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|| NIALL HORAN ||

"Então rapaz, aonde você conheceu a minha filha?" o homem de seus quarenta e cinco anos fala, seus olhos verdes me fitam com intensidade, os cabelos poucos ruivos e esbranquiçados estão bem penteados e ele possuí um terno um tanto caro, porém ele mostra um sorriso cativante, tal como Sophie. 

"Em um dia chuvoso, em uma cafeteria" rio com a lembrança, se não fosse pela a chuva provavelmente não conhecia a garota ao meu lado. 

"Deixe-me adivinhar, ela estava no Piccadilly?" o homem come da carne que está em seu prato. Soph e Anne estão quietas se encaram, as bochechas da minha dama estão avermelhadas assim como a ponta do nariz, vejo sua mão tremer um pouco quando ela leva seu garfo até a boca. 

"Sim, como sempre tomando café" enrolo um pouco do espaguete em meu garfo e o levo até a boca. 

"Sophie costumava ficar tardes inteiras com Souxie naquele café, havia dias que eu precisava ir buscá-las" o homem sorri com o pensamentos e vejo Anne se remexer no seu assento.

"Pai, passa-me o sal?" a jovem de quinze anos se pronuncia e Sophie se encosta na cadeira. 

"Fico feliz que minha filha tenha achado um garoto bom" sinto-me um pouco sem graça perante a sua afirmação. Se ele realmente soube do meu passado, não me consideraria tão bom assim. 

"Ok! Podemos focar em outra coisa?" Sophs reclama com a voz fina e agitada, vejo a sua perna bater freneticamente no chão. 

"Sophie já pensou qual faculdade irá seguir?" o pai da francesa pergunta e ela dá de ombros.

"Markenting ou administração, você quer que eu de qualquer jeito administre a sua empresa" ela resmunga dando de ombros e eu toco em sua coxa por debaixo da mesa, sua pele está quente e ela contrai as pernas, apalpo sua perna e ela estremece sobre o meu toque.

"O que você gostaria de seguir, filha? Eu nunca te obrigaria a fazer algo que não goste, para isso sempre temos Anne" ele aperta os ombros da mais nova que apenas revira os olhos.

"Eu provavelmente faria literatura, e Anne quer fazer medicina" Sophie termina com o seu prato e eu faço o mesmo, continuo afagando a sua coxa e suas bochechas se tornam mais vermelhas. 

"Ótimo! Uma escritora e uma médica" o homem fala entusiasmado.

"Cirurgiã cardíaca" Anne resmunga e cruza os braços "Posso pedir uma sobremesa?". 

"Sim, querida, pode pedir" a garota de cabelos ruivos porém mais escuros e olhos castanhos levanta seus braço e um garçom de aproxima. 

"Um bolo de chocolate" ela diz feliz porém ainda posso ver um sorriso malicioso enquanto cruza suas pernas, ela é tão nova para querer atenção de um rapaz. 

"Um café forte e uma fatia de torta holandesa" Sophie pede e eu peço a mesma fatia, o mais velho a minha frente não pede nada e o garçom se retira deixando Anne um pouco desapontada. 

"Um café depois do almoço?" pergunto para a garota e ela assente com um pequeno sorriso. Suas bochechas estão coradas demais e suas mãos estão tremulas. 

"Sabe, vício é assim mesmo" seu lábio inferior é preso entre seus dentes e eu fico a encarando. 

"Então Niall, me fale um pouco sobre você"  o pai dela pede e eu estremeço com a pergunta, o que seria eu capaz de falar sobre a minha vida que não os assustaria?.

"Não há muito o que falar, apenas que perdi a mãe cedo demais e não tive o apoio do meu pai, tenho um irmão que mora na Irlanda, e moro sozinho" explico o básico e volto a falar "Nesse momento estou desempregado, porém sou formado em administração e publicidade" o garçom chega com nossos pedidos e rapidamente Sophie toma o seu café, me assusto com o seu desespero. 

A ruivinha fica mais relaxa, e fecha os belos olhos. Seu corpo é tão frágil e magro, ela é tão delicada que tenho medo de parti-la quando toco-a. A inocência e selvageria presente em seus olhos ardem em meu corpo, entro em combustão apenas quando sonho acordado em teu corpo, cada beijo seu, cada toque íntimo e sentimos entre nós fazem-me explodir internamente de alegria, vejo-me perdido na profundidade da pequena francesinha. Sei que estou longe de ser um anjo, mas vou tentar protegê-la como um. 

De repente vejo o corpo de Sophie começar a tremer rapidamente e seu corpo caí da cadeira, ela se desmonta e eu me levanto rapidamente, seu corpo inteiro treme e os seus olhos estão virados para trás, os braços duros como pedra a boca saliva excessivamente, o rosto branco como gelo. 

As cenas seguintes são passadas como um flashback lento e doloroso. Me abaixo até a sua cabeça a seguro com força, tento parar isso mas de nada consigo, de novo não. 

Várias pessoas se reúnem a nossa volta e Anne chora desesperadamente. Sem que me dê conta vejo minhas lágrimas banharem as bochechas da ruiva, seu pai segura o seu corpo com força e começa a correr com ela para fora do restaurante. Vou atrás deles junto com Anne e vejo-o entrar em seu carro e sair rapidamente, entro no meu e Anne faz o mesmo.

"Niall" ela diz com a voz chorosa.

"Vai ficar tudo bem" eu asseguro enquanto começo a dirigir atrás do carro, ouço os soluços desesperados de Anne e seus dedos teclarem contra seu celular, ela logo está se comunicando com a sua mãe, não entendo mais nada, minha mente se desliga e eu apenas consigo me lembrar do corpo de Liam no chão, consigo ver a sua boca cheia de sangue e a sua camisa azul manchada, sinto a dor se alastrar em meu peito.

Liam Payne, Liam Payne. Sophie Jackson, Sophie Jackson. Eu sinto que posso enlouquecer. 

Deixo o controle do carro fugir por momentos do meu comando, porém lembro-me que não estou sozinho e não posso acabar com a minha vida nesse momento, preciso deixar Anne, não preciso que ela entre na minha lista. 

Chego no hospital e o corpo de Sophie já se encontra em uma maca sendo levada para longe de nós, Anne agarra a camisa de seu pai que está desespero e eu me sinto isolado, me sinto perdido e sozinho, meu peito dói tanto e meus olhos ficam embaçados demais e eu caio no chão chorando. 

Nesse momento eu percebi que sinto-me em casa quando estou com ela, ela me abriga.

"E cá estou novamente fumando um cigarro atrás do outro e olhando para o teto, sem expectativas de absolutamente nada. Apenas esperando esse maldito tempo que demora a passar."

Niall, 2016.

XX

eu chorei, você chorou, todo mundo chorou. eU VOU EXPLICAR CERTINHO O QUE ACONTECEU OK? NÃO SE PREOCUPEM!! 

Um Niall Povs porque vocês merecem <3 quase 40 mil lidos e eu nem sei como agradecer, sério, obrigada por tudo!! AMO-VOS ETERNAMENTE. NÃO ESQUEÇAM DE VOTAR E COMENTAR EM!

love all, agah.

cigarette smokeWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu