CHAPTER 3

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FRANKY EDWARDS

Assim que escutei as batidas na porta me movimentei na cama ainda sentindo dificuldade pra abrir os olhos pelos sol que já dava seus sinais pela janela, ao me virar encontrei Harry abrindo a porta e imediatamente encarando o quarto, então me lembrei tudo estava uma completa bagunça, quando me sentei notei que havia dormindo no meio da pilha de roupas que arrumava, meus sapatos estavam espalhados pelo chão e as gavetas do guarda roupa ainda se encontravam fora do lugar. 

  — Ahn... Bom dia? — Tentei

Não sabia ao certo se ele estava planejando me matar ou perto de um ataque cardíaco, mas de qualquer forma me levantei rapidamente pra jogar uma água no rosto e escovar os dentes, assim que voltei na esperança de não vê-lo ali, bufei decepcionada ao ainda encontrá-lo com as mãos apoiadas na cintura. 

— Eu sei, mas fiquei cansada e acabei dormindo— Dei de ombros— até o final de semana termino de arrumar. 

— Final de semana? Eu vou sair agora se voltar e isso ainda parecer um furacão eu juro que te mando pra um orfanato. 

Acabei soltando uma risada e me aproximei vendo seu olhar se desviar dos meus olhos e descer rapidamente, mas logo ele coçou a nuca voltando a olhar envolta para minha bagunça. 

— Enfim, arruma isso tudo. 

— Sim, senhor Styles.— Debochei 

— Ainda vai se arrepender de ser tão debochada comigo, Franky. 

Recebi um último olhar de reprovação e logo ele saía batendo a porta, me virei e ao me ver no espelho notei minha camisola branca ficar transparente contra a luz do sol e senti imediatamente meu rosto esquentar de tanta vergonha. 

— Parabéns pela primeira impressão, Franky Edwards— Briguei comigo mesma enquanto ainda encarava meu reflexo. 

Depois de colocar outra roupa, desci as escadas até a mesa de café tomando um susto com a silhueta masculina que encontrei limpando o balcão. 

— Bom dia, você deve ser a senhorita Edwards, certo? 

— Sim... E você? 

— Trabalho pro senhor Styles,  fiz o café da manhã, não sei se está do seu gosto. 

— Pode me chamar de Franky— Estendi a mão pra um cumprimento— qual seu nome? 

— Tommy, estou aqui duas vezes por semana pra limpar o apartamento. 

Assenti com um sorriso e me sentei ainda o encarando terminar de limpar o balcão, tinha seus trinta anos, uma pele clara e ombros largos, não estava acostumada em ter alguém limpando o lugar onde eu moro, mas parecia um luxo interessante, mas a primeira coisa que me surgia a mente é as informações que ele teria sobre o Harry. 

— Trabalha com o Harry a muito tempo? 

— Três anos. 

— E ele é muito complicado? 

— Só uma pessoa mal compreendida— Deu de ombros— não fala muito sobre a vida dele, mas quando está de bom humor é bem divertido.— Me encarou— a senhorita deve ser importante pra ele te hospedar aqui. 

— Eu moro com a irmã dele, conhece a Gemma? 

— Já vi os dois brigando por telefone algumas vezes, mas é uma garota bem bonita... Digo... Interessante. 

Acabei sorrindo maliciosa e logo Tommy corava começando a organizar a geladeira, me apressei pra comer e comecei a lavar a louça. 

— O que está fazendo?— Ele perguntou 

— Te ajudando— Dei de ombros— algum problema? 

Ele sorriu me mostrando seus dentes brancos e alinhados, até então parecia meio inseguro, mas dali em diante começou a parecer bem mais divertido e eu decidi parar de torturá-lo com perguntas sobre o Harry. 

Depois da ida de Tommy aproveitei meu resto do dia pra assistir TV e começar a ler sobre a minha faculdade que começaria em um mês, assim que a porta foi aberta Harry tirava os fones e me encarava com a sobrancelha erguida. 

— Meu apartamento ainda está inteiro? 

— Sim, inclusive ajudei o Tommy a arrumar tudo, meu quarto principalmente. 

Sem obrigados ou algum traço de aprovação, ele apenas me deu as costas indo até a cozinha, talvez eu recebesse mais palavras se tivesse uma pedra como companhia.

Caminhei até a cozinha sentindo fome pelo horário se aproximar da janta, abri a geladeira bufando decepcionada por não ter pedido Tommy ajuda pra deixar algo pronto. 

— Está com fome?— Ele perguntou 

— Bem, não abro a geladeira atoa. 

— Será que você consegue ser menos insuportável? 

— É uma missão difícil— O encarei com um sorriso— só estou brincando, você é o cara mais mal humorado que conheci. 

— Ou as suas brincadeiras não tem graça.— Revirou os olhos— vou preparar algo. 

— Você cozinha? 

— É uma das muitas coisas que faço bem, Edwards— Piscou na minha direção

Eu odeio pessoas que não preciso forçar, são simplesmente bonitas, infelizmente esse era o caso que aplicava a Harry, então decidi não dizer nada, apenas dar de ombros. 

— Não vai ficar olhando, pode me ajudar. 

Ele decidiu que faríamos uma lasanha, enquanto eu preparava a massa Harry cortava o tomate e não demorou pra que ferisse o dedo. 

— Estou vendo que é um ótimo cozinheiro— Me aproximei 

— Cala boca— Ele disse enquanto encarava o corte 

— Deixa eu cuidar disso. 

— Não é nada. 

Revirei os olhos puxando sua mão para baixo da água sob seus processos e peguei um pedaço pequeno de pano pra estancar o sangue. 

— Viu? Salvei sua vida, está me devendo.

— Tudo bem, eu deixo você ficar na minha casa e comer minha comida depois desse belo ato. 

Bufei decepcionada e fiz com que trocássemos de lugar pra que aquilo não se tornasse um desastre. 

Finalmente quando a lasanha estava no forno, Harry tirou uma cerveja da geladeira, mas acabou com minhas esperanças quando deixou um refrigerante ao meu lado, quando ergui o olhar em sua direção ele sorria de forma cinica, cretino.

— Acho que não sou a única insuportável aqui. — Bufei

— Álcool não faz bem.

— E por que está bebendo?

— Não faço muita questão de estar bem. — Deu de ombros

Me aproximei sentando ao seu lado e esperando, ele respondia minhas provocações com grosseria e isso até se tornava divertido, quando finalmente o jantar estava pronta eu apenas comi como se não houvesse amanhã e ao largar o prato na pia, Harry soltou uma risada enquanto fazia o mesmo.

— Franky, quer tanto ser adulta e nem consegue comer sem se sujar.

Ele pegou um papel toalha e limpou o canto do meu rosto, uma de suas mãos segurava firmemente meu maxilar e eu apenas conseguia olhar fixamente nos seus olhos verdes.

— Até que você não cozinha mal, Styles — O elogiei indiretamente

Ele terminou e continuou ali me olhando, no fundo precisava admitir quando ele estava calado ficava muito atraente, mas acordei quando a campainha tocou.

— Meu amigo, Zayn... Tente não encara-lo desse jeito, vai parecer muito óbvia, baby — Ele piscou pra mim antes de sair


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