CHAPTER 12

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FRANKY EDWARDS.

Ao acordar de manhã encontrei Tommy limpando a cozinha, me sentei uma cadeira ansiosa por suas panquecas, mas ele nem ao menos notou minha presença. 

  — Tommy— Chamei sua atenção 

— Ah, Franky, bom dia... 

— Tudo bem? 

— Não muito, meu filho passou mal no colégio e a mãe dele está trabalhando, eu também. 

— Por que não vai buscá-lo? Ele pode ficar aqui, vou com você se precisar. 

— Tem certeza? Talvez o Styles não gostasse. 

— Ele não é nenhum monstro, vai entender, vamos.

Ele assentiu apressado e logo estávamos dentro do táxi a caminho colégio, enquanto esperávamos Tommy me olhava com um sorriso. 

— O que foi?— Perguntei 

— A algumas semanas atrás você era a primeira a falar algo péssimo sobre o Harry e agora... Foi a primeira a dizer o contrário. 

— Não vou gastar meu tempo falando sobre ele. — Desviei o olhar irritada

Assim que buscamos seu filho, ele parecia envergonhado, apenas havia sussurrado "Sou Arthur" e se escondeu no pescoço do Tommy, mas com o tempo até o apartamento ele havia começado a me encher de perguntas sobre o porquê meu olho ser tão azul ou a pior se eu era namorada do Harry.

Assim que chegamos me encarreguei de ser sua babá e ao ver Harry, Arthur acenou animado.

— Tia Franky me falou que você é chato, mas eu disse que não. — Ele sorriu

— Pelo menos alguém está do meu lado nessa casa.

Soltei uma risada baixa e nunca pensei que Harry poderia ser bom com crianças, Arthur gostava de conversar comigo, mas ele simplesmente parecia amar Harry incondicionalmente, como se fosse seu personagem de desenho favorito.

— Obrigado por olharem ele pra mim, estou exausto.

— Não se preocupa, nem atrapalhou — Dei de ombros

— Vou levá-lo pra mãe dele, e senhor Styles, seus remédios estão acabando.

— Obrigado, Tommy — Ele agradeceu sem dar muita atenção.

Quando os dois saíram me sentei na bancada da cozinha observando Harry colocar a mesa.

— Não sente falta dessa época? De ser uma criança que fala o que quiser na pura inocência.

— Minha infância não foi muito divertida — Respondeu de forma seca

— Deve ter pelo menos uma coisa boa.

— Gemma era divertida, brincávamos de boneca quase o dia todo — Ele riu baixo — até meu pai achar que eu seria gay e me mandar pra um colégio interno.

Fiquei em silêncio ainda o encarando até seu olhar se erguer pra mim, acho que ele notou o que havia dito e apenas voltou a me ignorar.

— Não precisa se esquivar de tudo, Harry...

— Só não gosto que você se meta na minha vida, estou acostumado a ser decepcionado pelas pessoas.

— Por que eu te decepcionaria?

Ele largou os copos sujos na pia e se apoiou na bancada ficando cara a cara comigo, seus olhos verdes queriam achar um deslize em mim, apenas algo que pudesse jogar na minha cara, mas o fato é que ele ainda não havia encontrado.

— Você se acha tão invencível, mas é tão fraco quando se trata disso.

Sua mão fechou em punho e sua expressão se tornou séria, aquilo não era uma provocação, eu apenas queria que ele entendesse que nem todos são um inimigo em potencial.

— Eu não quero ser sua inimiga, mas...

— Não ouse me chamar de fraco, entendeu? Você não sabe exatamente nada da minha vida, só é uma garotinha desolada que precisa me tirar do sério pra acrescentar em alguma coisa na sua vida de merda.

— Por que está tão nervoso se eu sou tão insignificante assim?

Ele soltou uma respiração pesada, acho que esperava que eu me doesse com a suas palavras, mas vá por mim, não levaria a sério qualquer mísera coisa que ele dizia da boca pra fora apenas por odiar minhas verdades.

— Não é uma boa semana pra me tirar do sério, Edwards.

— Vai me dizer o porquê?

HARRY STYLES.

Seus olhos azuis continuavam em mim, ela queria um desafio, mas eu tinha que me segurar ao máximo, estava sem meus remédios afinal a luta se aproximava, mas algo aqui dentro quer simplesmente perder o controle, mas minhas ações teriam consequências depois disso e não seria fácil.

— Apenas cale a maldita boca.

— Você estava ótimo até alguns minutos atrás, o que aconteceu?

Sua voz saiu calma e uma de suas mãos se apoiou no meu ombro, então eu que estava prestes a explodir, apenas soltei um suspiro me acalmando, sem remédios, calmantes ou socos nas paredes, apenas os olhos azuis.

— Nada. — Respondi

— Sua vida seria mais fácil se conseguisse falar.

— Por que quer saber sobre mim, Franky?

— Eu gosto de desafios

Sua confissão saiu maliciosa e por um momento lembrei do nosso beijo e porra... Como eu repetiria aquilo tudo de novo, mesmo sabendo da confusão que isso causaria dentro de mim depois, a realidade é que sentia uma guerra interna em querer me livrar de Franky Edwards na mesma intensidade que a foderia até nossos corpos não aguentarem mais.

— Só não é uma boa semana pra mim, entendeu?

Ela assentiu lentamente e aproximou seu rosto do meu, Franky estava tão vulnerável quanto eu, então me aproximei roçando nossos lábios e pude vê-la fechar os olhos, mesmo com minha vontade a flor da pele havia algo que me deixaria satisfeito também: fazê-la pagar por ser tão irritante.

— Eu sei que está desesperada pra que eu te foda, Edwards.

Imediatamente ela abriu os olhos e cheia de raiva me empurrou enquanto eu lhe lançava meu sorriso mais vitorioso.

— Você é tão... — Ela tentava procurar palavras

Me aproximei sentindo suas mãos baterem contra meu peito, sua raiva a deixava ainda mais bonita e toda a minha falta de controle fez com que eu a calasse com um beijo, suas unhas se cravaram nas minhas costas fazendo com que eu sentisse parcela do seu ódio por ainda corresponder a mim, segurei em suas coxas a trazendo pra mais perto e a pressionando contra o volume da minha calça, um gemido baixo saiu pela sua boca e eu sabia que Franky não se perdoaria por isso, então me afastei e olhei nos seus olhos vendo a bagunça que havia deixado.

— Preciso treinar agora, seja uma boa garota e não me atrapalhe.

A deixei em silêncio e finalmente fui a sala de treinamento, mas tinha que admitir pelo menos a mim que mal conseguia me segurar para simplesmente voltar lá e terminar com o que começamos.

TKO Where stories live. Discover now