DEBILITADO - Livro 1 [COMPLETO] - Trilogia dos irmãos Amâncio

34 - MISTÉRIO DOS IRMÃOS - PARTE 1

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Já estamos recuperados?? Ah, é claro que não, e aposto que nem nossos heróis estão! Vamos conferir:

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O tempo... O que importa o tempo?

Na verdade, ele é uma ilusão... O passado não existe, o futuro é relativo. Tudo o que temos é o presente.

O presente pode ser ruim, pode ser bom, ou pode até ser mais do que esses reles sentimentos. Havia o momento em que eles se confrontavam e, o que para alguns é bom, para outros pode não ser e assim vice-e-versa.

O que quero dizer é que eu queria viver aquele momento; queria parar naquele momento, não mais sair dele. Não importava tudo o que acontecia ao nosso redor... Não importava o que poderiam dizer... Eu queria estar exatamente ali... Para sempre!

Obviamente não me atentei ao tempo e, como podem perceber, eu não mais me importava com ele. Adriel me afastou delicadamente e eu sussurrei o seu nome enquanto o fitava, ainda em êxtase:

- Adriel...

Ele por sua vez apertou os olhos e abaixou a cabeça. O chamei, mais alto desta vez:

- Adriel!

Ele levantou a cabeça e se virou, sem olhar para mim. Foi de um modo mais baixo do que de costume que ele falou:

- Precisamos ir.

Embora tivesse passado pelo momento mais belo da minha vida, eu não conseguia deixar de questionar para mim mesma: O que, afinal, estava acontecendo?

Ao invés d'eu interpela-lo, algo me freava, naquele momento eu não conseguia. Tudo o que podia fazer era repetir o seu nome:

- Adriel?

Notoriamente não reparei no percurso que fazíamos, nem na velocidade, embora soubesse que Adriel não andava muito rápido, afinal, ele poderia tropeçar. Mas, realmente não reparei quando chegamos a recepção da academia.

Adriel não havia falado nada, nem me encarava. Mas, eu conseguia contemplá-lo de perfil e ele não parecia indiferente ao que havia acontecido. E tinha como estar? Tentei lhe falar:

- Adriel...

- Hey Adriel, finalmente você chegou! – Alguém interrompera.

Mas quem era aquele sujeito de touca?

Adriel não o respondeu, então, ele continuou:

- Daniel estava aflito te esperando... Haja tanta proteção, hein?

Ele falava de forma divertida, próximo a Adriel. Este, por sua vez, apenas o olhou de canto, parecendo um pouco irritado.

Eu ainda estava um pouco zonza, mas decidi me intrometer naquela conversa amigável provida de um único lado. Eu ainda não estava raciocinando direito.

- Ah oi, eu sou a Estela e...

- Ah é claro! – Cortando-me novamente, exclamou, batendo a mão na touca. – Desculpe não me apresentar, eu sou o Natiel, seu fiel escravo.

Ele se curvou, de frente a mim, como um cavaleiro medieval diante da realeza. Até que era divertido. Deixei escapar um riso.

Não pude deixar de reparar no olhar furioso que Adriel direcionou a Natiel, o irmão do meio. Ele pareceu não se incomodar e, se virando para ele, se pôs a gritar por Daniel.

Natiel se afastou um pouco, ainda gritando pelo irmão mais novo, quando Adriel me falou quase sussurrando:

- É melhor você ir Estela. Sua tia deve estar preocupada.

Minha tia?

Minha mente estalou!

Adriel parecia saber muito mais de mim do que eu sabia dele. E mais, eu tinha uma sensação esquisita na presença dos irmãos dele, afinal, eles também pareciam me conhecer.

- Me diga Adriel, eu preciso saber: o que aconteceu? O que está acontecendo?

Pela primeira vez, desde o primoroso beijo, Adriel olhou para mim.

- Você irá saber... Nós iremos conversar... Mas, hoje, não dá!

- Quando então?

- Eu te aviso.

Nossa conversa particular foi encerrada. Adriel olhou, antes de mim que ainda estava aturdida e o coração acelerado, para os irmãos que se aproximavam.

Vi Natiel agarrar o mais novo pelo pescoço e afagar vigorosamente os cabelos deste. Embora tudo o que acontecia, eles pareciam estar em um bom momento. Era tudo o que eu queria acreditar! Na alegria deles eu queria me apegar. Agora eu estava envolvida... Muito envolvida!

- E.eu estou indo, então... – Gaguejei nervosa outra vez.

- Oi Estela! – Acenou Daniel, se aproximando.

- Como vai? – Falei, ainda vexada.

Ele riu balançando a cabeça.

- Até então, e...

- Espere! – Falou Daniel diminuindo o riso. – Tem uma pessoa aqui que precisa falar com você.

Congelei, será que...

- Jadir te espera lá na sala de musculação – falou, interrompendo minhas conspirações e devaneios.

Jadir? Claro! Eu havia me esquecido completamente...

Assenti e acenei para eles em despedida. Daniel e Natiel riam e Adriel parecia que iria se irritar.

Eu dei alguns passos, mas logo me virei. Reparei que eles seguiam para o estacionamento.

Meu coração estava apertado. Eu não queria mais me afastar, porém, o que eu podia fazer?

Ainda os vendo vi quando Adriel se desvencilhou dos dois irmãos e, antes de passar pela porta de saída, ele se virou e olhou para mim. Ele parecia compartilhar a mesma aflição que eu. Estava com os olhos comprimidos, pareciam tristes. Levei as mãos para próximo do meu coração e deixei uma lágrima cair. Ele se foi...

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E o que falar dessa etapa de quartas-de-final desta história? 

Mistérios rondam a vida dos nossos queridos irmãos e, Adriel, especificamente, ainda tem muito para nos contar. O que ele tanto guarda? O que ele tanto teme? O que ele tanto espera? Vamos conferir tudo junto a Estela que, além de todo esse turbilhão emocional, ainda terá de lidar com os amigos da piscina e ajudá-los com seus próprios problemas.  Isso não será de todo ruim para ela, até porque, todos eles tinham, têm, ou terão envolvimento com o seu amado Adriel. 

Provavelmente voltarei apenas semana que vem, mas estarei conferindo vossos recados, anseios e expectativas. 

Obrigada por tudo amados leitores!!! ;)