ᴛʜᴇ ᴡʀᴀᴛʜ ᴏꜰ ᴛʜᴇ ᴇᴍᴇʀᴀʟᴅ ᴇʏᴇꜱ

Capítulo 18

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Harry tem passado os últimos quatro meses, com muito pouco sono, e parece que finalmente isso está aparecendo. A sensação de adrenalina deixada em seu corpo, é o que está fazendo seguir em frente, é que ele sabe onde Pravus está. Harry não tem um plano de como vai derrubar o homem, depois de ter ficado com uma pequena tripulação. Nick teve a gentileza de se oferecer para acompanhá-lo, reunindo alguns de seus homens e explicando tudo o que o capitão precisava de ajuda.

Demora dias até que possam zarpar, o navio estava precisando de muitos consertos. O clima quente de verão não tinha piedade deles, fazendo-os trabalhar no navio com ar abafado e costas suadas. Harry não gosta de deixar sua tripulação sofrer suas próprias decisões, dando-lhes a oportunidade de não seguir seu caminho para a morte mais dolorosa. Nenhum de seus homens, recua, determinado a segui-lo para todos os lugares, e Harry sabe que a ausência de Louis o tornou um bebê chorão, mas seus homens nunca mencionam ou dizem nada sobre sua decisão.

É uma noite quente, todos eles reunidos no convés, canecas e garrafas de rum em torno deles após mais um dia de treinamento e luta, corpos doloridos e os nós dos dedos ensanguentados. Aaron está brincando com Nick, fingindo lutar mesmo depois de um dia cansativo, e Harry não encontra forças nele para dizer a eles para parar e deixá-los desfrutar do silêncio da noite.

Harry está olhando para o céu quando ouve um barulho ao seu lado. Ele não se move, nem reconhece, nem mesmo quer falar, de tão cansado que se sente.

É Yao quem fala com ele primeiro, garrafa de rum nas mãos, olhos brilhando de lágrimas não derramadas, "É injusto que o resto da tripulação não possa estar conosco agora", diz Yao lentamente, e é a maior quantidade de palavras que ele já disse, Harry pensa.

"Eu sei que todos eles estariam aqui torcendo por você, zumbindo de alegria por chegar a Pravus e massacrar seu pescoço", Yao continua.

Harry concorda, engolindo em seco antes de responder, "Eu sei, deve parecer injusto para você levar o resto de nós até o homem que matou o resto da tripulação. Principalmente porque ele levou Louis com ele. E você fez isso até mesmo sem saber que havia algo entre eu e ele até que Pravus o levou."

Harry espera por gritos, por raiva, mas em vez disso, recebe uma gargalhada de todos os seus homens, não apenas de Yao, incluindo Nick.

Yao é quem responde: "Capitão, odeio estourar sua bolha, mas todos nós sabíamos."

Harry arregala os olhos, a voz fina como papel, "O quê?"

O homem de cabelos laranja balança a cabeça, "Você não foi exatamente sutil, por assim dizer. Especialmente, quando Aaron apareceu. Nós simplesmente não nos importamos. Todos nós sabíamos que você era tão solitário antes de Louis. Salvando sua vida quando você o conheceu pela primeira vez não foi tão sutil de sua parte."

Harry abre a boca para responder, mas Niall não o deixa, "Ficar por aí não faz você se sentir menos solitário quando pela manhã você ainda vai acordar sozinho. Nós sabíamos que você iria começar a fazer um grande alarido com isso, tentando com os braços agitados dizer que você e Louis não significavam nada, então decidimos ficar em silêncio. Ficamos felizes por você ter decidido dividir sua cama com outra pessoa."

O capitão balança a cabeça, sentindo-se mais estúpido do que nunca, os olhos ardendo, as mãos tremendo em torno de sua xícara de rum não bebido. Toda aquela tentativa de mantê-lo sob o nariz de sua tripulação, todo aquele abuso psicológico contra Louis, por nada. Todas aquelas vezes que ele afastou Louis, o fez se sentir insignificante por causa de suas crenças idiotas. Ele se odeia agora, ainda mais do que odeia Pravus.