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|| MALIBU, ESTADOS UNIDOS ||

Meu corpo tremia levemente enquanto eu tirava a minha blusa do meu corpo, a noite de inverno estava tenebrosa, as ondam do mar se agitavam rapidamente, porém eu e Liam tínhamos um desafio a cumprir. O receio em seus olhos castanhos estavam me dando mais adrenalina do que o normal.

"Vamos lá, Liam" eu dou dois tapinhas em seu ombro e ele nega.

"Não, hoje está muito frio e o mar está agitado, melhor outra noite" ele tenta negociar e eu nego rapidamente enquanto começo a desabotoar meu calção.

"Não seja trouxa, vamos logo" começo a correr em direção a água, ele continua parado no mesmo lugar, encarando a água de forma bizarra. Qual é? Ele é surfista, ele não tem medo da água.

"Niall, está perigosa a noite" ele grita quando meus pés tocam á água fria como gelo, estava um perfeito breu o horizonte a minha frente.

"Somente um mergulho, anda logo" eu insisto mais uma vez quando a água atinge meus tornozelos, ouço-o xingar e rapidamente ouço seus passos na areia, ele corre até ao meu lado e estremece por inteiro quando seus pés alcançam a água.

"Nós precisamos ficar cinco minutos, mas porra, é inverno e está menos de 10°c, nós vamos morrer" ele me avisa novamente, eu estou completamente arrepiado.

"Vamos ficar quatro minutos aqui em pé, e mergulhamos só uma vez e saímos correndo para a lareira" eu aviso e ele assente. Percebo como realmente a maré está agitada, Liam sempre me fala que adora surfar no frio, por conta do vento, que faz muito mais ondam e deixam a aventura radical, quer dizer, o cara já foi para o Havaí surfar, ele é lunático.

"Não podemos só dar uma molhadinha na bunda? Está frio pra caralho!" eu começo a rir enquanto meus dentes começam a bater com força, a correnteza bate com força em nossos corpos despidos.

"Para de ser bundão" eu resmungo enquanto ele me empurra levemente, a correnteza puxa com força a água para trás, porém eu conto até vinte mentalmente e saio correndo, Liam grita confuso mas logo ouço seus passos atrás de mim, quando a água já bate em minha cintura eu afundo a cabeça na água. Sinto a minha pressão cair depressa, meu corpo inteiro estremeço e entra em estado de pane, sinto-me cansado e nauseado rapidamente e me levanto a tempo de ver Liam rindo, o barulho das ondas se tornam mais forte e eu vou correndo até Liam, lhe afundo na água em brincadeira e sinto o meu corpo cambalear.

Uma forte onde atravessa nossos corpos, eu rodopio dentro da água cerca de duas vezes, sinto meus pulmões se encherem d'água, estou sufocado enquanto minhas costas arranham na areia áspera, bato de leve a minha cabeça no chão e volto a superfície em fôlego.

Sinto-me zonzo enquanto outra onda atinge o meu corpo, como se eu desligasse, eu entro em estado desmaio e apenas volto a consciência quando meu sistema respiratório volta a agir com força total, me arrasto até a areia da praia e me sento na beira, meu peito dói e meu corpo está congelado por inteiro, sinto-me fraco demais, porém me sinto assustado demais.

Liam não está em lado algum.

"Liam!" eu grito o máximo que posso. "Liam!" eu volto a gritar enquanto forço-me a levantar da beira, abraço meu corpo com força e começo a andar pela a beira. Eu fiquei quanto tempo desacordado?.

"Liam, por favor" eu tento gritar mais uma vez, começo a tremer com força, meus olhos se enchem de lágrimas e eu tento encontrar-me, corro até a fogueira que está pouco distante, corro o máximo que posso e agarro em meu celular, aciono o corpo de bombeiros dando as minhas coordenadas, volto a correr até a borda e grito desesperadamente o nome do meu amigo, grito seu nome com o máximo de forças que posso.

Choro como uma criança, sinto a culpa pesar em meu peito, a dor de sequer perder alguém, tudo vem com força em minha mente, eu me atormento de tal forma na qual eu só consigo gritar de medo, de dor, de culpa, eu grito tão atordoado como se fosse um pesadelo, mas não é.

Mais tarde o corpo de bombeiros chega, uma busca é feita, pessoas se aglomeram a volta da praia, a emergência me atende e policiais me interrogam, chega o amanhecer e nada, Liam se foi e a única coisa que sobrou em meu peito foi a culpa.


"Nunca encontraram o corpo dele?" Sophie sussurra baixamente enquanto seus olhos estão marejados, assim como os meus.

"Nunca, até hoje eu espero uma ligação de Malibu me avisando que acharam ele, mas nada" eu dou de ombros completamente devastado por contar o pior de mim, naquela noite.

"Sinto muito, de verdade" ela pega em minha mão em cima da mesa, ela agarra com força, seus dedos entrelaçando os meus.

"Nunca mais fui a Malibu, no dia seguinte eu voltei para Irlanda, eu nunca tive coragem de falar com a família dele e ver a dor estampada em seus olhos. Liam foi a melhor pessoa que eu conheci, ele era tão bom" minha voz se embarga "Por que sempre as melhores pessoas morrem mais cedo?" eu pergunto.

"Quando você está em um jardim, qual flor você sempre escolhe?" ela me pergunta novamente e eu fico confuso, porém respondo.

"A mais bonita" ela sorri como se eu tivesse a resposta e então eu finalmente me toco, não fui culpa minha, apenas estava no destino, nada podia impedir.

"Não foi culpa sua" ela sorri tentando me confortar, mas aqueles olhos tão marejados estavam assustados, eu estava assustada, e eu não sabia o que fazer. 

"Vamos para a minha casa" eu peço rapidamente e ela arregala levemente os olhos, eu respiro fundo e tento decifrar se estou indo rápido demais, porém, eu preciso dessa garota rapidamente e desesperadamente. 

"Sr.Horan, eu aceito o seu humilde convite" ele pula da sua cadeira e limpa as lágrimas que há em seus olhos, me levanto e deixo uma nota em cima da mesa. Stan, o garçom na qual conheci aponta positivamente para mim enquanto deixamos o estabelecimento, vejo o carro da mãe da Sophie parado do lado de fora, a mulher se encontra aos prantos. 

"Você precisa falar com ela" eu pego em suas duas mãos e ela assente enquanto pousa um beijo em meus lábios, ela se afasta com lentidão e puxa os ombros de sua mão, ele fala coisas não coerentes para mim, sussurra algumas coisas e no final apenas a abraça, um abraço apertado de saudade e amor, ele se afasta com um beijo em sua testa e acena de longe enquanto corre para os meus braços.

"Resolvido" ela sorri, um sorriso discreto e pouco magoado.

"Certeza disso tudo?" eu pergunto, me referindo por todo o nosso tempo e história.

"Sim, me leva para a sua casa" 

XX

skdjkrjsldkejskdjrsdjlksrjsdkn meu coração!!! SIM EU DEMOREI PARA POSTAR E EU FUI UMA VAGABA, EU TENHO ESSE CAPITULO ESCRITO A MUITO TEMPO, SÓ ESTAVA COM PREGUIÇA DE FINALIZAR!!!!! AQUI ESTÁAA, obrigada por todos os lidos sério!! obrigada por tudo. 

love all, agah.

cigarette smokeWhere stories live. Discover now