Capítulo 3

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Obra em processo de revisão.

Luiza não se lembrava de quando havia chorado tanto na vida, mas na manhã do dia seguinte se levantou com toda a força e garra. Estava determinada a seguir em frente, sem nem olhar para trás, sentou-se na cadeira de frente para o computador, pôs os óculos e pesquisou "enxoval unissex para bebês", começaria naquele dia a planejar sua futura vida de mãe.

Fez uma consulta com uma ginecologista amiga dela e deu início em seu pré-natal. Fez diversos tipos de exames, inclusive uma ultrassonografia, que tirou toda e qualquer dúvida com relação a ter ou não o bebê.

-Bom Luiza, pelo exame, você está com 13 semanas de gestação. -disse o médico.

-Isso tudo, já? -diz surpresa -E está tudo bem com ele? -Luiza pergunta emocionada, ela não sabia o qie fazer ou o que dizer, apenas estava extasiada com aquele minúsculo ser naquela telinha, ao ver o seu bebê, tão pequeno ali dentro, tão lindo!

-Ele está ótimo, quanto a isso não precisa se preocupar, tem um tamanho ótimo, até grande por ter pouco tempo aí dentro. Olha, sei que é está emocionada, mas a melhor parte vem agora. - as médica diz e aperta em um botão, logo em seguida um barulho como de galopes adentra os ouvidos de Luiza. Seus olhos que se encontravam marejados, agora soltavam lágrimas de amor. Lágrimas de alegria.

-Meu Deus! -Luiza diz e leva as mãos à boca sem acreditar direito em tudo o que estava acontecendo, a natureza da mulher, a natureza que ela tanto admirava por poder gerar uma vida estava acontecendo com ela, neste momento de pura emoção as lágrimas e mais lágrimas descem pelo seu rosto. Por um segundo, por apenas um único segundo lembra-se de Cadu e se sente triste por que o pai de seu filho a tinha rejeitado junto com o bebê, por ter falado em abortar. Como até ela pôde alguma vez ter se sentido mal por estar grávida, como pôde ter ficado triste por um bebezinho tão lindo que estava ali, que tanto precisava dela? Agora suas lágrimas se tornaram lágrimas tristes de remorso por isso ter acontecido, isso foi desumano. Foi injusto para um anjinho que Deus mandou pra ela. Não queria estar sozinha, mas preferia que seu bebê tivesse todo amor do mundo, e jamais a rejeição. -É tão lindo! Que coração mais forte! Deus! -suas palavras são pura emoção, quando menos esperava, um movimento. Seu bebê tinha um coração super forte e se mexia! É muita coisa pra tão pouco tempo! À poucos dias, era alguém com interesses totalmente diferentes, hoje, alguém que só queria saber do seu bebê!

-Quer um palpite sobre o sexo?

-Como assim? Mas já... Eu... Não é só daqui a algumas semanas que se tem completa certeza?

-Mas podemos dar um palpite... Se quiser, claro.

-Claro! Quero saber o quanto antes... o que acha que é? -Luiza diz secando as lágrimas.

-Te dou 80% de chances de ser uma mocinha. Bom, está lançada a aposta. Nos resta saber se estou realmente certa! - a médica diz com humor. -Agora, vou te passar algumas vitaminas e te dar conselhos sobre os cuidados com os quais você precisa ter, as comidas que poderão ser melhores, essas coisas.

Luiza sai da clínica ainda sem entender como pode ser tudo tão lindo, em como queria tanto esse bebê, sem entender esse amor que já sentia só por olhar aquele monitor. Entrou na Clínica com uma dúvida tremenda, e saiu explodindo de amor!

Quando chegou na casa onde vivia, ficou inquieta, precisava contar a eles, mas estava com medo das suas reações, sabia que era uma família muito conservadora e lá moravam a filha adolescente do casal. Ela não sabia o que viria pela frente.

Ela mesma entendia que alugar um cômodo dentro de sua casa não é nada fácil. Alugar para uma grávida, mãe solteira nem se fala. Isso implicava e muito nos conceitos daquele lugar e do lugar onde cresceu.

Para Sempre, Amor (revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora