♚ II - 08 ♚

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Acordei com a típica vontade de mandar tudo para o inferno, me lembrar da noite anterior, e ver que me meti em uma tremenda confusão, fez com que minha cabeça doesse.

Luísa você não pode ficar um dia sem se meter em uma fria?

Comecei a me questionar, é claro que eu não podia, eu era boa nisso, eu era muito, muito boa! Mas eu sei que mesmo sendo extremamente boa em me safar, uma hora eu iria acabar me machucando e me queimando feio. Eu queria bolar um plano para que eu pudesse me manter viva no meio desse jogo maluco de gato e rato que Vitor e Marcos estavam fazendo.

- Ei... – Catt entrou no quarto sorrindo. – o Pietro está querendo a mãe dele.

- Fala que ela morreu e pronto! – Me levantei da cama de mal humor, eu estava irritada com certas coisas.

- Não é assim que se resolve. – ela me repreendeu. Talvez não seja, mas que se dane.

- Ok! – disse depois de alguns minutos sobre o olhar esperançoso de Catarina. – pode trazer ele!

Pietro acabou acordando de madrugada, e Catt se levantou as pressas para olhá-lo, talvez por está grávida ela tenha se identificado mais com ele, mas me estranha ela dar mais afeto do que eu e ele ainda sim ficar correndo atrás de mim, os homens daquela família são estranhos, parecem carmas... Mas Pietro... Meu Deus... Ele era encantador.

- O que o filho do Vitor está fazendo aqui? – Fernando perguntou entrando no meu quarto no mesmo instante de Catt, o menino estava em seu colo e sorriu assim que me viu.

Ótimo! Ele sabia, então se alguém batesse o olho no menino iria reconhecê-lo.

- É meu hospede! – disse pegando Pietro, ele me abraçou e pousou sua cabeça em meu ombro, ficando quieto.

- O pestinha não estava assim lá em baixo, ele chorava e credo... – Fernando fez uma careta. – Porra... Olhando bem, você se parece muito com a Patrícia.

A mãe de Pietro. Olhando bem mesmo, eu realmente me parecia um pouco com ela, os cabelos claros, os olhos claros, a mesma altura...

- Não me enche a porra do saco... – disse ainda irritada, tapando os ouvidos do Pietro.

- Rebecca estava atrás deste colar. – Joanthan entra no quarto me assustando, era o colar de quatro trevos que recebi da mãe dele, duas semanas antes dela morrer.

- E? – eu esperei que ele terminasse.

- E nada. Creio que não o roubou, por que esse colar vivia no pescoço da minha mãe.

Ele acertou. Eu não roubei. Ela quem me deu.

- Estão falando da Clarisse? É uma pena não termos descoberto quem fez aquilo com eles! – Catt olha para o vago, e Jonathan e eu nos entreolhamos, inicialmente ele pensou que eu soubesse de algo, mas quando olhou em meus olhos notou que eu não sabia de nada. Fernando se controlou para não rir quando notou que algo sério acontecia.

- Hã? – eu e Jonathan perguntamos a ela no mesmo intante.

- Celo não contou... – ela faz uma pausa. – há eu devia saber... Por isso você ficou quieta. CELO... CELO... – ela começou a gritá-lo desesperadamente, ele subiu num estante, pronto para xingá-la, mas quando notou a minha expressão se encolheu.

- Acho bom você começar a abrir a boca sobre o fato do acidente dos pais do Jonathan não ter cido um acidente, seu merdinha... – disse irritada colocando Pietro sentado na cama.

- "Meminha"... – ele repetiu o que eu disse, e se não estivéssemos tão irritados, teríamos rido disso.

- Bom... Bom... Você estava maluca na época, e tinha o Valete, eu não quis te preocupar com isso, eu prometi a mim mesmo que cuidaria disso só que esqueci.

A Dona Do Morro ♚ Primeiro ComandoOnde histórias criam vida. Descubra agora