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Harry era uma droga: viciante, faz com que você perca a cabeça, mas você sempre estará á procura de mais.

Desde o momento em que o vi, soube disso, mesmo assim, eu me deixei envolver.
Caí em sua armadilha. Sempre soube que ele estava me usando, que iria quebrar meu coração a qualquer momento.
Tentei evitar, mas era como se uma força sempre me puxasse pra ele , nós sempre acabamos no mesmo lugar.
Não que Manchester fosse grande ou pequena , mas de 7 bilhões de pessoas no mundo, o destino me fez esbarrar com Harry Edward Styles.

...

Abstinência. Era como eu me sentia sem Harry. Sem seus beijos, seu cheiro e a forma como ele conseguia ser sujo e fofo ao mesmo tempo. Sentia falta do seu sarcasmo, da forma como as covinhas se formavam em suas bochechas quando sorria.

Mas como tudo chega a ser um pouco demais, eu cansei de jogar. Cansei do ciclo vicioso que havíamos criado, sempre os mesmos erros, de novo e de novo. Cansei de perdoar suas falhas e cansei de amar alguém que não pode ser amado.

Eu sabia do fundo do meu coração que Harry não era uma estrela constante.

Já estava na hora de parar de caçar borboletas, precisava se uma âncora, de certezas, e não encontraria isso em Harry.

Era tempo de ir

Harry
Dizem que só se dá valor a algo quando se perde. E isso está fodidamente certo.

Vi Violet se afastar cada vez mais e não fiz absolutamente nada para impedi-la.

Agora, não tê-la por perto era como ser um viciado em abstinência.
Não queria admitir, mas havia me viciado em seus lábios.

Eu estava sentindo falta de mais do que somente seu corpo. Seu jeito, o modo como sorria, corava, como ela dançava quando estava sozinha.

Pensava que ela seria mais uma, mas ela foi única. Eu estava perdidamente apaixonando por Violet. E precisava fazer algo a respeito.

...

Violet
Era por volta das 11, e me prendia cada vez mais na história do mais recente rascunho dado. Tanto que só parei de ler quando o ruído estridente, porém baixo do telefone tocou.

- Escritório de Violet Hill - atendo
- Senhorita Hill- Teresa, a secretária do nosso andar, diz- A senhorita tem visita. Posso mandá-lo ir a sua sala?
- A pessoa se identificou?- pergunto
- Não.
- Tudo bem. Pode mandá-la entrar.
- Ok.

Assim, desligo o telefone.

Alguns minutos depois, ouço uma batida na porta.

- Entre - digo.

A porta de abre lentamente, revelando a figura de Harry.

- Harry Styles - digo um pouco atônita - a última pessoa que eu imaginaria ver aqui.

-Violet - diz, seu tom era sério, o que me deixava ainda mais confusa.

- Vamos direto ao ponto- aceno na direção da cadeira, com a cabeça, pra que ele se sente. Harry continua em pé - O que você quer?

- Eu sinceramente não sei - suspira, perecendo exausto-Eu não consigo mais ficar longe de você. Sinto sua falta Violet. Não consigo ficar um segundo sem não pensar em você ou do quanto sinto falta do seu cheiro, dos seus beijos. É como se eu estivesse em abstinência. Como se você fosse uma droga. Não sei o que diabos esta acontecendo comigo - passa a uma das mãos pelo cabelo, em sinal de frustração- Eu acho que estou me apaixonando por você. - Harry parece ter tirado um enorme peso de suas costas, ao se declarar.

Eu não sabia como agir, o que fazer ou falar. A única coisa que se passava em minha cabeça era se aquilo era realmente verdade. Mas, ao olhar em seus olhos verde esmeralda, soube que não era mais de um dos seus joguinhos psicopatas. Ele estava sendo sincero.

- Harry - digo em um suspiro - Não sei o que falar. Sabe que o que nós tivemos foi muito intenso, mas não sei se conseguiríamos fazer isso funcionar. Não somos as melhores pessoas para fazer promessas. E não quero me machucar de novo...

Ele me interrompe.
- Se está dizendo que não sente o mesmo por mim, eu entendo. Vou embora. Já fiz muita merda pra você. Me desculpe.- ele caminha até a porta ,pronto pra ir embora.

- Eu sinto o mesmo que você, Harry-exclamo- Só não sei se estamos prontos pra isso. Somos dois corações quebrados, lembra.

- Duas pessoas sem conserto - murmura

- Dois vagabundos irreparáveis- sorrio.

Ele caminha em minha direção.

- Mas podemos fazer isso funcionar- Harry se proxima de mim e coloca suas mãos em meu rosto, acariciando minhas bochechas com os polegares.

- Talvez- fecho os olhos aproveitando seu carinho.

- Talvez- repete.

Sinto sua boca na minha. Seu gosto era uma mistura viciante de nicotina, vodka e menta.

Harry era minha droga, assim com eu era a dele.

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