[where do broken hearts go?]

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Todos nós falhamos alguma vez na vida, seja cedo ou no mais tardar dos tempos, nossas falhas sempre vão aparecer. Esse é um constante lembrete do que somos: humanos.

O maior erro de Harry foi deixá-la ir. Assistir o amor de sua vida simplesmente partir em frente à dos seus olhos, escorrer entre seus dedos.

Ela sentira seu coração se despedaçar assim que a porta se fechou as suas costas. Deixando a última lágrima deslizar pelo seu rosto, Rose deixou o apartamento que dividia com Harry, prometendo a si mesma nunca mais se apaixonar.

Ele sentia a amargura da solidão em sua boca. Arrependimento transbordava de seu ser. Mas já era tarde demais para voltar atrás.

Partira o coração dela.
***
Levou algum tempo, mas finalmente descobrira como consertar o coração da garota.

Agora, Harry procurava em todos os lugares, gritando seu nome em todas as esquinas. Se perguntando para onde os corações vão.
***
Gradativamente, a noite caia nas ruas de Londres, trazendo consigo, suas sombras, cobrindo tudo com seu manto negro.

Seu coração apertou, desolado, o garoto fez seu caminho de volta para casa. A cabeça baixa. O peso do mundo em suas costas.

Harry se sentia um vazio em seu peito. Ele era a metade de um homem nas melhores das hipóteses. Seu coração clamava pela amada, pela sua outra metade em pedaços.

Quando Rose foi embora, levara consigo na mala, parte dele. Sem ela, ele não era nada.

A tristeza lhe abatia as costas, o cansaço era evidente. Não passara uma noite sem pensar nela. Todos os pequenos detalhes que faziam sua Rose tão especial. Até das suas cantorias matinais desafinadas, sentia saudades.
***
Ao abrir a porta do apartamento deles, o rosto de Harry se ilumina, e mesmo estrando a rastos, sorri.

Rose mantinha a cabeça entre as mãos, os olhos avermelhados pelas lembranças. Por mais que não quisesse admitir, continuava o amando.

O som da porta abrindo a assusta. Ela levanta do banco rapidamente, pegando a mala com o restante das roupas contra seu corpo.

-Harry- o nome dele saiu com um sussurro em seus lábios.

Ele levantou seu olhar. Indicando que estava ouvindo.

-E. Eee... Uh- ela engole em seco- Só vim pegar o restante das roupas não quis atrapalhar.

O pequeno sorriso que havia se formado em seu rosto, desvanece. Ele apenas assente.

Rose dispara até a porta, mas ele segura seu pulso por um instante. Ela se vira.

-Podemos conversar?

-Harry acabou - as palavras rasgaram a sua garganta- Nos dois estamos cansados. Sempre cometendo os mesmos erros.

Ele assente. A última faísca de esperança se apagou. Agora só restavam o frio, a solidão e um coração partido.

Ele a soltou. Ela não foi embora.

-Apenas leia- disse lhe entregando uma carta amassada do bolso de sua calça- por favor.

Rose assente. Então vai embora.
***
Chegando ao hotel em que se hospedara temporariamente, a garota logo abriu a carta. A letra de Harry, desajeitada, tremida, fez com que sorri levemente, ao mesmo tempo, seu coração se apertava.

Querida Rose,

Como sabe não sou bom com cartas. Logo peço que me perdoe. Esses dias sem você a meu lado tem sido os piores de minha vida. Como se parte de mim estivesse faltando.

Foi tolo ao deixá-la partir. Deveria ter lutado com todas as minhas forças para que ficasse. Implorado seu perdão. Ao invés disso, não fiz nada. Esse foi o pior erro que já cometi.

Quando me dei conta do que havia feito, penso que foi tarde demais. Eu te procurei em todos os lugares que pude imaginar. Mas acho que só a encontraria quando você desejasse.

É muito tarde para pedir desculpas, creio.

Espero que ache alguém que lhe de tudo o que merece. Tudo que eu não fui capaz. Você nunca eu te amo o suficiente, porém acredite, eu te amei como nunca amei ninguém.

Rose, você me ensinou o que é a amar. Eu serei eternamente grato a por isso.

Com amor,
Seu Harry.

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