CAPÍTULO 67

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Era domingo de manhã e a chuva continuava a cair. A janela do quarto de Nate estava embaçada e com vários pingos de água por ali.

Eu e ele permanecíamos deitados na cama esperando o horário certo para levantarmos para então irmos até o hospital visitar Ammy. Segundo Rachel, ela já estava melhor e não parava de falar no quanto queria voltar para casa. Eu estava feliz por aquela notícia e torcia para que logo a pequena estivesse no apartamento junto com Nate.

— Com quem está falando? — a voz sonolenta dele surgiu.

— Com a Hope. Ela está perguntando se eu estudei para a última avaliação. — murmurei ao digitar. — Graças a Deus as férias estão chegando. Não aguento mais estudar.

Eu senti seus braços me puxarem mais para si, me abraçando com força. Ele encaixou seu rosto em meu pescoço ao falar:

— Falta pouco para nossa viagem.

Antes que eu pudesse responder duas batidas altas surgiram na porta juntamente com a voz enjoativa de Alyssa. Eu cheguei a revirar os olhos ao perceber ela entrando no cômodo. Era engraçado, mas a mãe de Young me incomodava pelo simples fato de existir.

Continuei com meu olhar vidrado no celular enquanto Nate suspirava frustrado.

— O que você quer?

— Só quero avisar que eu e sua irmã estamos saindo agora então não esqueça de levar as roupas da Ammy. — ela respondeu. — E eu não quero bagunça na cozinha. A emprega não vem hoje e eu não vou limpar as coisas de vocês. Tem uma cafeteria aqui perto.

Mais uma vez, eu revirei os olhos.

Alyssa era insuportável.

— Era só isso?

— Sim, só isso.

— Então tchau.

Esperamos pacientemente a mulher deixar o quarto para podermos voltar a conversar. Nós não tocamos no assunto que ela havia dito apenas ignoramos. Alyssa não merecia nosso tempo e importância. Finalmente eu entendia o motivo de Nate não simpatizar com a mãe. Eu também não gostava nenhum pouco dela.

Assim que deu o horário certo nós levantamos e nos arrumamos para ir até o hospital. Como eu estava com as roupas de Nate e não poderia entrar no quarto para ver Ammy, nós combinamos de eu ir para casa enquanto ele se ocupava com a irmã. Não sabíamos se a pequena seria liberada ou não, mas torcíamos para que sim.

E mesmo falando para Young que eu podia ir de ônibus até meu apartamento, ele insistiu em me levar. Eu sabia que minha moradia ficava do lado oposto do hospital, mas ele pareceu não se importar.

Ao chegarmos no prédio, eu retirei o cinto de segurança e peguei a sacola contendo meu sapato e o vestido ridículo do casamento de Madison.

— Fale para Ammy que eu estou torcendo para que ela volte logo para casa, ok? — falei me aproximando para poder beijar sua bochecha. — Se precisar de alguma coisa é só ligar.

Antes que eu pudesse me afastar Nate segurou meu braço levemente e sorriu de canto. Aproximou-se o suficiente de mim para poder morder meu lábio inferior antes de dar um selinho em minha boca.

— Estamos parecendo um casal chato, sabia disso? — disse ao rir. — Acho que curtia mais quando éramos amigos.

— Mentirosa. Você adora dormir agarradinha comigo. — ele brincou. — Vai no meu apartamento hoje, minha linda?

Olhei brevemente para sua boca ao sorrir. Ele roubou outro beijo meu.

— Veremos.

Antes que ele pudesse me beijar de novo, eu me afastei. Se dependesse de Nate ficaríamos nos agarrando dentro do automóvel por horas, eu o conhecia.

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