CAPÍTULO 23

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Pov: Percy.
Abros os olhos rápido e respiro fundo, está difícil de respirar. Sinto os músculos do meu corpo todos tensos e tento pedir a mim mesmo para ficar calmo, foi só um sonho ruim e eu estou bem.
Olho para minha volta e me deparo com um lugar diferente de tudo que já vi, é muito bonito, tudo de um azul céu intenso, o chão é branco ondulado como uma nuvem, respiro fundo mais uma vez e me levanto sem nenhuma dificuldade, olho para mim e percebo que estou com minha armadura negra e posso sentir meu pingente tocar meu peito por baixo da armadura, procuro por contracorrente e a vejo caída um pouco distante de onde estou e logo me vejo indo lentamente em sua direção.
Percebo que enquanto ando meus pés afundam alguns centímetros no chão, como se estivesse pisando numa espécie de névoa, chego até onde esta minha espada, e percebo confuso que ela não se transformou em caneta, e que ela parece flutuar por cima do chão que parece uma névoa, me abaixo lentamente para pega-la e assim que a toco percebo que ela realmente estava flutuando, passo a mão no chão e o sinto se dissipa ao meu toque, era como tentar tocar as nuvens do céu.
Fico imediatamente atento e seguro contracorrente em posição de batalha enquanto dou mais uma rápida olhada para o lugar, e logo percebo com desgosto que estou sobre uma nuvem, por isso está tão difícil de respirar.
Meu coração começa a bater forte e começo a correr sem rumo pela grande nuvem, estou muito aflito, afinal, estou nos domínios do primordial do céu, além de ser de Zeus que simplesmente me odeia. Corro até parar em frente de um grande palácio branco, com bandeiras azul no topo de uma imensa torre assustadora que faz todos os pelos do meu corpo se arrepiar, a uma força grandiosa emanando do castelo, e mesmo não querendo e tentando evitar sinto minhas pernas se moverem lentamenteem direção ha uma grande porta negra localizada no meio das grande paredes, a porta se abre altomaticamente assim que me apróximo e me sinto ser levado para dentro, tento obrigar minhas pernas a dar meia volta mais é impossível, elas se recusam a me obedecer. Olho para o lugar e vejo apenas um grande trono dentro de um salão imenso, e um homem de pele clara e cabelos grisalhos, mesmo assim não perdendo sua pose magistral que da a ele um poder inimaginável.
Urano.
-- Então ai esta você Perceu. - diz enquanto me olha com atenção. - É você quem Vazio teme? Não parece grande coisa. - analisa com um certo deboche.
O olho e tento responder, mas minha voz não sai, eu apenas falo e falo e nenhum som sai por minha garganta, ele percebe isso e responde com um sorriso tranquilizador.
-- Não tente falar, não é necessário que diga nada, só eu irei falar hoje. - diz e faz um gesto sem importancia com a mão e se levanta vindo em minha direção a passos lentos. - Vazio pode temer você e aquela sua irmãzinha insignificante, mas eu não temo, vocês são tão fracos. - diz com nojo.
Quero gritar, dizer que nós não somos fracos e que somos capaz de dete-los, e o faremos, pois somos os filhos de Caos, mas não dá, não tenho voz.
-- Não sei nem como Caos teve coragem de adotar seres tão insignificantes como vocês, e ousar se opor a mim em uma guerra é estupidez. - diz frio e começa a andar de um lado para o outro a minha frente. - Eu sou o céu. - diz como se não pudesse acreditar que alguém se oporia a ele.
Olho pra ele e tenho vontade de gritar: E ele é Caos seu otário, o criador do universo, ele criou você. Mas por ironia dos deuses estou sem fala. Tento pensar em um plano pra sair deste lugar, e se estiver sonhando pra acordar, então belisco meu braço com força, mas nada acontece, continuo do mesmo jeito, com as pernas firmes no chão e sem fala, então apenas faço p que me parece o mais corajoso, o encaro como se não tivesse medo dele, como se tivesse o desafiando, o que faz com que ele solte um pequeno rosnado pela garganta, mas mantenho a expressão do mesmo jeito, sem me afetar.
Ele se aproxima mais de mim com o semblante ainda mais frio que antes, e quando esta bem próximo, bem próximo mesmo, que até parece que quer me beijar diz com uma voz grossa:
-- Posso não poder mata-lo agora Perceu, mas nós nos encontraremos novamente em breve, a ai eu irei mata-lo lenta e dolorosamente, e tanto você quanto o resto daquela sua familiazinha ridícula irão se arrepender de não me apoiado, depois que ter minha vingança, destruirei tudo o que você acredita, destruirei tudo que você ama. - diz isso e faz um gesto agressivo com a mão.

Abro os olhos assustados e me deparo com um lugar estranho, como se fosse um quarto, as paredes marrom me diziam que eu não estava em uma enfermaria, mesmo estando sentindo uma dor forte no peito, como se tivesse levado uma facada no local, e essa faca estivesse em chama e ficasse ali, presa queimando devagarinho.
Tudo da pequenos chaqualhos como se estivesse em um avião ou até mesmo em um navio em auto mar.
Tento me levantar alguns centímetros para tentar descobrir onde estou, mas solto um ruido involuntário devido a dor que sinto no peito com esse pequeno movimento, o que faz com que em menos de um segundo, minha irmã, Liah, estivesse ali, em pé ao lado da minha cama, com olheiras horríveis de quem não dorme a um mês, parece estar um pouco mais magra que o normal, o corpo tenso e tem lagrimas em seus olhos.
Ela desvia seus olhos dos meus muito rápido e começa a forçar, com delicadeza, meu corpo para que eu volte a me deitar, simplesmente a olho sem saber o que esta acontecendo mas sigo seu gesto e volto a me deitar, a dor no peito atá quase insuportável.
Ela não diz nada, nem eu, apenas a encaro enquanto ela ageita meus travesseiros melhor pra mim, o silêncio está me deixando desconfortável, e eu nunca fico desconfortável perto da minha irmã, resolvo quebrar o silêncio.
-- Lili, olhe pra mim. - peço com delicadeza, ela espera alguns segundos e passa mão no rosto limpando as lágrimas, e assim que ergue a cabeça e olha dentro dos meus olhos e tenta dar um sorriso fraco, mas tudo que sai é uma careta, e logo seu rosto estam banhado de lágrimas novamente, penso em falar mas ela me corta.
-- Eu fiquei tão preocupada Ceu, fiquei com tanto medo de ter perdido você. - diz em meio a soluços e se encosta na perde um pouco afastado.
Liah chora de forma intensa, e eu não sei o que fazer, não sei o porque de ela esta chorando, porque ela ficou com medo de me perder, simplesmente não sei de nada.
Olho pra ela ainda chorando escostada na parede, e tento me levantar novamente para ir até ela, fazendo meu peito novamente doer, e logo ela está ali, ao meu lado me olhando de cara feia, mesmo não sendo muito útil pra assustar, já que as lágrimas impedem o efeito desejado.
-- Fique quieto ai Perceu. - fala brava e empurra meu quadril com delicadeza para o outro lado da cama e se senta no espaço livre. - Como está se sentindo? - pede agora um pouco mais controlada.
Respiro fundo e procuro sua mão ignorando a dor causada por esse pequeno ato e tentando não fazer careta, mas ela percebe meu desconforto e mais que rapidamente ela segura forte minha mão.
Respiro fundo e sorrio fraco pra ela.
-- Estou bem, com dor mais, bem, embora não saiba o porque de você estar tão preocupada e o porque de eu estar, onde eu estou mesmo? - pergunto confuso.
Ela apena me olha com uma expressão estranha, como se estivesse surpresa.
-- Percy, do que se lembra? - pede me olhando fixamente.
Faço uma careta quando ela me chama de Percy, e tento me lembrar de alguma coisa que não devesse me dar ao luxo de esquecer, mas nada, há apenas um vazio na minha cabeça.
-- Lembro de estar querendo matar o Di'Ângelo e logo depois de te ver os romanos nos descobriram e nos atacaram, nada mais. - digo dando de ombros e logo me arrependendo, e uma dor intensa se espalha por todo o lado esquerdo do meu peito, Ai.
Liah me olha sem saber o que fazer e franze o cenho.
-- Só isso? Nada mais? - pede confusa, apenas nega com a cabeça. - Curioso.
Diz pra si mesmo, o que, em nome de Caos esta acontecendo?
-- Lili, o que é curioso? - peço com mais calma do que tenho, esse papo ta me assustando.
-- Ceu, fique calmo ta bom. - pede com delicadeza. - Mas você meio que levou uma flecha a alguns centímetros de distância do coração. - gagueja com os olhos novamente cheio de lágrimas. - E nós estamos no Argos 2, junto com os semideuses gregos e romanos.
A olho tentando digerir tudo, como assim eu levei uma flechada? Por que eu não me lembro disso? Como eu cheguei aqui? Os outros estão bem? Como me curei? E por Caos, a quanto tempo estou dormindo?
Liah me olha com cuidado, como se soubesse a infinita quantidade de perguntas que ronda minha cabeça.
-- Fique calmo maninho, sem muitas perguntas agora, o importante é que agora ta todo mundo bem e que daqui à uns cinco dias estaremos na Grécia e você deve se recuperar o mais rápido possível. - fala tudo de uma vez me deixando com ainda mais perguntas, ela me olha e revira os olhos. - Mais tarde Perceu, mais tarde. - diz e se levanta. - Vou pegar um pouco de embrósia e néctar pra você.
Por algum motivo fico assustado por ela ter que sair, e sem saber o porque me vejo falando:
-- Não, fique e converse comigo, não quero ficar sozinho. - termino num sussurro.
Ela apenas me olha por alguns instante e volta a se sentar na cama e pega novamente minhas mãos, e ninguém diz nada por um tempo, ate o silêncio ser rompido pela risada de Liah, a olho sem entender.
-- Papai esta furioso. - diz me olhando, ergo uma sombrancelha questionadora. - Esta com vontade de destruir todos os arquerios do acampamento Júpiter porque um de má sorte te acertou uma flecha. - faz uma careta.
Sorrio de leve nada surpreso.
-- Bem estilo Caos. - concordo sorrido.
-- Tártaro esteve aqui. - Diz derrepente e sorri. - Assustou todo mundo é claro, Nico ficou ainda mais pálido que o normal e Frank quase surtou quando ele disse que tinha vontade de arrancar o pescoço de todos os arqueiros de Roma e ainda olhou pra Frank e perguntou: Você conhece algum arqueiro garoto? E saiu carregando você para o quarto e usando o poder dele para curar o ferimento, quase ri se não tivesse tão preocupada, e aliais o ferimento vai doer de incio mais se você ingerir néctar e embrósia durante algum tempo ele logo ira se curar completamente. - termina seu relato com o semblante preocupado.
Olhei pra ela e sorri, Tartaro é uma comédia mesmo, adora assustar os outros mas bem lá no fundo é um cara legal.
-- Pensei que ele não podia mais se envolver. - falo a olhando e sorrindo.
Ela simplesmente da de ombros.
-- Graças aos deuses ele odeia seguir as regras. - Diz abrindo um enorme sorriso. - Ceu, vou sair apenas cinco minutos tudo bem? - pedi novamente séria.
Não digo nada, apenas fecho a cara e ergo uma sombrancelha, o que faz ela bufar.
-- Vou apenas avisar as outros que você acordou, estão todos muito preocupados, principalmente a Piper, ela esta super revoltada dizendo que iam se arrepender de terem machucado um amigo dela, ela ta assustadora, infrentou Tártaro acredita?. - sorrio, Piper é uma garota incrível e uma boa amiga, mas enfrentar Tártaro é loucura, então encaro minha irmã com os olhos arregalados. - Ela ta bem, ele tava preocupado demais pra transformar ela numa pizza. - sorri. - E vou pegar mais alimento dos deuses pra você e avisar que vou tentar dormir. - Diz e derrepente parece cansada.
Olho para suas olheiras e me sinto culpado por estar fazendo a ficar tão preocupada e cansada.
-- Cinco minutos? - Pergunto e sorrio, ela sorri e confirma, ótimo, ela se levanta e vai a passos largos em direção a porta, mas antes que ela saísse me vem uma coisa a mente e pergunto. - Lili? - chamo e ela se vira de maneira instantânea. - A quanto tempo estou aqui. - peço assim que tenho sua atenção.
Ela respira fundo e abaixa a cabeça.
-- Cerca de três dias, mas especificamente 59 hora e 22 minutos. - Diz e volta a me olhar, sorri fraco e se vira saindo.
Droga, o que eu perdi?

Oiii pessoas, espero que gostem do cap e vou tentar atualizar mais rápido, promessa. Peço mil desculpas pelos erros e é isso. Um próspero ano novo a todos. ❤
FELIZ ANO NOVO GALERAAAAA.

Os Filhos De Caos.(Percy Jackson)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora