da cama foi como sair debaixo de um caminhão de 15 quilos. Demorei a pegar no sono na noite passada, pensando no que eu faria agora, eu seria mãe.

Eu seria mãe.

E não sei quem é o pai. Que droga! Gabriel disse que eu deveria contar isto para Jonathan, até pensou em ele mesmo contar, mas Julia convenceu o mesmo de que quem deveria fazer isto é somente eu mesma, e que antes de criar um grande alvoroço eu precisava ter a confirmação, e isto iria demorar.

- Esta semana eu estava com o Jonathan, como a pessoa pode mudar tanto em pouco tempo? – Ricardo estava falando, conversando com Jade, Julia, e Gabriel.

- Você foi vê o Jonathan? Onde ele está? – perguntei terminando de descer as escadas, todos olharam para mim sem reação.

- Luísa, eu não posso contar! Desculpa! – Ricardo disse completamente sem graça por este momento. Eu fui me sentar ao lado da Julia, ela me deu um abraço de bom dia e perguntou como eu estava, só me limitei ao "estou bem".

- Pelo menos ele está bem? – perguntei preocupada, Gabriel e Ricardo riram.

- Ele está ótimo! – Ricardo deu de ombros. Como assim?

Fui para a cozinha comer alguma coisa, enquanto eu mexia no celular o mesmo tocou. Abri um sorriso quando vi o nome do Madrugadão no visor.

- As coisas estão difíceis? – ele perguntou tenso, odiava quando eu notava este tipo de tom, alguma coisa estava para acontecer.

- Não faz ideia do quanto! Se fosse para obter informações teria me ligado antes, então é melhor começar a falar o que quer! – disse de imediato, minha cabeça estava ruim nestes últimos dias, e eu também estava sem paciência.

- Eu disse para você que iria esquecer tudo que aconteceu. – Madrugadão fez uma pausa, arfando do outro lado da linha.

- Sim, você me prometeu. Fizemos um trato e... – ele me interrompe.

- Não posso mais continuar com isto! Simplesmente não posso, te peço perdão por isto! – ele começou a falar, era como se eu tivesse acabado de receber um soco na boca do estomago. O que estava acontecendo? Quem virou a minha vida de cabeça para baixo?

- Madrugadão, como assim? Você disse que estava bem, você disse... Vamos nos ver, podemos conversar? – perguntei em estado de choque, tentando manter o tom calmo, mas não estava dando.

Se ele quebrasse o nosso acordo, Vitor e eu estaríamos ferrados.

- Não vou ir te ver, pois seria perda de tempo, uma coisa aconteceu e fez esse jogo virar! A única coisa que tenho para te perguntar é: de qual lado você irá ficar?

Minha cabeça começou a latejar. Minhas mãos estavam tremulas e minhas vistas embaçadas. Que droga estava acontecendo? Eu não conseguia medir o tamanho dá raiva e do pavor que eu sentia agora.

- Marcos, por favor! Não me peça isso... – sussurrei fraca.

- Escolhe! – ele disse entre dentes. – só escolha, mas eu te aviso que esta mesma escolha terá consequências.

- Não posso ficar do seu lado, eu... eu... não posso ficar! – eu queria dizer a ele que eu estava grávida, queria saber o que aconteceu para mudar tudo, mas ele só iria dizer se eu escolhesse apoia-lo.

- Você tem certeza? Você vai ser capaz de me apunhalar de novo? Luísa, sou eu, o cara que sempre te ajudou, que te perdoou... – eu o interrompi.

- Para! Eu já disse, não posso escolher, Madrugadão! Agora que já sabe da minha escolha, vá em frente.