CHAPTER 25

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FRANKY EDWARDS.

No dia seguinte tudo era diferente, deslizei minhas mãos sob a barriga e senti algo estranho, como se eu tivesse uma ligação desde já.

— Franky?

Desviei meu olhar pra porta vendo Harry entrar, ele havia me dado apenas silêncio desde ontem quando decidi falar com Roger, acho que não cabia nele que ainda havia uma parte que confiava na pessoa que me abandonou.

— Você precisa comer...

— Já vou descer — Me olhei no espelho — me sinto tão diferente de uma hora pra outra.

— É bem diferente você querer ver o Roger.

— Por que odiou tanto isso?

— Porque eu sempre estive aqui nesses últimos tempos, pensava que confiava pelo menos um pouco em mim.

Me aproximei abraçando sua cintura e deixei um beijo nos seus lábios, o encarei estranhando seu incômodo, mas uma parte de mim ainda queria entende-lo.

— Você anda nervoso por alguns motivos tão idiotas....

— Eu parei de tomar os remédios por causa da luta — Explicou — talvez eu fale algumas coisas fora do momento.

— Bem, eu também não estou no melhor dos meus momentos, talvez esse apartamento vire um caos.

Ele finalmente riu e deslizou a mão pela minha nuca me aproximando para um beijo, porém meu celular vibrou no meu bolso e assim que me afastei pra encarar a tela quase derrubei o aparelho, o ergui para que Harry pudesse ver e sua reação de choque não era diferente de mim, afinal se tratava da Gemma. 

— Precisa atender.  

Mesmo nervosa, fiz como ele disse, quando escutei a voz da Gemma quis começar a chorar da mesma forma quando tinha 15 anos e havia perdido tudo, ela era um dos meus maiores pontos fracos. 

— Franky? Franky!

— Desculpa, a ligação ficou ruim... Tudo bem? 

— Sim, meu pai melhorou muito e eu vou ter que voltar mais cedo, meu trabalho está precisando de mim.

— Mais cedo? 

— É, por que o espanto? Não acredito que vai me trocar pelo Harry. 

Soltei uma risada querendo transparecer calma, mas estava longe disso. 

— Volto semana que vem... E as coisas por aí? 

— Tudo ótimo, na faculdade, em casa, quando estiver voltando me manda mensagem.

A conversa não se prolongou, assim que desliguei apenas fiquei pensativa e saí do desvaneio apenas quando Harry me tocou no ombro. 

— Ela volta semana que vem.— Falei de uma vez. 

Eu o tinha aqui, ele me abraçava e distribuia beijos carinhos na minha pele, mas quando olhava em seus olhos sentia medo de um momento que isso simplesmente mudasse, Harry é imprevisível e estar com alguém assim requer calma, mas agora a situação é completamente diferente, nada mais é sobre mim e Harry, queria confiar nele, mas algo em mim me impedia de fazer isso. 

HARRY STYLES.

Quando Franky dormiu, a campainha tocou e Louis aparecia com duas garrafas de cerveja, mesmo tendo um grande sorriso da parte dele, eu apenas abri passagem o deixando entrar logo e ele notou. 

— O que aconteceu? Brigou com seu problema? 

— Bem longe disso, vem vamos na cozinha que pelo menos posso tentar te explicar. 

Na cozinha eu expliquei tudo, as coisas simplesmente haviam mudado completamente de figura, depois que terminei o observei me encarar ainda boquiaberto. 

— Não vai me dizer nada. 

— GRÁVIDA?! Styles eu te achava um idiota, mas agora eu tenho certeza. 

— Pode falar mais alto? Eu de fato quero que a droga do prédio inteiro saiba da novidade. 

Impaciente abri a cerveja o observando ter inúmeras reações, como se ele fosse ser pai, aos poucos quando a calma o atingiu ele finalmente deu de ombros. 

— Podemos contornar isso. 

— Louis, o problema é meu, não precisa surtar. 

— O problema é nosso, sabe as vezes eu acho que preciso fazer alguns tópicos pra te explicar o que significa ter um amigo, seus problemas são meus também. 

Eu estava uma pilha de nervos, mas nessa hora sobrou um espaço em mim pra que eu apenas sorrisse, era uma forma de agradecimento, porque sempre estive acostumado com a solidão, principalmente quando o assunto se tratava de problemas, mas Louis me fazia ver que não é bem assim, ainda há algumas pessoas que eu posso confiar. 

— Eu sei que sou a melhor que pessoa que conhece, não precisa me olhar como se estivéssemos protagonizando o diário de uma paixão. 

— Você ainda assiste esse filme idiota? 

— É e do que está reclamando? Está perto de ter um compromisso sério, esse filme vai se tornar bem comum na sua vida. 

Me imaginei assistindo um monte de filmes sentado no sofá com a Franky e pra uma pessoa como eu que nunca fez planos conjuntos algum dia na vida, isso soava bem, a sensação de não estar sozinho, de acordar com alguém e que talvez eu não estrague tudo. 

  — Tenho mania de estragar as coisas. — Tomei um bom gole da cerveja 

  — Então perde essa mania, a vida está te dando uma chance... Ela não costuma dar muitas. 


*****

olá, não sei se demorei muito, mas enfim está aqui um novo capítulo, espero que esteja gostando.   

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