Capítulo 15

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Chegaram na entrada da grande casa e Laura logo pergunta:

-Nossa mamãe, o tio Felipe mora nessa casona? - ela fica admirada.

-Sim meu amor, e lá dentro é muito mais bonito! - Luiza estaciona o carro e desce a pequena.

-E se ele não gostar de mim?

-Meu amor, não tem como não gostar de você! - Luiza diz rindo da forma que Laura diz isso, tão pequena e já preocupada com a aceitação dos outros. Passa as mãos pelos cabelos dela e diz: - Tenho certeza que ele vai te amar, igual a mamãe te ama. -beija o topo da cabeça de Laura. - Vamos?

Quando entram na casa, são logo recebidas por abraços carinhosos, e Felipe por sua vez, logo de cara se apaixona pelo jeitinho meigo e esperteza de Laurinha, e ela também gosta muito dele.

Laura já não falava mais em seu pai, conhece-lo foi uma experiência mais traumática que feliz, e Luiza fazia de tudo para que ela se esquecesse do evento, o que era difícil, mas como a pequena era uma garotinha muito compreensiva, entendeu que sua mãe não gostava muito que ela falasse de seu pai.

Luiza ficou muito contente por Felipe e Laura terem se dado bem, os dois brincaram muito, e até presente Felipe deu à ela. Luiza estava muito feliz, mas não poderia deixar de estar intrigada, foi muito recente o que aconteceu entre ela e Cadu, e além do mais, ele foi seu primeiro homem e pai de sua filha. Ela sentia que aquele fantasma sempre a perseguiria.

Luiza estava muito agoniada pela ligação, e várias perguntas rodeavam sua cabeça, como "O que ele queria?" ou "Quem passou meu número para ele?", e o pior de tudo, era que ele tinha plena certeza de que Laura era sua filha, e agora que sabia onde elas moravam, poderia reinvidicar seus direitos como pai, e isso a preocupava muito. Não sabia como era a Débrah, e no caso de Cadu ir à justiça, provavelmente conseguiria a guarda compartilhada, e temia muito isso.

Luiza acabou ficando a maior parte do tempo calada, com seu coração apertado. Olhava para sua filha brincando, não queria ter que ficar uma semana, ou até quinze dias longe dela. Jamais imaginou algo assim.

Luiza solta um suspiro carregado de más sensações, e isso chama muito a atenção de Laura e também de Felipe.

-O que a sua mãe tem, Laurinha?

-Não sei, ela ficou assim depois que o senhor ligou pa ela. - Laura diz, erguendo os ombros.

-Depois que eu liguei? - Felipe não havia ligado para Luiza naquele dia, até tinha ligado, mas o telefone deu ocupado. Tinha que saber o que estava acontecendo, quem havia ligado para ela. Luiza nunca fora tão quieta antes, e isso o preocupou. -Posso falar com ela? Olha, - apontou para sua funcionária - chame Socorro para brincar, enquanto eu converso com sua mamãe, OK? - Laura apenas assente, estava muito interessada nos dominós que ela nem conseguia jogar direito.

Felipe se levanta do chão, onde estavam brincando, vai até Luiza, que olhava pela janela, distraída. Beijou seu pescoço e a abraçou pelas costas.

- Podemos conversar, meu amor? -Felipe diz e Luiza fica desconfiada -Você só está muito calada, estou preocupado com isso. Laura me disse que você ficou assim depois que eu te liguei, mas sabemos que eu não te liguei hoje. - Luiza se vira para ele.

- É, eu acho que temos mesmo que conversar... Eu só não sei como você vai reagir a isso, e esse é mais um motivo para minha preocupação.

-Não podemos saber disso, antes de você me contar. - Felipe diz dá um beijo na testa de Luiza. Ele tinha o dom de a confortar.

Se certificaram se Laura não ficaria triste por ficar na sala, e a mesma deixou claro que não, ela e Socorro estavam se dando muito bem, e ela ainda disse que sabia que crianças não podem participar de conversa de adultos, o que provocou um ataque de riso em Luiza e Felipe, o que ajudou a amenizar o clima tenso.

Para Sempre, Amor (revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora