CAPÍTULO 28.

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Pove: Liah.
Corro o mais rápido que consigo esperando que ninguém tenha notado quando corri, e paro olhando para trás enquanto todos discutem, me escondo atrás de algumas caixas que estão empilhadas enfrente a uma pequena loja de antiguidades e fico observando todos discutindo sobre mim, já causei confusão de mais, é hora de partir e deixar que vençam Urano enquanto eu tento pegar a corôa de Vazio, tarefa difícil eu sei, mais ele quer a mim, então devo unir o útil ao necessário, não vou dizer agradável porque realmente não é.
     Vejo que todos derrepennte começam a olhar para os lados e vejo meu irmão entrar em choque e começar a chorar enquanto grita e me procura, sinto meu coração se partir e lágrimas inundarem meus olhos por seu desespero, mais eu preciso ir, tenho que pegar a corôa de Vazio para que assim possamos ter mais esperança de dar fim a guerra, pois um rei sem coroa não é um rei.
     -- Eu te amo. - murmuro em direção a meu irmão antes de secar as lágrimas e correr.
    Outras lágrimas logo voltam a descer pois a dor que sinto no peito é imensa, e sei que ele também senti isso, mais ambos temos missões diferentes, embora com o mesmo proposito.
     Chego em um campo Vazio e me deixo cair de joelhos, abraço meu próprio corpo e tento controlar as lágrimas, eu sinto que estou morrendo por dentro, que meu mundo jamais terá cor novamente.
   Ouço um movimento estranho nas sombras e sinto que Vazio se aproxima, me esforço para que as lágrimas para de cair e com muito esforço consigo fazer que parem, me levanto já transformando meu anel em minha espada e deixo o pingente que ganhei de Athena e Poseidon na mão, mas algo me diz que não conseguirei usar nenhum deles.
    Vazio se materializa em minha frente com um olhar sério, seu habitual estilo todo de preto e assustador olhos vazio são apavorantes.
   Ele parece me observar com cautela e olha para os lados a procura de alguém, mais percebe que estou sozinha e da um sorriso assustador como se eu estivesse entrado em uma gaiola, o que eu provavelmente fiz, mais essa é minha intenção.
    -- Juro que fiquei desconfiado quando disse que queria conversar comigo. - diz e faz um trono negro aparecer e se senta enquanto me observa com cautela.
    Retribuo seu olhar tentando não demonstrar meu nojo e nem meu medo e faço com que apareça uma simples cadeira, me sento e respiro bem fundo com uma última suplica para qualquer deus ou primordial que esteja me ouvindo para que tudo dê certo.
     -- Bom, quero lhe fazer uma proposta. - falo e o vejo arquear a sombrancelha em confusão.
    -- E porque eu aceitaria uma proposta sua garota? Eu sou mais forte que você, não preciso de você pra nada. - diz convicto.
  Mais sei que esta mentindo, ele quer a mim pra alguma coisa, isso eu sei.
     -- Sei disso. - minto, é melhor dizer o que ele quer ouvir do que a verdade. - Mais preciso da sua ajuda para destruir Urano, sei que você quer ser mais do que um simples pião. - digo soltando um sorrizinho.
   Ele me olha com raiva e se levanta apontando o dedo em minha direção, acho que peguei pesado com ele, tenho que medir mais as palavras se quise que ele me ajude.
    -- Olha aqui garota insignificante, não sou pião de ninguém. E porque eu te ajudaria? Tudo que quero posso conseguir sozinho. - diz irritado e volta a se sentar.
    Olho pra ele e engulo em seco, ele precisa me ajudar.
     -- Certo, deixe-me fazer a proposta primeiro, depois você me diz, não decida nada antes de me ouvir. - digo mais firme do que realmente estou.
    -- Bom, vou lhe dar a chance de me dar um motivo para que eu não a mate imediatamente. - diz frio, mais parece muito interessado.
     Respiro fundo e penso nas palavras corretas, preciso de uma chance para que ele aceite a proposta, terei apenas essa e não posso desperdiçar.
     -- Olha, serei direta. - digo e o vejo me apresar com o olhar. - Preciso da sua corôa para destruir Urano. - digo e vejo ele me olhar como se eu fosse uma maluca, merda, não estou me expressando corretamente. - Quer dizer, não estou me explicando direito, quero que você finja que me deu sua corôa. - me explico e vejo ele arquear uma sombrancelha.
      -- Como assim? Como vou fingir te dar a minha corôa garota, você tem que a destruir. - diz como seu eu não soubesse.
    Olho pra ele como se dissesse a ele "eu não sou burra." 
     -- Por isso preciso da sua ajuda gênio. - digo e ele me olha de cara feia. - Com meu sangue e com seu poder, podemos construir uma replica perfeita, você esconde a verdadeira e vai dormir, e fica desaparecido, ou "morto", enquanto nos derrotados Urano, depois você pode ficar com a terra e eu e meu irmão voltamos pros nossos pais. - digo simples o vejo pensar a respeito.
     Aceite, aceite por favor, preciso que aceite.
    -- Porque acha que eu aceitaria? Porque devo trair Urano? - pede me olhando interrogativo.
    Merda, porque tantas perguntas?
     -- Porque você é um filho do Nada primordial, não deve seguir ordens de ninguém, ainda mais de Urano que é um simples filho de Caos e que acha que você é insignificante e covarde. - digo e juro que se seus olhos fossem alguma coisa a não ser nada, eles estariam em chamas agora.
    Ele aperta a mão em punho com raiva e parece pensar um pouco.
    -- Certo, mais como faríamos uma replica perfeita? - pede fazendo um movimento com a mão e mostrando uma corôa negra, repleta de diamantes e pedras muito raras que só podem ser encontrada a cada mil anos, e estão presente viajando no estenso universo apenas um dia entre esses mil anos, então são bem difíceis de encontrar. - Não é algo muito fácil de copiar.
     Respiro fundo ainda admirando a corôa, ela pode ser do homem que mais me assusta mais não posso negar que ela é linda, encantadora.
     -- Uau, ela é linda. - murmuro desviando o olha pra ele que confirma me olhando estranho. - Eu posso fazer uma cópia bem realista se você me ajudar é claro.
    Ele me olha desconfiado por alguns segundos e desvia o olhar para a corôa.
     -- Vou confiar em você garota, por hora, mais estarei olhando tudo o que fizer. - diz e eu solto um suspiro de alívio.
    Sinto um mal estar e um frio avassalador e fecho os olhos com força e respiro algumas vezes pra ver se isso, o que quer que seja, passe e eu possa  voltar minha conversa com Vazio.
    Logo estou recuperada e quando abro os olhos estou em  lugar diferente que faz meu coração partido se espremer mais no peito, olho para Vazio que me olha com um sorriso estranho e assustador.
     Merda, isso não esta certo, ele deve estar desconfiando de algo, droga, ele se convenceu facil de mais, devia ter percebido isso antes.
     -- Aceito sua proposta Liah, mais com os meu termos. - diz me chamando pelo nome e se levantando. - Seja bem vinda ao meu palácio criança. - diz com uma voz forçada. - Vou lhe mostrar onde ira trabalhar.
    Antes que eu possa pensar ou falar algo, ele segura meu braço com agressividade, que com certeza ira deixar marcas, e me joga dentro de um portal escuro e frio.
    Assim que toco o chão novamente ele me solta com um empurrão, por pouco não caio de cara no chão, mais consegui evitar a queda.
     -- Pronto, aqui esta bom pra você. - diz sorrindo, olho pros lados e não vejo nada, esta tudo vazio, sem parede ou moveis, oi qualquer outro objeto, nem mesmo à chão aqui, é como se flutuassemos. - Faça a corôa garota, eu desaperecerei como pediu, mais você vira comigo, levarei você a meu pai, e juntos o acordaremos e traremos novamente seu reinado. - diz sorrindo pra mim. - Mais preciso que você destrua Urano primeiro, só assim meu caminho estará livre. - fala e faz com que sua coroa apareça, ele faz uma cópia dela na outra mão, que é facilmente identificável, é pra isso que estou aqui. - Trabalhe.
    Ele me lança ambas as coroas com força mais consigo pega-las, respiro fundo e confirmo, vai dar tudo certo. Ele se afasta alguns passos e faz seu trono aparecer e logo se senta e fica me observando, como se a qualquer momento eu fosse correr dali com sua corôa, o que era minha intenção, mais agora não da mais, nem ao menos sei em que planeta estou.
    -- Certo. - digo pensando no que fazer. - Onde estou? - pergunto com a voz falha.
    Mesmo sem olhar em sua direção, sei que ele esta sorrindo, um sorriso se deboche.
    -- Estamos no planeta negro, em um universo paralelo, você não vai conseguir sair sem mim. - diz convicto.
    "Eu não preciso sair, só sua corôa."  penso comigo mesmo.
    Olho para ambas as coroas e começo a fazer o que tenho que fazer, com muito cuidado para que fique tudo perfeito, tiro meu anel, que Vazio deve ter tanta certeza que eu não conseguiria chegar até ele que nem o tirou de mim, e faço minha espada aparecer, o que chama sua atenção o fazendo levantar.
    -- Não perca seu tempo criança. - diz sorrindo e eu me viro pra ele com a sombrancelha arqueada como se não soubesse ao que ele esta se referindo, mais é claro que eu sei. - Você não conseguiria destruir a corôa, nem mesmo com essa espada. - diz sorrindo e volta a se sentar.
     O que será que ele quis dizer com "nem mesmo com essa espada?" resolvo ignorar isso e sorrio fraco.
    -- E porque não? - pergunto e seu sorriso aumenta, agora um sorriso perverso.
    -- Só três casais de irmãos, entre eles um casal de gêmeos, podem destruir a corôa, e deve ser irmãos que se amam muito, e você esta sozinha. - diz sorrindo.
    Sorrio também o que o deixa confuso, ele nem mesmo percebeu que acabou de me dizer como destruir sua corôa, o ignoro e me viro para a corôa e ele logo esta ao meu lado observendo com cautela.
    Ergo a espada em sua direção como em um comprimento, e a abaixo como se fosse realmente acertar a corôa, mais ao invés de fazer isso, faço um corte no meu pulso, não fundo o suficiente para que eu morra esvaida, e deixo que meu sangue escorra sobre ambas as coroas, o que o deixa curioso.
    -- Eu sou humana, sou deus, e sou primordial. - digo como quem não quer nada. - Meu sangue é de certa maneira sagrado e faz coisas inacreditáveis quando é lançado por vontade própria e com alegria. - digo e o vejo me olhar como que dúvida, dou de ombros e aponto para as coroas, que agora estão idêntica, muito difícil de dizer qual é falsa e qual não é. - Pronto, esta pronto, é só destruirmos a falsa e você desaparece enquanto destruímos Urano. - digo e ele concorda.
    Ele pega as coroas e as analisam bem, pega a sua e a coloca na cabeça.
     -- São idênticas. - diz e eu concordo.
    Ele me entrega a falsa, observo ela bem com o coração palpitando forte no peito, não acredito que meu plano esta dando certo, vim com uma grande dúvida de que isso ia acontecer, mais esta dando certo.
    -- Vai me deixar ir? - pergunto tentando me manter calma.
    Ele me olha com dúvida, e afirma com a cabeça.
    -- Sim, mais não agora. - diz sorrindo perverso. - Iremos conversar primeiro. - diz fazendo sinal para que eu passe a sua frente.
   Não me movo nenhum centímetro e o encaro com as sombracelhas arqueadas.
     -- Que garantia tenho que ira me deixar ir depois? - pergunto e ele me olha com raiva.
    -- Minha palavra oras. - diz me olhando fixamente.
    Rio sinicamente o deixando ainda mais bravo.
    -- Você me odeia, odeia minha família, pode querer me matar pra afetar minha família e se finjir de morto para Urano. - digo a primeira desculpa que me vem a mente.
    Ele bufa irritado.
    -- E o que quer como prova de que não vou mata-la? - pede irritado.
    Finjo pensar pensar por alguns segundos e aponto para a coroa.
    -- Deixe-me mandar a corôa até meu irmão. - digo e o vejo me olhar confuso e desconfiado. - Assim ele saberá que estou viva e não ira se preocupar. - digo a primeira coisa que me vem a mente. - E caso você me mate ele não saberá imediatamente o que dará mais chances na batalha contra Urano, nós, os filhos de Caos, não lidamos bem com a dor. - digo mais firme do que realmente estou.
    Vejo ele pensar por um tempo e confirmar de vagar.
    -- Certo, irei permitir que faça isso. - diz pensativo. - Onde vai colocar para que ele a acha, pois você não ira pessoalmente pois nada me garante que ira voltar. - diz com um sorriso de lado.
    Confirmo lentamente, já é um começo.
    Penso em lugares que ele encontrará e que seja seguro, posso colocar em seu quarto ou na mesa, ninguém a não ser os semideuses da missão podem entrar no Argos 2, mais a outro lugar ainda mais seguro, onde nem Vazio a encontraria novamente, mais Percy e os outros sim.
     -- Sei onde posso colocar. - digo e sorrio pra ele que me olha estranho. - Deixe-me apenas entrar na atmosfera terrestre e eu a coloco no lugar. - peço calmamente.
   Ele me olha e ergue uma sombrancelha.
     -- Diga onde e eu mesmo ponho. - fala com a voz grave.
    Merda, pensa Liah pensa.
     -- Não, se Urano desconfiar de você e ler sua mente poderá a encontrar e a pegar antes que meu irmão, não podemos correr esse risco. - digo e o vejo concordar depois de um tempo.
    Respiro aliviado pensando em como um primordial pode ser tão burro, só olhando o que esta em sua frente, se Urano desconfiar dele e ler sua mente saberá que a coroa é falsa e não se importará com ela, mais ele esta tão surpreso com minha presença nesse lugar e de boa vontade que nem mesmo esta pensando no resto, a surpresa faz coisas inacreditáveis até mesmo em seres super poderosos.
    Ele segura meu braço novamente, dessa vez mais fraco, e nos teletransporta para a terra, onde mando a corôa para o sinto de Leo, onde sei que estará seguro e logo será encontrada.
    -- Pronto, digo e me viro, sobre o que quer conversar? - pergunto com um sorriso de deboche.
    Ele me olha de forma estranha e derrepente tira sua corôa e a olha fixamente, só percebendo agora, depois que mandei a outra até os outros, que a sua é a falsa, e que a que foi enviada a verdadeira.
     -- Garota insignificante, não devia ter confiado em você. - diz com a voz embargada repleta de raiva e dor? - Pensei que poderia confiar em você, mais é uma traidora. - diz e toda a dor que pensei ter sentido some e ele da um sorriso forçado. - Eu irei cair garota, mais você. - fala segurando meu pescoço com força, acho que agora é minha hora de morrer. - Você receberá algo pior que a morte. - diz e sinto uma dor forte no rosto.
    Um chicote, um chicote flutuante me bateu e esta doendo e sei que muitas outras chicotadas estarão por vir.

  Oiii gente, espero que gostem e desculpa pelos erros.
    Estou sem NET então não seu quando volto a atualizar, peço paciência a todos e obrigado por acompanharem a historiaBye. ❤

Os Filhos De Caos.(Percy Jackson)Onde histórias criam vida. Descubra agora