Proíbida pra mim (H.S)

Trinta e sete.

" Apenas  vivendo um dia de cada vez, sobrevivendo a cada vez que o jogo muda."

Emanuela.

Alguns raios de luz começam a entrar  pelo espaço da cortina e eu me ajeito na cama aproveitando para encarar Harry, ele dormia tão relaxado, sua expressão completamente serena, seu cabelo levemente caido em seu rosto e  sua respiração tranquila, completamente diferente de sua expressão agitada da noite anterior. Ele havia dormido no máximo a 2 horas atrás quando eu resolvi que seria a  hora de dar um de meus remédios para dormir á ele. Passo a mão pelos seus cabelos e dou um sorriso quando ele aconchega seu rosto em minha mão e eu me estico para pegar o celular.

O relógio marcava 09:39, decido que é hora de levantar, já que eu não dormi e nem dormiria. Me Afasto de Harry lentamente e levanto da cama indo em direção ao banheiro, coloco a banheira para encher  e  dispo a blusa de Harry que ele praticamente me obrigou a vestir, tirando minha lingerie em seguida.

Passo um tempo no banheiro relaxando enquanto deixo meu cérebro tentar se acostumar com os acontecimentos do dia anterior e tento me preparar para os  próximos.

Quando decido que fiquei tempo demais ali, saio  e me cubro com uma toalha, faço minha higiene matinal e volto para o quarto, visto  um vestido soltinho preto e uma lingerie também  preta, solto o cabelo e passo uma maquiagem básica, apenas para cobrir as olheiras da noite anterior, observo Harry mais uma vez e saio do quarto em seguida, desço as escadas lentamente e tudo parece vazio, até que vejo Anne sentada na mesa do café da manhã lendo um jornal, assim que percebe minha presença, ela levanta a cabeça e sorri, era possível ver os efeitos da noite passada em seu rosto.

- Bom dia, querida. - Ela diz.

- Bom dia. - retribuo o sorriso e sento na mesa. - Onde está todo mundo?

- Robin está trabalhando, Nick e Gemma foram levar a família dele ao aeroporto e depois iriam dar uma volta, ela está um pouco abalada. - Ela passa uma mão no rosto e suspira. - Louis deve estar dormindo. 

- Eu lamento muito pelo que aconteceu. - Eu digo.

-  Tudo bem, como foram as coisas com Harry  ? - Ela pergunta, mas parece não ter certeza se quer ouvir.

- Intensas. - Suspiro. - Harry enfrentou todas as fases, raiva, dor, lembranças e por fim a negação.

- Ele deu muito trabalho ?

- Na verdade não, ele reagiu melhor do que eu esperava, ele só precisava por pra fora na verdade.

- Eu preciso te agradecer por isso. - Ela aperta a minha mão em cima da mesa.

- Você não precisa agradecer, eu fiz o que qualquer um faria.

- Não é qualquer um que faria  do jeito que você fez, onde está Harry ?

- Dormindo, eu acabei dando um remédio a ele. - Digo.

- É disso que eu estou falando, a alguns anos atrás quando meu filho morava aqui e acontecia algo semelhante a ocasião de ontem. Nem mesmo eu era capaz  de mantê-lo Lúcido, se ele ao menos conseguisse acertar o primeiro soco no pai, ele iria até o fim sem dúvidas e depois, ele se enfiaria no primeiro bar e beberia até entrar em coma - Ela parece imaginar a cena e se contorce.- E você conseguiu impedir isso.

- Eu só..

- Você só fez o que ninguém mais poderia fazer, sério,  eu sou eternamente grata a você por isso. - Ela dá um sorriso.

- Obrigada.. Mas não precisa, serio.

- Hum.. Ele te contou os motivos para o que aconteceu ontem ?