CAPÍTULO 20

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Eu sentia arrepios por todo meu corpo.

Minhas mãos permaneciam nos cabelos pretos de Nate enquanto as suas tratavam de explorar cada parte de mim. Nossos lábios estavam unidos, me fazendo soltar arfadas baixas quando possível.

Eu me encontrava entre a porta de madeira e o corpo dele. Naquele momento, aquele era o melhor lugar dentro da boate lotada de pessoas. O melhor local para trocar amassos com Nate Young. O cara que me irritava com poucas palavras, mas que também me deixava sem ar com a falta delas.

Era prazeroso sentir sua boca contra a minha, suas mãos indo da minha cintura até meus cabelos puxando de vez em quando. Sua pegada boa e forte.

Nate Young era algo prazeroso.

E somente quando meus pulmões imploraram por ar que eu segurei firme nos fios de cabelos dele afastando sua boca da minha. Logo seus lábios trataram de ir em direção ao meu pescoço.

Minha respiração estava descompensada, minhas pernas moles e meu coração acelerado. Eu sentia sua boca me experimentar a todo instante. Seus beijos com mordidinhas em minha pele haviam sido a minha parte preferida daquela noite.

Porém, a minha satisfação durou pouco.

Enquanto Nate se distraía me explorando alguém do outro lado estava prestes a acabar com toda nossa diversão. Eu apenas percebi o trinque da porta batendo contra minhas costas quando o rapaz já tinha metade do corpo dentro do espaço em que eu e Young ocupávamos.

Eu pude sentir meu rosto esquentar de constrangimento assim que o loiro olhou em meus olhos. Empurrei Nate com força e tratei de arrumar meus cabelos bagunçados, passei a mão sobre minha boca que provavelmente estava com batom por toda parte.

Nate já estava um pouco afastado de mim, mas qualquer um percebia o que tinha acontecido ali dentro. Bastava ver nossas roupas amarrotadas, nossos lábios vermelhos e inchados e claro o cabelo de Nate que estava completamente bagunçado.

O rapaz loiro nos analisou e tratou de falar.

— Vocês sabem que isso não é um motel, certo?

Eu nunca desejei tanto que um buraco abrisse no chão somente para eu me enfiar dentro dele e ficar até o homem com o crachá sair dali.

— Mesmo? Eu acho que confundi por conta das luzes. — Nate apontou para o jogo que entrava ali. Sua voz não era de alguém calmo. — Mas obrigado por ter atrapalhado.

O cara sorriu debochado e indicou com a mão o local de saída.

Eu não respondi e muito menos olhei em seus olhos quando resolvi deixar o espaço pequeno. Minhas bochechas estavam coradas e meu corpo inteiro quente. Infelizmente, não era pelo momento em que eu e Nate tínhamos vivenciado, mas sim por vergonha.

— Espera aí! — ele sussurrou contra meus ouvidos, assim que me puxou para ele.

Olhei ao redor examinando se tinha alguém conhecido e logo tratei de tirar suas mãos de mim. Virei-me de encontro a ele.

— Eu quase morri de vergonha lá dentro, Nate. — disse indignada. — Eu não acredito que você falou aquilo para o cara. Ele era o dono da boate.

— Ele não era o dono da boate, Every. — revirou os olhos. — Era só um cara que trabalha por aqui e que resolveu estragar a melhor parte da noite.

Quando ele tentou me puxar de novo, afastei-o.

— Para de fazer isso! Eu não quero que Kylie ou Jason vejam.

— Por que não? Você deve algo para eles? Eu não devo nada para nenhum dos dois.

— Jason não gosta de você.

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