Capítulo 22

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***Bom, amores, agora o livro caminha para o fim, espero que não queiram me matar por qualquer coisa que possa conhecer neste capítulo ou nos próximos a seguir!***

-Oh, isso é mesmo uma ameaça? - Débrah olha profundamente nos olhos de Luiza, que sente um forte impulso de desviar o olhar, mas continuou impassível. Débrah bateu palmas. - Bravo! É de admirar que teatrinho lindo você está fazendo. Como consegue fingir tão bem? Como consegue se fazer de forte, quando sabe que caminha para a morte? - Débrah solta outra bofetada no rosto de Luiza, mais forte que o primeiro. Escorre um pouco de sangue no canto da boca dela.

- Pela minha filha, eu mato qualquer um! - a voz de Luiza tinha uma tonalidade baixa e grave, como se ela não estivesse de brincadeira. E não estava.

- Viu, Cadu? Você fez uma filha em uma selvagem... Logo teremos nosso filho. Assim que eu descartar essa coisinha -se referiu a Luiza - Vamos programar um filho. Um filho que não vai ser bastardo, mas que vai ter pai e mãe presente. Vou deixar vocês dois a sós, para se despedirem. Não se esqueçam que qualquer gracinha... -Débrah passa seu dedo indicador em seu próprio pescoço, e sai desfilando da sala. Luiza sente um calafrio.

Cadu se aproxima de Luiza se arrastando aos poucos, e com bastante dificuldade chegou bem perto sussurrou.

- Eu vou tirar a gente daqui, Luiza. Eu vou. Nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida.

- Eu não acredito mais em você, seu canalha. Graças a você, eu estou aqui. Graças a você, minha filha está em um orfanato.

- Me perdoe por tudo... mas você não sabe de nada. Você não entende e você não a conhece. Débrah, ela é doente. Peço mil perdões por tudo o que te fiz até o momento do acidente, mas depois, depois as coisas não estavam mais sob meu comando. Luiza. O jogo se inverteu.

- Não quero ouvir esse discurso tolo não. Não quero mais ouvir uma só palavra que saia da sua boca, por mais que meu coração doa por isso.  Não confio mais em você. Te dei meu coração duas vezes, e nas duas você o partiu.

- Luiza, peço que me ouça. Por favor. Débrah conseguiu os papéis para ser minha cuidadora, como sou incapaz. Meus pais ajudaram nisso. Nem mesmo eles sabem disso tudo, não sabiam o que ela faria comigo.

- Como se você não tivesse ido com ela por sua própria vontade... - Luiza deu um sorriso amargo.

- Não. Não foi bem assim. Você tinha me abandonado, pensei que não quisesse mais me ver... Então eu...

- E então, você foi correndo para os braços da sua ruivinha! Cale a boca e me poupe!

- Você vai me ouvir, Luiza. Você vai.

-Já disse que não quero. - Luiza diz um pouco alto de mais, e Cadu olha para os homens que os vigiavam de longe.

"Parece que a ex-namoradinha está meio stressada..." - ouviram de um dos homens ao longe, seguido por risadas muito desagradáveis.

- Então, Débrah foi me visitar, disse que eu passaria uma temporada com ela, e que logo eu iria para a casa de meus pais. Mas era mentira. Ela os manipulou... tentei falar com eles, mas ela tinha total controle sobre mim e meus atos. Tentei falar com você, mas a única oportunidade que tive, você desligou na minha cara. Tinha uma enfermeira que ficava 24 horas por dia me vigiando.

- O que me faz acreditar nessa baboseira toda?

- Luiza, ela me abusava. Me batia. Disse que eu ficaria com ela por bem ou por mau, disse que provaria que ela era tão boa quanto você. Desde que terminamos, ela ficou doente. Débrah não era essa pessoa tão má. Ela era patricinha e tudo, mas não má.

- Ótimo, já está defendendo sua noiva.

- Noiva? Você acreditou mesmo nisso? Terminamos nosso noivado no tempo que te falei. Ela só disse aquilo para te tirar da jogada. Débrah precisa de tratamento. Ela quis ser você. Me perguntava chorando o que você tinha que ela não tinha. -Cadu respirou pesadamente - Ela comprou perucas da cor de seus cabelos, usava óculos, tentou usar o seu estilo de roupas. Luiza, ela está maluca. Ela sabe tudo sobre você, ela tem um caderno com tudo sobre você, foi lá que peguei seu número, sabe o número da casa, até seus documentos. Tudo.

- Isso que você está me falando é sério? -Luiza estava assombrada.

- Sim Luiza. Ela me dopava, dava drogas para eu ter ereçoes e abusava de mim, depois me machucava porque eu não sentia atração por ela, mas eu tinha medo. Eu tenho medo. Falou que ia me fazer voltar a andar o mais rápido possível para eu saber que ela faria tudo por mim. Gastou fortunas com tratamentos. Ela queria que eu entendesse que ela era minha única alternativa. Me deu esgotamento nos músculos de tanto serem incentivados.

- Mas ao menos surtiram resultados. Resultados tão rápidos que custo a acreditar. Eu... eu custo acreditar em tudo Cadu. Custo acreditar em você. Você me pois aqui. Você é o culpado de tudo isso!

- Não quero me vitimizar, só quero que você saiba com quem está se metendo. E sua única opção é acreditar em mim, é confiar. É isso, ou...

- Morrer... - Luiza o corta, sentindo o impacto dessa palavra.

- Confie em mim dessa vez, apenas mais essa vez, e não vai se decepcionar. Vou tirar você dessa. Nem que custe a minha vida!

Luiza ficou ressabiada, mas não tinha muitas opções.

- E como pretende fazer isso?

- Eu ainda não sei bem... eu, eu trouxe uma lâmina - Cadu elevou os olhos para se certificar de que os homens não os ouviam - Eu a escondi no cós de minha calça. Ela é pequena, mas muito afiada. Pretendo te soltar pouco antes do raiar do dia. Tenho certeza de que esses homens vão dormir. Não sei que horas, mas vão. E estão você sai. Foge. Vai para o mais longe que você conseguir. Fuja, procure por ajuda, e o quanto antes, procure nossa filha. Sei que ela não a levou para fora do país. Sinto isso. Mas quero que prometa que vai encontra-la.

- Vou onde for necessário, por minha filha. Por ela, viro até assassina, Cadu. E essa Débrah, ela vai pagar por tudo.

- Eu sei que você vai. Sei que consegue encontrar nossa filha. Você não confia em mim, mas eu confio em você.

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Beijos amores! ♡

Para Sempre, Amor (revisando)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant