Capítulo 13

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Luiza acorda meio desnorteada, sem saber onde estava.

Sentia uma terrível dor de cabeça e seu estômago revirava. Devia ter bebido demais na noite anterior. E o pior, não se lembrava de muita coisa.

Deu uma olhada para o quarto, um lugar muito bonito, um quadro medieval pendurado na parede à sua frente, ela pensou que queria um quadro como aquele e se perfintou por que ainda não tinha um assim, todas as paredes eram pintadas de um tom pastel, mas definitivamente, aquela não era sua casa. Olhou para seu lado da cama e tomou o maior susto de sua vida, ali estava um homem de cabelos castanhos, bagunçados, ele parecia frequentar academia, a dizer pelos grandes músculos em suas largas costas e espalhados por seus braços, estava nu da cintura para cima deitado de bruços com os braços por baixo do travesseiro caro, deu uma levantada no lençol que o cobria, e o susto conseguiu ser maior, ele estava mesmo nu. Completamente nu. Instintivamente cobriu seus seios com os lençóis, e foi aí que o susto foi ainda maior, ela também estava nua. Completamente nua.

"Droga Luiza, o que você foi fazer?! Melhor, o que será que eu fiz?" , pensou.

Levantou-se bem devagar para não acordar o sujeito a seu lado, deu a volta na cama e olhou bem para o rosto dele. Levou a mão à boca quando lembrou-se de algumas coisas da noite anterior. Dormira com Felipe, um colega de faculdade. Sentiu seu rosto queimar ao se lembrar de detalhes da noite quente que tiveram.

Reparou no rosto liso, sem nenhum vestígio de barba, e cara amassada pela posição que dormia. Felipe parecia mais bonito do que se lembrava. Muito bonito mesmo. Ficou ali reparando e admirando o homem lindo que ele se tornou até que seus olhos se abriram e Luiza tomou outro susto, maior ainda, os dois pularam com o grito agudo que ela soltara.

-Bom dia também! - Felipe diz sorrindo e coçando a cabeça de forma muito sexy. Luiza ficou o encarando, sorriso dele também não era tão bonito e simétrico antes, mas agora seu sorriso estava tão perfeito que Luiza quis beijar aquela boca. Quando Felipe sorria, seus olhos ficavam meio cerrados e apareciam covinhas em suas bochechas. Ele definitivamente não parecia perto dos trinta anos, mas sim aos vinte. - Ei, tá tudo bem? Você parece estar em outra dimensão... - foi então que ela percebeu que estava de boca aberta e segurando o ar.

-Ah, desculpe... eu... Eu preciso ir, minha filha está me esperando! - Luiza diz vestindo suas roupas apressadamente.

- Você tem uma filha? - Felipe fica surpreso pela confissão.

- Sim, ela tem quatro anos. Se chama Laura Sophie. - Luiza fechou a boca horrorizada por estar contando detalhes de sua vida pessoal para alguém que fazem mais de quatro anos que não via. - Eu só posso estar maluca mesmo! - disse para si própria, mas falou alto demais. "Droga, Luiza! Raciocina!"

-Oi? Você tá bem?

- Sim, claro, eu... preciso mesmo ir...

- Me passa seu telefone? - Felipe pergunta e Luiza logo passa.

"O que é isso, Luiza? Primeiro fala de sua filha, depois vai passando seu número assim? Ele pode ter se tornado um assassino! Um assassino muito bonito, convenhamos... FOCO LUIZA!" Ela pensava.

- Preciso mesmo ir! - correu em direção a primeira porta que encontrou.

- Banheiro! Saída à sua esquerda.

- Claro, desculpe. Ah... Tchau! -Luiza sai do quarto se deparando com uma enorme casa, muito luxuosa. "Pronto, se não encontrei a saída do quarto, vou achar a da casa?! Merda!"

Voltou ao quarto após vagar pela casa sem encontrar uma direção. Por pouco não se perde. Dá três batidas na porta. - Felipe? Sou eu, Luiza.

-Claro! Entre. -Luiza entra parecendo um pimentão de tão vermelha. Felipe já vestia uma calça jeans que caia perfeitamente nos seus quadris, de forma a mostrar a barra de sua cueca. "Foca, Luiza! Você não é mais uma adolescente com os hormônios à flor da pele... mas ele precisava ser tão bonito?"

-É... Eu estava pensando, poderia me contar mais sobre você, já que na noite passada não tivemos muito tempo para conversar... - Luiza diz e já se sente constrangida pela noite que tiveram. - E também me levar até a porta.

-Não encontrou a porta? - ele ri - Foi bom que voltou, queria mesmo conversar mais com você! - Felipe diz e sorri. Aquele mesmo sorriso que deixara Luiza boba. E mais uma vez, boquiaberta.

Caminharam até a sala de estar conversando.

-Sente-se um pouco.

-Minha filha, eu preciso vê-la.

-Ela com certeza deve estar em boas mãos, você sempre foi muito responsável, não acredito que a idade tenha te tirado essa virtude, mas sim acrescentado mais. - Felipe diz, fazendo Luiza corar novamente.

-Talvez eu fique um pouco, mas vou ligar para me certificar de que está tudo certo.

Luiza liga e conversa com Sophie que já estava bem mais animada do que no dia anterior, e ouvi-la feliz descarregou metade do peso em suas costas. Aquela vozinha sapeca fez com que ela se sentisse muito feliz.

-É, parece que vou ficar mais uns minutos.

-Ótimo! Aceita algo para beber?

-Água, por favor. Não tenho o costume de beber, e estou com uma baita dor de cabeça.

-Entendo. Eu disse, você sempre foi muito responsável. - Felipe diz se virando em direção à copa, deixando Luiza mais uma vez maravilhada com sua musculatura, suas costas levemente arranhadas, a fazendo lembrar dos detalhes mais sórdidos daquela noite. - Sabe Luisa - ela se força a sair de suas lembranças para dar atenção a ele que lhe entregava um copo com água e analgésicos para a dor de cabeça - Não sei se você se lembra, mas eu era completamente apaixonado por você! - Felipe ri, passando as mãos nos cabelos antes de sentar-se do seu lado, provocando arrepios pela proximidade - Mas você nunca me deu moral... Peguei só uma garota da faculdade, na esperança que você olharia para mim. E olha só, mais de quatro anos depois você me olhou. Coincidência não?

-Isso é sério? Nunca imaginei... A gente quase não conversava, nem nada. - Luiza fica surpresa

-Claro, você sempre dando moral para aquele Carlos! - Luiza sente um golpe no estômago, sua ferida ainda estava muito recente -Aliás, você sabia que ele não está mais exercendo?

-Fiquei sabendo...

-Mas, vamos conversar sobre algo mais importante, - Felipe parece notar o desconforto na expressão de Luiza -Nunca fui com a cara dele mesmo! Mas vamos conversar sobre algo mais interessante - Felipe diz e se aproxima mais de Luiza, fazendo-a corar pela entonação que ele usou para falar  -Vamos conversar sobre nós e a noite passada... - ele diz no ouvido de Luiza, coloca a mão no pescoço dela e a acaricia descendo até sua clavícula. Luiza fecha os olhos em resposta. Fazia tanto tempo, desde a ultima vez e que esteve com Cadu, e esteve apenas com ele, agora a sensação se ser tocada por outro homem era fascinante, enlouquecedora. Seu corpo gritava por mais toques como aquele, e como se lesse seus pensamentos, Felipe a puxou segurando firme contra seu corpo, a beijando e enchendo-a de carícias. A pegou no colo e levou novamente para o quarto.

- Você vai ser minha! - ele sussurra para ela ao fechar a porta à suas costas.

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Amores, espero que tenham gostado do capítulo, fiz com muito amor e carinho para vocês!
Esse livro é de classificação livre, por tanto, não terão senas obscenas.
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Para Sempre, Amor (revisando)Where stories live. Discover now