CAPÍTULO 10

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— Encoste-se ao veículo e abra as pernas.

Quando fiz a volta para me aproximar deles, o homem já estava terminando de revistar Nate. Ele pediu a documentação do carro e a carteira dele, em seguida, saiu rumo a seus parceiros de trabalho.

— Nate, você bebeu. — falei baixinho tendo cuidado para mais ninguém escutar.

— Tem certeza?

Limpei a garganta e o observei se encostando contra o carro. Eu preferi ficar quieta e não me deixar levar com sua ironia. Young parecia calmo demais para quem iria passar a noite na cadeia.

Dentro de alguns minutos, outro cara voltou. Nate sorriu para ele.

— Entra no carro! — ele pediu sem me olhar.

— O que?

— Entra no carro.

Fiquei o analisando e assim que o homem fardado se aproximou e o cumprimentou com um aceno, eu aceitei seu pedido. Fiz a volta e então adentrei o automóvel. Eu estava cansada e nervosa demais para questionar aquilo. A única coisa que estava em meus pensamentos era que estávamos ferrados. O que mais me irritava era o fato de Nate parecer não se importar com tudo aquilo. Ele estava tão bêbado ou era burro?

Avistei-o conversando com o cara o qual havia se aproximado, ele parecia explicar algo. O policial pegou os documentos do carro e entregou. Dentro de dois minutos, mais ou menos, Nate voltou.

— O que você fez? — perguntei baixinho. — Você o subornou?

— Por acaso você viu eu dando algum dinheiro para ele?

Engoli em seco assim que o homem se encostou na porta. Resolvi desviar o olhar quando o fardado me analisou com calma.

— Espero que isso não se repita, Young.

— Não vai, eu já disse.

— Você sabe que precisa se manter longe de confusões.

— Eu já sei o que devo e o que não devo fazer, Turner.

— Você estava dirigindo em alta velocidade e ainda por cima bebeu. Tem certeza que sabe seus deveres?

— Eu não estou tendo um dia muito bom, então será que eu posso ir embora?

O senhor bateu de leve na lataria.

— Vai rapaz, toma cuidado.

Ok, eu só podia estar delirando. Primeiro o lance com o Dylan: "Aprender? Quem deveria aprender algumas coisas comigo é você, não eu." Depois o policial, "Você sabe que precisa se manter longe de confusões."

Aquelas falas ficaram rondando meus pensamentos. Sobre o que eles estavam falando? Eu não conseguia pensar em outra coisa, senão naquilo.

Olhei para Nate que permanecia em silêncio enquanto voltava a dirigir e resolvi acabar de vez com minha dúvida. Matando minha curiosidade.

— O que foi aquilo?

— Every, por favor.

— Por que o policial falou aquelas coisas?

— Você não precisa saber da minha vida.

— Não, mas eu gostaria de saber. — cruzei os braços, estufando o peito. — Você se meteu em algo?

Ele ficou em silêncio.

— Se você não falar, eu vou descer, Nate. Eu não vou ficar no carro com uma pessoa que...

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