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"Para aonde você está me levando?" eu falo com um grande sorriso enquanto o louro me puxa, seus olhos se parecem com dois extensos mares azuis, seu sorriso é tão grandioso que penso que suas bochechas rosadas vão se partir. 

"Cale a boca e não estrague a surpresa" ele continua me guiando, as ruas estão desertas e o céu está escuro, há somente o luar acima de nossas cabeças, não há vestígio de estrelas, somente o breu escuro que eu teimo em ter medo. Meu medo logo desaparece quando começo a ouvir o barulho do mar. Está frio, e sinto meu corpo tremer, mas quando finalmente encontro a areia me sinto relaxada, Niall começa a correr e pula na areia, ele tira seus sapatos e se sente cruzando as pernas, o sigo rapidamente e faço a mesma coisa. 

"Por que estamos aqui?" pergunto depois de um tempo olhando para o céu negro que se junta ao horizonte na minha frente, fazendo com que o mar não transpareça aos nossos olhos. Estamos em uma parte totalmente vazia e longe de tudo, é um lugar afastado e reservado.

"Sempre gostei de vir aqui a noite, ouvir o som do mar e contar segredos para o vento, me sinto mais leve quando saio daqui" seus olhos continuam voltados para a frente, me arrasto um pouco e me apoio em seu braço, ele não se move ou me abraça, apenas continua relaxado em seu lugar. 

"Eu gosto do som do mar" eu sussurro e ele assente, sua cabeça se apoia na minha e finalmente seus braços me rodeiam. 

Na vida tudo acontecesse rápido demais, não é igual aos livros que ficam enrolando, tudo é rápido e intenso, é como se fosse um imenso clarão. Se você for amar realmente uma pessoa, vai ser rápido, tão rápido quanto você cai no sono. Em um momento você simplesmente olhará para a pessoa e saberá que está apaixonada, por mais que não a conheça a semanas, meses, anos, se for para amar, será rapidamente, sem ficar enrolando, o destino sabe o que nos reserva e ele não gosta de brincar com o tempo, então eu parei de acreditar nos livros de romance quando eu encontrei seus olhos azuis. Me sinto mais leve quando os olho, é como se nada mais existisse, apenas eu e ele, e um mundo a ser explorada por nossas paixões. 

"Acredita em destino?" ele murmura baixamente, quase posso não ouvir sua voz, o mar parece engolir nossas palavras.

"Acredito que nada é por acaso" dou de ombros. 

"Se naquele dia não tivesse caído um temporal, e se naquele dia eu não tivesse coragem suficiente para falar com você, acha que depois nos encontraríamos?" sua voz é tão duvidosa que me questiono qual será a finalidade desse assunto.

"Se fosse para realmente acontecer, tudo conspiraria a nossa favor, não teria reza, crença ou demônio que pudesse impedir o nosso encontro" o asseguro e ele apenas suspira.

"Tive dois relacionamentos a minha vida inteira, ambos terminei porque me deixavam angustiado" sinto seu corpo ficar rígido conforme ele fala, porém começo a acariciar o seu braço e ele se acalma "Tenho medo de não der certo com você, porque de alguma forma eu sinto que isso é a coisa mais certa que eu estou fazendo".

"Mesmo se não formos certos, lhe garanto que você sera o melhor erro que eu irei cometer" puxo seu rosto para o encarar e seus olhos me movem para meus lábios, ele volta a me encarar e então sem pressa alguma beijo seus lábios.

Agarro nos cabelos de sua nuca e o puxo para mais perto, minhas pernas passam pela a sua cintura e eu monto no seu colo, seus braços se fincam na minha lombar e ele me aproxima mais ainda, aperto seus ombros e solto um suspiro quando ele me apalma, suas mãos cobrem a minha bunda e me puxam para sentar diretamente em cima do seu quadril, ele ofega enquanto arranho seu couro cabelo e me sinto terrivelmente quente, mesmo com o frio que embate contra nossos corpos. 

"Se continua me provocando eu arranco suas roupas e faço loucuras com você no meio da praia" ele ruge com o seu tom de voz três vezes mais elevado e leva suas íris dilatadas de encontro as minhas.

"Eu gosto de loucuras" sussurro enquanto volto a afundar meus lábios nos seus, ele aperta a minha cintura e me deita na areia. Alguns grãos entram dentro de minha blusa e sujam o meu corpo, porém essa é a coisa que eu menos me importo nesse momento. 

Seu corpo paira por cima do meu e suas mãos frias se aconchegam embaixo da minha blusa, me arrepio com o contato e volto a chocar meus quadris contra os seus. 

"Porra, por mais que eu queria fazer isso eu não tenho nenhum preservativo" ele para de me beijar e eu suspiro pesadamente enquanto me deito completamente na areia. 

"Você escolheu um dia ruim para não andar equipado" falo um pouco amuada e ele ri. 

"Vamos lá Soph, eu quero muito isso mas não quero prejudicar nenhum de nós dois, só quero se for em segura e se possível em um lugar quente e confortável" ele se senta e me puxa para deitar no seu colo, minha cabeça fica apoiada em suas coxas, mas posso ver um alto no meio de suas pernas me fazendo corar e rir um pouco. 

"Está muito exigente, sim?" cruzo os braços enquanto ele brinca com os meus cabelos ruivos.

"Podemos ir para o carro e transar lá dentro, que tal?" ele pergunta e eu gargalho.

"Oh não! No carro não, é desconfortável" sussurro a última parte e ele ri sorrateiramente. 

"Está muito exigente, sim?" ele repete a minha frase com uma voz aguda e fina, começo a rir loucamente. 

"Cala a boca" murmuro por fim e ficamos um pouco em silêncio, ele começa a mexer em seus bolsos e tira de lá o seu maço de cigarros, ele tira um e pega no isqueiro, coloca entre seus lábios e lança o fogo na ponta, ele traga e volta a guardar suas coisas. 

"Gosta de cigarros?" ele pergunta e eu nego. 

"Gosto de fumaça de cigarro, o cheiro da nicotina me deixa um pouco vidrada" mexo minhas mãos em um movimento estranho e ele ri.

"Vem aqui, se aproxima" ele desce um pouco na minha direção e traga o cigarro, ele se inclina para perto dos meus lábios e eu rapidamente entre-abro minha boca, sua fumaça passa para a minha boca e eu a sugo, um pouco para em meu olfato mas não faz mau. 

"Por que você gosta tanto de cigarro?" pergunto depois de um tempo. "Quer dizer, a nicotina em si faz muito mal, você pode morrer por causa disso".

"Talvez eu faça de propósito" ele dá de ombros e eu resmungo.

"Como assim?" pergunto rapidamente ainda olhando o garoto por baixo.

"Do mesmo jeito que você é viciada em café, eu sou viciado em querer morrer, todos os dias, constantemente" sinto o meu coração se querer em mil pedaços diferentes perante a sua frase. 

Ele é viciado na morte?. 

XX

uuuhul consegui atualizar hoje ainda bem, uuhul!!! espero que tenham gostado. só quero avisar que minhas aulas começaram e que a partir de agora será muito difícil uma atualização minha no meio da semana, eu vou tentar o meu máximo mas eu estudo muito, saibam disso!!! Obrigada por todos os votos e comentários, vocês são demais!! 30.2k de lidos, sério obrigada mesmo, vocês são muitoo importantes para mim.

love all, agah.

cigarette smokeWhere stories live. Discover now