Proíbida pra mim (H.S)

Setenta e um

"Viver intensamente o momento é simplesmente construir nossa história!!!!"

Emanuela.

Acordo com o barulho de um temporal, as cortinas estavam fechadas e o quarto estava escuro, o que não me deixava saber se era dia, ou se ainda era noite. Minha cabeça não poderia doer mais, tento levantar da cama, mas me arrependo no exato momento em que sinto tudo rodar e minha primeira reação foi correr para o banheiro e pôr tudo para fora. Sinto a mão de Harry segurar meu cabelo e com a outra ele massageia a minha costa. Limpo a boca com o dorso da mão e quando paro em frente ao espelho para escovar os dentes quase tenho um ataque cardíaco. Eu estava pelada!

Harry percebe minha reação e é claro, não perde a chance de fazer piada.

- Qual é amor, se admirando no espelho outra vez? Eu sei que você é gostosa pra caralho, mas isso está virando um vício. - Ele debocha.

- Cala a boca! - Minha cabeça lateja. - Eu só quero entender o porque de eu estar pelada. - O sorriso no rosto de Harry some.

- Você não lembra o que aconteceu ? - Ele solta meu cabelo e se afasta consideravelmente, já que o espaço no banheiro não é muito.

- Não lembro de nada. - Coloco a pasta na escova e me concentro em tirar o gosto terrível de minha boca.

- Eu não acredito! - Ele literalmente grita, o que me faz desejar estar morta. - Ontem foi uma das melhores noites da minha vida e você não lembra de nada? - Ele puxa o cabelo como se estivesse a um passo de um surto psicótico. E eu não consigo controlar minha risada.

- Eu lembro de tudo o que aconteceu ontem, eu só não lembro de ter dormido nua. Você sabe, eu sempre fiz questão de dormir vestida e se alguém entrasse no quarto?

- Vai se foder! Na boa, vai tomar no cu. - Ele diz alterado e eu só consigo rir. - Eu vou lá pra fora antes que eu te afogue nessa torneira. Tem uma aspirina e um copo com água para você em cima da mesinha de cabeceira. - Ele sai do banheiro irritado.

Eu sei o quão meloso isso soa, mas eu amo até o jeito que ele fica irritado.

Eu disse que o amo? Não! Com toda certeza eu apenas disse que amo o seu jeito.... Que seja, isso é demais para minha cabeça dolorida.

Aproveito minha nudez e entro no chuveiro após escovar os dentes. Deixo a água quente correr por meu corpo e suspiro frustrada quando percebo que a questão levantada recentemente ainda ronda em minha cabeça. Assim que acabo, me enrolo em uma tolha e caminho até o quarto. Pego a aspirina e a coloco na boca, bebendo um copo com água em seguida. Não posso deixar de sorrir ao pensar no simples ato de preocupação vindo dele ao deixar o analgésico ali. E mais uma vez, a questão - Se eu realmente amo Harry- está girando em torno de minha cabeça. Acompanhada do momento em que ele disse que me ama. Decido dormir e  aproveitar para tirar todas essas coisas de minha mente e caio no sono ainda de toalha.

(...)

O resto do dia se passou tranquilo, acordei um pouco mais tarde sem dor de cabeça alguma e eu finalmente estava livre de todas aquelas questões, eu poderia resolve-las em outra hora. A chuva não nos deixou sair de casa e pra falar a verdade, eu não estava com muita disposição. Acabamos por passar o resto do dia assistindo a filmes aleatórios. Anne fez o almoço e a noite - depois que a chuva já havia cessado.- Resolvemos ir até o Clayton's. Natália estava lá e nós tivemos uma conversa um tanto divertida, trocamos nossos números de telefones e ela prometeu nos fazer uma visita em Londres.

Uma banda local fazia um cover de Justin Bieber e a noite foi divertida. As 22:00  voltamos para casa e era hora de começar a arrumar as coisas para voltarmos para casa, o nosso vôo sairia as 00:30 e nós precisávamos estar no aeroporto pelo menos uma hora antes. As malas foram arrumadas um pouco mais cedo - E com isso eu quero dizer, eu literalmente obriguei Harry a arrumá-las-.