47 - EIS O MEU DESTINO

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Estamos a 5 capítulos do fim dessa primeira etapa! 

Senhores, foi muito bom conviver com vocês e... Ah, ainda teremos muito para desfrutar!!! Surpresas mais nos aguardarão! Enquanto isso, confiram esse dramático capítulo:

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Corri o mais rápido que pude. Um turbilhão de emoções tomava conta de mim e eu me sentia mais viva do que jamais estive.

Eu sei, não seria nada fácil... Eu poderia desanuviar... Seria bem mais fácil não me importar. Mas algo em mim insistia em continuar. Algo em mim insistia que eu devia com ele ficar e o preço por isso pagar. Era o meu destino! Era a minha vida!

Por muito passei até aqui, desviando da rotina que eu criara para mim, deixando a precisão do tempo de lado, enfrentando obstáculos, enxurradas, tufões, morte de uma amiga que, apesar de ter partido, parecia não se cansar em tentar nos ajudar.

O que eu diria para mim mesma se eu pudesse voltar no tempo? Voltar para o momento em que eu havia acabado de chegar à cidade com ânimo e foco? Quando pensei que faria alguma atividade física e que, indiretamente, se tornaria tão importante e seria tão decisiva para mim? Eu teria continuado? Pausei o pensamento, mas logo tive a certeza: "Sim, eu teria! ".

E foi desviando de vários obstáculos como greve de operários, filas que ocupavam as calçadas em casas de câmbio, bancos, lotéricas, pois estavam prestes a se fechar. Trânsitos intermináveis de automóveis mesmo em ruas, não apenas em avenidas. E estava prestes a chover... Mas, o que poderia me parar? Eu enfrentaria ventos, marés e tempestades, era um preço baixo a se pagar.

Porém, de repente, tudo mudou. Antes eu estava brigando contra o vento, agora ele estava a meu favor. Era como se ele percebesse minha firme decisão e soubesse que seria inútil continuar nesse braço de ferro. Também vi a minha frente livre, independente dos lados, naquele momento. A vida estava me mostrando o caminho e apoiando o meu destino.

No entanto estaquei em uma grande barreira ao chegar no hospital.

– Não estamos em horário de visita. Volte daqui cinco horas! – Informou-me uma moça na recepção.

Ah, o tempo! A barreira era ele, sempre tão cruel, tão vil, nada perdoador.... Querem saber? Pois a favas com ele!!! Estava na hora de mostrar ao tão pesaroso tempo quem mandava!

Olhei firme para a moça, quase com raiva, que havia me direcionado a palavra, mas ela logo desviou o olhar se atentando a qualquer outra tarefa. Eu sabia o que tinha que fazer. Deu certo na academia uma vez e eu não tinha o que perder ali.

Levei a mão ao estômago, me retraindo, e desmaiei.

***

Temi que se dessem conta da atuação, mas, consegui o passe. Rapidamente me colocaram em uma maca e me levaram por um longo corredor. Eu não consegui ver por onde ia, pois mantinha os olhos bem fechados.

Fizeram como pensei. Ainda que, no fundo, pudessem desconfiar de algo, eles não arriscariam um processo ou, pior, um escândalo da imprensa por não terem atendido alguém que passara mal aos olhos de tantas pessoas que estavam aguardando ali naquele dia.

Deixaram-me num local e arrisquei abrir um olho.

Era um quarto minúsculo que, embora não tivesse qualquer pessoa ali dentro, muitas perambulavam nos corredores. Logo alguém, um auxiliar de enfermagem talvez, se aproximou e fechei o olho rapidamente. Ele esticou o meu braço e senti as pancadinhas com a mão enluvada em minha articulação do cotovelo. Não consegui ver se era homem ou mulher, apenas havia observado o vulto do jaleco.

DEBILITADO - Livro 1 [COMPLETO] - Trilogia dos irmãos AmâncioWhere stories live. Discover now