Capítulo 2

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Obra em fase de revisão. Desculpem se houverem erros.

Luiza levantou mais cedo naquela quarta feira, estava angustiada e um nó havia se formado em sua garganta.

Faltavam apenas dois dias para a formatura e já estava quase tudo certo, não podia dar errado. Deus, seus planos não podiam dar errado de forma alguma! Foi ao banheiro fazendo uma petição a Ele, pedindo que sua suspeita não se confirmasse, que acontecesse um milagre e que ela não estivesse grávida, ela não podia estar. Com tristeza constatou o que no fundo ela já sabia, mas queria evitar, sua menstruação não havia descido e não havia nem sinal dela. Nada de cólicas, nem inchaço, nem mesmo corrimento. Já faziam 20 dias que estava atrasada, para piorar a situação sua pressão as vezes caia, e aquele enjôo não passava.

Foi à farmácia e comprou um teste de gravidez.

Suas mãos estavam trêmulas e suadas, fez o teste. Deus, faça um milagre. Faça dar negativo!, pensou, em menos tempo que o indicado no rótulo ela já tinha o resultado, apenas confirmando novamente o que já sabia. No teste apareceu duas linhas rosas. Duas linhas. Isso sugeria que a vida de Luiza poderia e iria desmoronar, uma gravidez indesejada. Sua cabeça girou a deixando tonta, lágrimas começaram a rolar por sua face e ela soltou o teste que caiu pesadamente no chão do banheiro.

Agora tinha certeza, sua vida estava a um fio de ser arruinada. Mas ainda restava uma única saída, um único jeito de não ser a vergonha da família; pegou o telefone no mesmo instante, ainda abalada pelo susto e ligou para a primeira pessoa que estava na sua lista de chamada: Cadu. Ele atendeu no terceiro toque.

-Cadu? -ela disse com voz tremula.

-Oi Luiza, ia te ligar mais tarde -ele atendeu com uma voz rouca, que não fosse pelo desespero de Luiza, ela teria imaginado ele só de cueca e com o rosto amassado - Meu amor, ainda é muito cedo, aconteceu alguma coisa? Você está bem?

-Não Cadu, eu não estou nada bem... -Luiza começa a soluçar.

-O que houve Luiza. Fala pra mim... -ele começa a dizer com a voz ainda rouca, mas preocupado.

-Eu tô grávida Cadu! - Luiza não o deixa terminar.

Essas palavras foram como um soco no estômago dele, e ecoaram na sua cabeça. Fez-se um longo silêncio enquanto Cadu tentava assimilar aquelas palavras.

-Cadu, fala alguma coisa, qualquer coisa, me xinga, fala qualquer coisa, mas não me deixe falando sozinha...

-Luiza, isso que você tá falando é sério? Porque eu acho que não é! Você sabe quem eu sou, e sabe que ser pai não está nos meus planos! -Cadu disse rudemente.

-Não posso fazer mais nada... Se... se eu disser que estou brincando, aí sim estaria mentindo. - a voz de Luiza era baixa, quase um sussurro - Droga Cadu! Estou sozinha cara, tem um bebê crescendo dentro de mim, sem eu pedir, sem eu querer... -mais soluços.

-Esse bebê nem é meu, por que você tá me ligando? E se for, você sabe muito bem o que irá fazer... Você não é tão ingênua assim, muito menos uma santa, conhece vários medicamentos que podem acabar com isso e...

-Você tá ficando maluco Cadu? Primeiro, esse filho não ser seu? -Luiza o interrompe histérica -Você é um completo idiota, com ou sem a nossa vontade, tem uma vida crescendo e se desenvolvendo aqui, UMA VIDA Cadu! E você quer acabar com ela? Você quer que eu mate um ser inocente?

-Luiza, isso é um feto, não é um bebê! - ele ri irônico - Você está blefando se acha que eu vou assumir qualquer responsabilidade sobre você e qualquer coisa que esteja aí dentro!

Para Sempre, Amor (revisando)Where stories live. Discover now