As regras da casa

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- Pra começar vou explicar para vocês as regras básicas e a rotina que terão. - ele já não gritava tanto quanto antes, mas sua voz rouca ainda era firme e forte. - Temos cinco dormitório e vinte homens, logo cada quarto será ocupado por quatro homens. Escolham bem seus parceiros de quarto, porque não vão poder trocar.
Toda manhã eu vou de quarto em quarto acordar vocês. E é bom que saibam que eu não costumo ser gentil.
Após acordarem terão que arrumar suas camas. Não quero bagunça nos quartos! Depois disso vocês podem ir pro refeitório tomar seu café da manhã, após isso teremos nossa corrida matinal, correremos por toda a base, depois vamos fazer um treinamento. Não sei se prestaram atenção, mas pelos lugares que passaram tinham alguns equipamentos para que os treinamentos pudessem ser realizados. Em outras bases temos algumas coisas mais modernas, mas eu acredito que o melhor jeito de se aprender seja do jeito antigo, que foi como eu aprendi. Após treinarmos vocês terão o horário de almoço seguido pelo horário livre, na qual vocês poderão relaxar e descontrair. Temos uma piscina, churrasqueira e um lago que vocês podem usar pra passar o tempo livre, aqui não é uma prisão como a maioria deve pensar. Mas o horário é restrito. - O jeito que ele falou com a rouquidão daquela voz fez Louis estremecer. - após o horário livre teremos um horário reservado só pra malhação. Você podem ir pra academia, onde lá os equipamentos são modernos. Ou podem treinar do lado de fora dela, onde há algumas armações próprias para que possam treinar de maneira correta e em segurança. Depois disso vocês seguem novamente para o refeitório - apontou para a casa que grande atrás dos dormitórios. - e tomar um lanche da tarde. A dieta de vocês já está preparada. Após isso teremos mais um treinamento e logo após o jantar.
Teremos essa rotina de segunda a sábado, domingo será o dia em que vocês poderão descansar. Eu sou o responsável por vocês. Então qualquer coisa que acontecer terão de se reportar à mim.
E mais uma coisa, todos estamos aqui no mesmo objetivo, - falava pausadamente. Sua voz soava nos ouvidos dos soldados e se marcava lá - todos temos os mesmos propósitos - olhava bem fundo no olho de cada um lá, seguindo a ordem da fila. Louis agradeceu mentalmente por ser um dos últimos - proteger nosso país. Nós somos uma equipe. Trabalhamos em conjunto. Vocês precisam confiar e passar confiança. Precisão ser unidos.
E do mesmo modo que isso não é uma prisão, também não é uma colônia de férias. Haverão castigos pra quem ousar ir contra os regulamentos. Opressão, bullying e ou comentários sobre seus colegas é contra o regulamento. Desobedecer seu Marechal - apontou pra si - e ou qualquer outro superior - apontou para Matthew e Jade - é contra o regulamento. Não seguir a rotina corretamente é contra o regulamento, vocês precisam de ordem, precisam saber se organizarem e seguir as regras que são dadas. Isso será importante em caso de combate, e poderá decidir entre a vida é a morte. Tentar sair da base sem permissão será encarado como traição, recebendo o pior castigo, pena de morte. - Harry mantinha sua expressão séria, com o maxilar travado e sobrancelhas juntas. Seu tom de voz não falhou uma vez ou alterou sequer uma nota. Manteu-se firme, rouco. As palavras entrando no ouvido dos soldados e ficando marcadas em sua memória. - Fui claro? - sua voz já é alta de novo. Um grito. Que assustou todos ali. - Desculpem, acho que estou surdo. Eu perguntei se Eu fui claro? - gritou novamente as últimas palavras ouvindo um sim em uníssono de todos ali. - Ótimo! Então, podemos começar nossa caminhada pela base. - Sua voz tinha um tom menos repreensível.

Eles começaram a seguir Harry. A fila já estava desfeita. Louis manteu um certa distância de seu Marechal mas tomou cuidado de quem chegava perto. Somente Niall se aproximou.

- Ele é bom com palavras. - referiu-se ao discurso dado por Harry. Louis apenas acenou com a cabeça mordendo o lábio inferior.

Louis era tímido, estar num lugar cheio de caras maiores e mais fortes que ele e sentir pesar o olhar de alguns sobre ele como se fosse um pedaço de carne, não estava ajudando muito. Porém ele não ficou os encarando, mal conseguia ver seus rostos, só ficava com a cabeça baixa e prestando atenção onde iam. Ele se sentia indefeso. A única coisa que queria era voltar pra casa.

War is LoveWhere stories live. Discover now