BÔNUS | PARTE 3

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NATE YOUNG

Eu não estava blefando quando disse para Every que quem deveria ter medo de alguém ali era Jane, não eu. Eu não deveria teme-la. Não tinha o porquê. Sim, eu tinha feito merda e ela sabia de cada uma delas, porém eu tinha a completa certeza que a Sra. Holdings estava em minhas mãos, não o contrário.

Quando a vi pela primeira vez no apartamento da Every eu tinha ficado levemente nervoso, mas depois percebi que não tinha motivo de eu estar daquela forma. Eu não devia nada a Jane Holdings.

— Fique longe da minha filha!

Eu ri de novo tombando minha cabeça para trás. Aquilo era uma piada para mim.

— Jane, você é hilária. Acredita mesmo que eu vou deixar a minha Holdings para trás só porque você está pedindo? Não seja tola, por favor. Você é mais esperta que isso. Muito mais, aliás.

Ela levantou o dedo em minha direção. Eu olhei por um segundo ao cessar um riso. Era uma cena patética e deplorável a que ela estava fazendo.

— Se você continuar insistindo...

— Hm, o que vai acontecer? Você e Trevor vão fazer o quê? — ela ficou em silêncio, retomando a postura enquanto tentava controlar a respiração. — Acha que a Every vai perdoar você algum dia?

— Essa pergunta também vale para você. Acredita que minha filha vai esquecer o que você está fazendo para ela? — ela sorriu cínica. — Sabe, a Every é bem parecida com o Trevor e eu posso afirmar que ela guarda ressentimentos. Então já vai se preparando porque eu vou contar a verdade para ela e vou levá-la daqui. Você, Hunter e Kylie jamais vão a ver de novo.

Eu me deixei levar por aquelas palavras por um momento. Eu já havia pensado diversas vezes na possibilidade da Every nunca mais me perdoar. Machucava? Sim. Porém, eu sabia que o que eu havia feito doeria mais.

— Eu não tenho medo de você, Jane. Você que deveria ter de mim. —  afirmei com a voz firme. — Eu fiz tudo o que fiz porque seu marido aceitou. Aquele bosta viciado em jogo permitiu. A culpa não cairá sobre mim, mas sim sobre você e ele.

A mulher loira sorriu de novo ao pegar a bolsa em cima da bancada.

— Veremos em quem minha filha vai acreditar. Na mãe dela ou no bostinha do namorado. Eu vou levar minha filha daqui e você nunca mais vai encostar um dedo nela, Nate Young. Nunca mais.

Eu não me contive. Vê-la debochando de mim daquela forma fez com que eu perdesse a razão e a paciência. Peguei-a pelos braços aproximando meu rosto do seu ao rosnar:

— Se você contar alguma coisa para a Every, eu juro que seu próximo destino será a prisão.

— Isso é uma ameaça?

Ver que ela estava tentando esconder o medo me animou.

— Eu não ameaço, eu apenas alerto as pessoas. — depois de um tempo, soltei-a ao sorrir. — Inclusive, soube que Dylan está louco para ver você. Aproveite seu último dia em Londres, sogra preferida.

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